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Minério de ferro despenca e afeta mercado brasileiro

Como a China é o principal produtor de aço do mundo e, consequentemente, o maior importador de minério de ferro, o alto preço do insumo estava refletindo em elevação de preços em toda a cadeia produtiva e gerando inflação acima da meta

Assessoria de Imprensa

24/08/2021 11h00 | Atualizada em 24/08/2021 12h18

O preço do minério de ferro, que vinha em escalada forte desde o ano passado, vem apresentando forte viés de queda. No fechamento do mercado asiático na semana passada, a commodity foi negociada na menor cotação desde dezembro de 2020.

No porto de Qingdao, na China, o preço da tonelada do minério de ferro 62% para contratos futuros atingiu US$132,66, uma queda diária recorde de 13,5%. Em Dalian, os contratos eram negociados com queda de 7% e, em Singapura, 12%. Só em agosto, a desvalorização já chega a 27%.

Uma soma de fatores contribuiu para os valores mínimos anuais, sendo eles o controle da produção de aço na China, a preocupação com a recuperação da atividade econômica mundial e perspectivas de redução de estímulos por parte do governo americano.

O governo chinês vem sinalizando que não estava contente com o preço do minério, que chegou na marca de US$237,57 dólares a tonelada e vinha pressionando a indústria de aço.

Como a China é o principal produtor de aço do mundo e, consequentemente, o maior impor

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O preço do minério de ferro, que vinha em escalada forte desde o ano passado, vem apresentando forte viés de queda. No fechamento do mercado asiático na semana passada, a commodity foi negociada na menor cotação desde dezembro de 2020.

No porto de Qingdao, na China, o preço da tonelada do minério de ferro 62% para contratos futuros atingiu US$132,66, uma queda diária recorde de 13,5%. Em Dalian, os contratos eram negociados com queda de 7% e, em Singapura, 12%. Só em agosto, a desvalorização já chega a 27%.

Uma soma de fatores contribuiu para os valores mínimos anuais, sendo eles o controle da produção de aço na China, a preocupação com a recuperação da atividade econômica mundial e perspectivas de redução de estímulos por parte do governo americano.

O governo chinês vem sinalizando que não estava contente com o preço do minério, que chegou na marca de US$237,57 dólares a tonelada e vinha pressionando a indústria de aço.

Como a China é o principal produtor de aço do mundo e, consequentemente, o maior importador de minério de ferro, o alto preço do insumo estava refletindo em elevação de preços em toda a cadeia produtiva e gerando inflação acima da meta.

Somado a isso, Pequim apresenta discurso de preocupação com questões climáticas e que seria necessário diminuir a produção de aço para atingir metas ambientais.

Entretanto, há dúvida com relação aos verdadeiros motivos a respeito da restrição da produção do aço, mas o fato é que as medidas restritivas estão surtindo efeito e a produção de julho já apresentou recuo.

Assim, observa-se também a desaceleração da inflação e aparente vitória momentânea da estratégia chinesa. Os números macroeconômicos do país vêm mostrando recente desaceleração no ritmo do crescimento, o que acende o alerta tanto para a China quanto para o resto do mundo no que tange a recuperação econômica pós-Covid.
Um outro fator que contribuiu para preços baixos do minério foi a preocupação com a retomada da economia mundial, em especial com os possíveis impactos da variante Delta. O ceticismo instaurado no mercado freia os preços futuros e adiciona incerteza aos contratos.

Soma-se às demais pressões de queda do preço do minério de ferro as preocupações com a possível retirada de estímulos a economia por parte do governo americano. O Federal Reserve, através de ata do FOMC, sinalizou que deve retirar os estímulos em breve, sempre com um olhar atento a inflação, que vem apresentando comportamento acima da meta bianual, assim como, para o nível de atividade econômica.

Para Rafael Foscarini, Diretor de Estratégica da Belo Investment Research, a combinação dos três fatores foi crucial para preços mínimos anuais do minério de ferro.

"A redução da produção de aço na China já é realidade, bem como as crescentes preocupações com a inflação americana. Ademais, o temor do impacto da variante Delta na recuperação mundial precifica a commodity para baixo e atinge as principais exportadoras brasileiras".

O reflexo dessa aceleração no mercado brasileiro já está sendo sentido. As ações da Vale, segunda maior mineradora do mundo, terminaram o pregão no dia 19 de agosto em queda de 5,71%, cotadas a R$97,51.

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