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Revista M&T - Ed.267 - Setembro 2022
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COLUNA DO YOSHIO

Seguir o dinheiro

A principal reflexão para qualquer corporação é identificar se o negócio está em risco de redução de valor dentro da cadeia da indústria, o que é o ponto de partida para exercitar uma visão estratégica que, até então, não se fazia tão necessária e urgente

De tempos em tempos, as atividades produtivas e as indústrias passam por revisões de todo o seu sistema de organização. No caso, o termo “indústrias” significa um setor com diversas funções e cadeias envolvidas, que compõem o sistema mais amplo que gera valor econômico.

Fatores internos (como o surgimento de novas tecnologias) ou externos (como mudanças na legislação) deflagram a revisão de modelos devido à perda ou ganho de valor de determinadas etapas, sendo que algumas podem ser completamente eliminadas ou se consolidarem junto a outras.

Comparando ao passado, a etapa de fabricação perdeu valor em algumas indústrias por conta de tecnologias incipientes que viabilizaram a massificação da produção e/ou a consolidação de processos em um menor número de fontes globais.

Dessa maneira, o modelo de produção distribuída em cada região cedeu espaço às operações globais, estimulando a exportação e a importação de todo tipo de produto. Esse processo fomentou uma grande expansão, propiciando o acesso ao mercado a players que anteriormente eram penalizados e, ainda, permitindo que seus negócios crescessem com a redução do protecionismo.

O avanço da tecnologia de comunicação também foi um fator determinante para que muitas empresas pudessem realizar suas operações sem a presença local. Projetar em um país, produzir em outro e vender para localidades ao redor do mundo tornou-se algo comum, sempre buscando o melhor resultado para as operações.

Agora, surgem novas questões relacionadas à geopolítica, incluindo novos valores adotados pela sociedade, sustentabilidade, fontes de recursos e criação de novas tecnologias. Em tal cenário, uma das maneiras de buscar respostas no futuro é imaginar como esses fatores provocarão novas situações e mudanças nos negócios.

Nesse sent


De tempos em tempos, as atividades produtivas e as indústrias passam por revisões de todo o seu sistema de organização. No caso, o termo “indústrias” significa um setor com diversas funções e cadeias envolvidas, que compõem o sistema mais amplo que gera valor econômico.

Fatores internos (como o surgimento de novas tecnologias) ou externos (como mudanças na legislação) deflagram a revisão de modelos devido à perda ou ganho de valor de determinadas etapas, sendo que algumas podem ser completamente eliminadas ou se consolidarem junto a outras.

Comparando ao passado, a etapa de fabricação perdeu valor em algumas indústrias por conta de tecnologias incipientes que viabilizaram a massificação da produção e/ou a consolidação de processos em um menor número de fontes globais.

Dessa maneira, o modelo de produção distribuída em cada região cedeu espaço às operações globais, estimulando a exportação e a importação de todo tipo de produto. Esse processo fomentou uma grande expansão, propiciando o acesso ao mercado a players que anteriormente eram penalizados e, ainda, permitindo que seus negócios crescessem com a redução do protecionismo.

O avanço da tecnologia de comunicação também foi um fator determinante para que muitas empresas pudessem realizar suas operações sem a presença local. Projetar em um país, produzir em outro e vender para localidades ao redor do mundo tornou-se algo comum, sempre buscando o melhor resultado para as operações.

Agora, surgem novas questões relacionadas à geopolítica, incluindo novos valores adotados pela sociedade, sustentabilidade, fontes de recursos e criação de novas tecnologias. Em tal cenário, uma das maneiras de buscar respostas no futuro é imaginar como esses fatores provocarão novas situações e mudanças nos negócios.

Nesse sentido, a principal reflexão para qualquer corporação é identificar se o negócio está em risco de redução de valor dentro da cadeia da indústria. Talvez seja este o ponto de partida para exercitar uma visão estratégica que, até então, não se fazia tão necessária e urgente.

Se a função que o negócio exerce na cadeia – como o exemplo da distribuição física ou da atividade de comercialização de produtos junto aos clientes – já está passando por mudanças relevantes, cabe encontrar alternativas estratégicas que direcionem a empresa para onde o valor foi transferido.

Vale dizer que precisamos “seguir o dinheiro”, pois o valor não desaparece, apenas muda para um novo endereço, como é o caso atual dos bancos digitais, que exercem muitas funções antes específicas dos bancos tradicionais. Ou seja, os valores, as atividades e as necessidades do mercado continuam, mas o dinheiro pode ter ido para um outro lugar, posicionando-se em outro canal ou etapa da cadeia produtiva.

*Yoshio Kawakamié consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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