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Revista M&T - Ed.277 - Setembro 2023
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COMPACTOS

Potencial de crescimento para as minis

Diferentemente de outros centros, o mercado brasileiro ainda não tem tradição na aquisição de máquinas de pequeno porte, mas isso está mudando à medida que a mão de obra fica mais cara
Por Antonio Santomauro

Paulatinamente, os modelos compactos ampliam seu espaço no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, graças, em parte, à crescente assimilação de suas reconhecidas possibilidades e benefícios, como a possibilidade de operar em locais de difícil acesso para máquinas maiores – inclusive em espaços urbanos – e custos logísticos mais favoráveis, entre outros. Atentos a essa expansão, cada vez mais fabricantes ingressam nesse segmento de mercado.

É o caso da Zoomlion, que já fornece diversos produtos no Brasil, muitos deles com produção local, como gruas, guindastes, bombas de concreto e empilhadeiras, entre outros. A novidade é que, a partir de setembro, a empresa também ingressa no mercado brasileiro de Linha Amarela, inclusive no segmento de compactos, para o qual prepara uma minicarregadeira com peso operacional de 2.850 kg (além de uma escavadeira de grande porte na faixa de 22 t).

“Logo, também traremos miniescavadeiras”, antecipa Ricardo Bertoni, vice-diretor comercial da Zoomlion Brasil. “Na Europa e na Ásia já trabalhamos com equipamentos compactos.”

O executivo projeta que, neste ano, devem ser comercializadas quase 3 mil unidades de equipamentos compactos no Brasil, sendo pouco mais de 40% de minicarregadeiras – ou skid-steer loaders, segundo a denominação em inglês – e o restante em miniescavadeiras.

Embora ainda tímida na comparação a outros centros, a quantidade é cerca de 2,5 vezes superior ao mercado de compactos de 2020, quando foram vendidas 1,2 mil unidades.

O crescimento é bastante expressivo para um período de quatro anos, avalia Bertoni, ainda mais considerando que ocorreu em plena pandemia. “Mas esse mercado pode chegar tranquilamente a 9 ou 10 mil máquinas por ano”, crê o especialista da Zoomlion.


Atenta ao mercado, a Zoomlion prepara a entrada de minicarregadeiras na classe de 2,8 t

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Paulatinamente, os modelos compactos ampliam seu espaço no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, graças, em parte, à crescente assimilação de suas reconhecidas possibilidades e benefícios, como a possibilidade de operar em locais de difícil acesso para máquinas maiores – inclusive em espaços urbanos – e custos logísticos mais favoráveis, entre outros. Atentos a essa expansão, cada vez mais fabricantes ingressam nesse segmento de mercado.

É o caso da Zoomlion, que já fornece diversos produtos no Brasil, muitos deles com produção local, como gruas, guindastes, bombas de concreto e empilhadeiras, entre outros. A novidade é que, a partir de setembro, a empresa também ingressa no mercado brasileiro de Linha Amarela, inclusive no segmento de compactos, para o qual prepara uma minicarregadeira com peso operacional de 2.850 kg (além de uma escavadeira de grande porte na faixa de 22 t).

“Logo, também traremos miniescavadeiras”, antecipa Ricardo Bertoni, vice-diretor comercial da Zoomlion Brasil. “Na Europa e na Ásia já trabalhamos com equipamentos compactos.”

O executivo projeta que, neste ano, devem ser comercializadas quase 3 mil unidades de equipamentos compactos no Brasil, sendo pouco mais de 40% de minicarregadeiras – ou skid-steer loaders, segundo a denominação em inglês – e o restante em miniescavadeiras.

Embora ainda tímida na comparação a outros centros, a quantidade é cerca de 2,5 vezes superior ao mercado de compactos de 2020, quando foram vendidas 1,2 mil unidades.

O crescimento é bastante expressivo para um período de quatro anos, avalia Bertoni, ainda mais considerando que ocorreu em plena pandemia. “Mas esse mercado pode chegar tranquilamente a 9 ou 10 mil máquinas por ano”, crê o especialista da Zoomlion.


Atenta ao mercado, a Zoomlion prepara a entrada de minicarregadeiras na classe de 2,8 t

Segundo ele, esses equipamentos tendem a ser mais utilizados em ambientes menores e espaços confinados, especialmente urbanos. E isso tanto em obras privadas – incluindo construções residenciais, em que podem substituir carrinhos na movimentação de materiais – quanto em projetos públicos de infraestrutura de serviços, como gás, luz, comunicações, água e saneamento.

“A minicarregadeira, especialmente, tem grande potencial de negócios no Brasil”, destaca Bertoni. “Trata-se de um equipamento muito dinâmico, que pode receber diversos implementos em sequência, como fresadoras e vassouras para limpeza”, destaca Bertoni.

