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Engenheiro que esteve à frente do primeiro dia da obra de construção da usina revê Itaipu

Diretor de Operação da Sobratema, Hugo José Ribas Branco retorna com a família para contemplar a obra da Usina Hidrelétrica de Itaipu em sua totalidade e completamente operacional

Jornal de Itaipu Eletrônico

14/09/2016 13h37 | Atualizada em 21/09/2016 17h31

Quase 31 anos separam a partida do engenheiro Hugo José Ribas Branco, em novembro de 1985, e seu retorno a Foz do Iguaçu. Na bagagem, muitas memórias e o privilégio de ser uma testemunha viva da história de Itaipu.

Na sexta-feira (9), ele finalmente pôde contemplar a obra em sua totalidade e completamente operacional. Acompanhado da esposa, duas filhas, filho e neto, o engenheiro foi recebido pelo atual superintendente de Obras (SO.DT), Antonio Carlos Fonseca Santos Júnior, que lhe presenteou com o livro Usina Hidrelétrica de Itaipu –Aspectos de Engenharia.

Em 1975, Hugo José era superintendente de obras do Consórcio Unicon foi um dos responsáveis pelas primeiras atividades realizadas na construção da barragem de Itaipu. Ele já estava na região da fronteira havia dois anos, atuando na construção da usina de Acaray, no Paraguai. Em seguida, foi convidado para trabalhar no Unicon.

A obra estava prevista para começar no dia 21 de outubro, uma terça-feira. Mas o engenheiro antecipou o início dos trabalhos para a segunda-feira, 20. Naquela manhã, estava em uma antiga estrada de acesso, próxima do que hoje seria o Mirante Central da usina.

Eram cinco tratores (um de cada empresa que integra

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Quase 31 anos separam a partida do engenheiro Hugo José Ribas Branco, em novembro de 1985, e seu retorno a Foz do Iguaçu. Na bagagem, muitas memórias e o privilégio de ser uma testemunha viva da história de Itaipu.

Na sexta-feira (9), ele finalmente pôde contemplar a obra em sua totalidade e completamente operacional. Acompanhado da esposa, duas filhas, filho e neto, o engenheiro foi recebido pelo atual superintendente de Obras (SO.DT), Antonio Carlos Fonseca Santos Júnior, que lhe presenteou com o livro Usina Hidrelétrica de Itaipu –Aspectos de Engenharia.

Em 1975, Hugo José era superintendente de obras do Consórcio Unicon foi um dos responsáveis pelas primeiras atividades realizadas na construção da barragem de Itaipu. Ele já estava na região da fronteira havia dois anos, atuando na construção da usina de Acaray, no Paraguai. Em seguida, foi convidado para trabalhar no Unicon.

A obra estava prevista para começar no dia 21 de outubro, uma terça-feira. Mas o engenheiro antecipou o início dos trabalhos para a segunda-feira, 20. Naquela manhã, estava em uma antiga estrada de acesso, próxima do que hoje seria o Mirante Central da usina.

Eram cinco tratores (um de cada empresa que integrava o consórcio) e um britador pequeno para dar conta das primeiras atividades da obra: a retirada de árvores do local onde seria escavado o canal de desvio do Rio Paraná.

Hugo se dirigiu aos operários ali presentes, indagando se sabiam do que estavam prestes a participar e lhes explicou que iriam iniciar a construção da maior hidrelétrica do mundo. Essa história foi lembrada, no JIE, quando o início das obras completou 40 anos (o relato completo, em primeira pessoa, você lê aqui).

Engenheiro civil formado pelo Instituto Militar de Engenharia, Hugo José Ribas Branco deixou a carreira militar para se dedicar exclusivamente à engenharia. No Consórcio Unicon, viria ainda a ser superintendente de suprimentos e superintendente administrativo.

Depois de deixar a empresa, atuou como engenheiro na Odebrecht e veio a ser diretor da Mendes Júnior e da Paranapanema Mineração. Atualmente, é diretor de Operação da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração.

As mais de três décadas de ausência não apagaram da memória do engenheiro as lembranças daqueles dias no canteiro de obras da Itaipu. Lembra em detalhes os números com que tinha que lidar no dia a dia (como a quantidade de concreto lançada ou a temperatura da brita utilizada na concretagem). Ele também recorda de inúmeros colegas brasileiros e paraguaios que fizeram parte da empreitada.

“Lembro que, todos os dias, os engenheiros estavam no canteiro de obras às 7 da manhã. Ninguém subia para o escritório antes das 10. Isso possibilitou um acompanhamento de todas as demandas que surgiram. A obra não teve problemas de suprimento e foi realizada dentro do prazo. É uma forma de trabalhar que a engenharia nacional infelizmente perdeu”, afirma Ribas.

Contemplando o Canal de Desvio a partir do Mirante Central, o engenheiro foi perguntado sobre qual é a sensação de ver essa obra concluída. “Mais do que uma sensação, é a convicção da capacidade e da tecnologia de ponta da nossa engenharia”, conclui.

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