No filme “O Mestre dos Mares” (“Master and Commander”, de Peter Weir, lançado em 2003) há uma cena em que a viagem oceânica é interrompida por uma calmaria desoladora. Sem ventos ou quaisquer perspectivas, os marujos sentem-se impotentes diante da situação intolerável. A tal ponto que o desespero começa a tomar conta da tripulação, que passa a buscar por um culpado. Nessa busca pela causa do infortúnio, o aspirante Hollom é apontado pelos marujos como amaldiçoado.
Tal situação cinematográfica nos remete a outras circunstâncias da vida e do mundo dos negócios. Afinal, não é exatamente assim que muitos empreendedores se sentem diante da crise? E também não é apontando um desafortunado que, muitas vezes, buscamos expiar a culpa pela situação difícil?
Em muitas áreas de negócios, os tempos favoráveis de crescimento e resultados satisfatórios equivalem a surfar ondas altas e vibrantes. Mas nem sempre o sucesso nos negócios depende exclusivamente da competência. Além de competência, um bom executivo também precisa ter sorte e paciência. Atualmente, enfrentamos uma situação agonizante de paralisia em muitos negócios, embora haja quem diga que ainda veremos o fundo do poço. O que o líder deve fazer em situações como esta, com a empresa à mercê da falta de iniciativas e sem solução diante da crise?
A resposta vem da Antiguidade. Como diziam os latinos, “si ventus non est, remiga!” (se não há vento, reme!). Este provérbio aponta claramente a ação a ser tomada quando já não há vento que ajude na jornada dos negócios. Remar é muito mais trabalhoso e menos eficiente que velejar, deixando a impressão de que não vale a pena. Mas nem sempre o que mais interessa é o avanço da remada, mas sim sair da situação crítica para melhorar as chances de se encontrar uma saída.
Diante de cenários de crise, qualquer empresa precisa “encurtar o horizonte”. Afinal, de nada adianta projetar muito adiante quando a visibilidade é mínima. Sob a neblina, é preciso adotar o farol baixo, estabelecendo prioritariamente objetivos de curto prazo visíveis à luz baixa. Com isso, o alcance dos resultados imediatos traz de volta a confiança de fazer algo útil e válido.
Quanto aos objetivos mais distantes, para chegar ao futuro desejado é necessário projetar ações sem muito detalhamento, pois serão realizadas ma
No filme “O Mestre dos Mares” (“Master and Commander”, de Peter Weir, lançado em 2003) há uma cena em que a viagem oceânica é interrompida por uma calmaria desoladora. Sem ventos ou quaisquer perspectivas, os marujos sentem-se impotentes diante da situação intolerável. A tal ponto que o desespero começa a tomar conta da tripulação, que passa a buscar por um culpado. Nessa busca pela causa do infortúnio, o aspirante Hollom é apontado pelos marujos como amaldiçoado.
Tal situação cinematográfica nos remete a outras circunstâncias da vida e do mundo dos negócios. Afinal, não é exatamente assim que muitos empreendedores se sentem diante da crise? E também não é apontando um desafortunado que, muitas vezes, buscamos expiar a culpa pela situação difícil?
Em muitas áreas de negócios, os tempos favoráveis de crescimento e resultados satisfatórios equivalem a surfar ondas altas e vibrantes. Mas nem sempre o sucesso nos negócios depende exclusivamente da competência. Além de competência, um bom executivo também precisa ter sorte e paciência. Atualmente, enfrentamos uma situação agonizante de paralisia em muitos negócios, embora haja quem diga que ainda veremos o fundo do poço. O que o líder deve fazer em situações como esta, com a empresa à mercê da falta de iniciativas e sem solução diante da crise?
A resposta vem da Antiguidade. Como diziam os latinos, “si ventus non est, remiga!” (se não há vento, reme!). Este provérbio aponta claramente a ação a ser tomada quando já não há vento que ajude na jornada dos negócios. Remar é muito mais trabalhoso e menos eficiente que velejar, deixando a impressão de que não vale a pena. Mas nem sempre o que mais interessa é o avanço da remada, mas sim sair da situação crítica para melhorar as chances de se encontrar uma saída.
Diante de cenários de crise, qualquer empresa precisa “encurtar o horizonte”. Afinal, de nada adianta projetar muito adiante quando a visibilidade é mínima. Sob a neblina, é preciso adotar o farol baixo, estabelecendo prioritariamente objetivos de curto prazo visíveis à luz baixa. Com isso, o alcance dos resultados imediatos traz de volta a confiança de fazer algo útil e válido.
Quanto aos objetivos mais distantes, para chegar ao futuro desejado é necessário projetar ações sem muito detalhamento, pois serão realizadas mais tarde. É como indicar que haverá pontes no caminho, sem dizer muito sobre as condições das mesmas. Esses caminhos podem ser de pedra ou apenas “pinguelas”, a serem trilhados quando chegar o momento certo. Desse modo, não se tornarão motivo de distração para as equipes antes da hora.
*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema
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