ESPAÇO

De fato, considerando os números de outros mercados, há muito espaço para a expansão das vendas de modelos compactos no Brasil. No ano passado, o segmento (especificamente miniescavadeiras e minicarregadeiras) movimentou menos de 10% do total de unidades comercializadas na Linha Amarela.

“Na América do Norte, as miniescavadeiras e minicarregadeiras geram 25% (Estados Unidos) e 38% (Canadá) das vendas de máquinas no segmento, ultrapassando 300 mil unidades por ano”, compara Etelson Hauck, gerente de produto da JCB Brasil.


Aplicações com asfalto também já contam com opções de compactos em mercados mais maduros

Até porque os equipamentos compactos podem ser úteis nos mais diversos setores, ressalta Hauck, citando construção comercial e residencial, serviços públicos, agronegócios, paisagismo e outras atividades. “São máquinas versáteis, relativamente pequenas e fáceis de manobrar, ideais para uso em espaços confinados como centros urbanos”, reforça.

Além das aplicações mais conhecidas, as minis também podem ser utilizadas em aplicações menos usuais, como limpeza de terrenos, manutenção de trilhas e caminhos, escavação de piscinas e instalação de sistemas de drenagem, entre outras, observa o profissional da JCB, cujo portfólio no Brasil inclui minicarregadeiras com peso operacional entre 3.000 kg e 4.000 kg, dois modelos de miniescavadeiras com pesos operacionais de 2.600 kg e 5.500 kg, dois rolos compactos e uma miniretroescavadeira de 3.200 kg.

A Case CE, por sua vez, disponibiliza seis modelos de minicarregadeiras de rodas no Brasil, com pesos entre 2,4 e 3,7 t. Esses equipamentos, destaca o especialista em minicarregadeiras da empresa, Leonardo Campos, são utilizados não apenas na construção, mas também em outros setores, como movimentação de materiais em lojas de materiais de construção e aplicações agrícolas.

“Embora de menor porte, as máquinas compactas não deixam de ser produtivas, robustas e ágeis”, ressalta Campos.


Embora de menor porte, as máquinas compactas não deixam de ser produtivas, robustas e ágeis

Como observa Laura Stumpf, especialista em miniescavadeiras da Case, o mercado brasileiro apresenta uma especificidade que contribui para a menor penetração dos equipamentos compactos. “Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, os espaços aqui são maiores e, por isso, facilitam a operação com máquinas maiores”, compara.

PAVIMENTAÇÃO

Na Dynapac, o portfólio de equipamentos compactos até 10 t inclui vários itens, como os rolos compactadores do tipo vibratórios tandem (chapa / chapa e chapa / pneu), com larguras de rolagem entre 900 mm e 1.500 mm, o rolo vibratório de um cilindro para asfalto CA 15 AD Rhino, com largura de 1.680 mm, e o rolo de pneus CP 1200, cuja largura de rolagem é de 1.760 mm.

Nesta mesma faixa de peso, a Dynapac também produz a pavimentadora F1250CS, de 7.000 kg e 3,5 m de largura de trabalho, além de equipamentos como a pavimentadora hidráulica motorizada S100, capaz de pavimentar até 1 m de largura com 120 mm de espessura, assim como os compactadores de percussão e as placas vibratórias da recém-lançada linha RedLine.

Porém, diferentemente do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, no mercado brasileiro ainda não há a tradição de aquisição de máquinas de pequeno porte – e mesmo de outras ferramentas –, observa Carlos Santos, gerente comercial da Dynapac Brasil. Até porque, ele justifica, a mão de obra aqui ainda é relativamente pouco custosa e, à primeira vista, pode parecer mais barato colocar até cinco pessoas para fazer um trabalho que pode ser realizado por uma única máquina compacta.

“Mas isso está mudando, com a mão de obra brasileira ficando mais cara, enquanto as máquinas compactas realizam exatamente o mesmo trabalho, com a mesma qualidade das máquinas de grande porte”, acentua Santos.

Em alguns casos, um equipamento compacto, ele ressalta, pode realizar o mesmo trabalho que seria feito por um equipamento de grande porte, mas com um custo significativamente inferior.

Também existe a questão de segurança. “As pavimentadoras F1250CS, por exemplo, podem ser operadas por controle remoto, minimizando o risco de acidentes com operadores em locais sujeitos a quedas ou desmoronamentos”, diz ele, destacando que o uso de controle remoto ainda é opcional nesse equipamento específico, pois também pode ser conduzido por operador.

“Mas o portfólio da Dynapac também inclui o rolo compactador de trincheiras D.ONE, exclusivamente comandado por esse recurso”, afirma.


Rental contribui para a ampliação da participação de modelos compactos no mercado brasileiro

Nesse rol, a Bomag Marini também disponibiliza um modelo comandado por controle remoto – o rolo BMP 8500, que pode ser controlado por cabo ou sinal de rádio – em sua linha de equipamentos compactos (que a empresa designa como “linha leve”, na qual também há compactadores vibratórios e de percussão operados manualmente).

“É um rolo do tipo ‘trincheira’, para utilizações que, dependendo do tamanho, da profundidade ou mesmo de questões de segurança, impedem a utilização de um equipamento convencional”, detalha Alex Martins, coordenador comercial da empresa. “Ademais, é um equipamento já bem consolidado no Brasil.”

PERSPECTIVAS

Equipamentos compactos apresentam diferenciais mercadológicos interessantes, além da eficiência equivalente à das máquinas de grande porte, inclusive em locais inacessíveis a soluções maiores. “Um deles é o menor custo não apenas na aquisição, mas também na operação, com logística mais simples”, ressalta Charles Kim, gerente de marketing da Bobcat na América Latina. “Também são muito versáteis: só a Bobcat tem mais de cem implementos para esses equipamentos”, complementa.

Da mesma maneira, o especialista vê os equipamentos compactos com demanda e aplicações já bem consolidadas no Brasil. “São bastante utilizados na construção, na pavimentação, no setor agro e no manuseio de materiais”, especifica o profissional da Bobcat, que disponibiliza no país minicarregadeiras de rodas com peso operacional entre 1.312 kg e 4.162 kg, minicarregadeiras de esteira com peso operacional entre 3.513 kg e 5.751 kg, miniescavadeiras com pesos entre 1 e 8 t, e mini track loaders (espécie de carregadeiras operadas a partir de uma plataforma aberta, ao invés de uma cabine).

Além disso, a marca também já conta com compactos totalmente elétricos, como a miniescavadeira E10e, com peso operacional de aproximadamente 1 t, e a minicarregadeira T7X, de 1.315 kg (ambas ainda não disponíveis no Brasil).


Minis já contam com controle remoto para minimizar riscos de acidentes com operadores

No portfólio da JCB também há compactos elétricos, como a miniescavadeira 19C-1E, com peso operacional de 1,9 t (por enquanto, também não disponível no Brasil). “Essa máquina possui sistemas de controle avançados que permitem uma operação precisa e suave”, ressalta Hauck. “Isso pode incluir recursos como controle de velocidade variável, resposta instantânea aos comandos do operador e maior precisão nos movimentos.”

No 1º semestre, ele estima que a demanda nacional por minicarregadeiras e miniescavadeiras tenha sido similar ao mesmo período do ano passado. Já para a segunda metade do ano, a perspectiva é de um “leve crescimento”, de cerca de 5%, comparativamente ao mesmo período de 2022.

“No caso de rolos compactadores compactos e das miniretroescavadeiras, a demanda deve aumentar significativamente em 2023, com um volume anual pelo menos 20% superior ao de 2022”, projeta.

As miniretroescavadeiras, justifica Hauck, têm as vendas impulsionadas pela queda do valor do dólar, enquanto os rolos são mais demandados em decorrência da expansão do volume de obras de pavimentação. Com isso, o especialista vê um grande potencial de crescimento no mercado brasileiro para minis e compactos.

“Isso se deve a uma série de fatores, incluindo o crescimento da construção civil, a expansão do setor agrícola, o aumento da demanda por equipamentos de paisagismo e a crescente popularidade do aluguel de equipamentos pesados”, detalha Hauck.

O rental, de fato, deve contribuir para a ampliação da participação de modelos compactos no mercado brasileiro, projeta Santos, da Dynapac. “Em todo o mundo, as grandes empresas preferem locar as máquinas menores, pois isso simplifica a manutenção e o inventário, entre outros processos”, ele justifica.

MERCADO

Atualmente, os modelos compactos respondem entre 10% e 15% das vendas de rolos compactadores no mercado nacional, estima Santos, que prevê a expansão desses índices, assim como da penetração de pavimentadoras de menor porte.

“No 1º semestre, registramos no Brasil um volume de vendas superior ao do mesmo período de 2022, seja em compactos, seja em nossas demais linhas”, diz o gerente comercial da Dynapac, que também já lançou rolos compactadores e pavimentadoras de pequeno porte movidos a bateria com a linha Z.ERA, por enquanto ainda não disponível no Brasil. “Assim, também devemos registrar crescimento no total do ano.”

No segmento das miniescavadeiras, Campos, da Case, conta que a demanda vem crescendo mês a mês, registrando em julho um volume de vendas equivalente ao dobro do atingido em janeiro. “A Case acompanha esse movimento”, ele diz. “Creio que, no total do ano, a quantidade de miniescavadeiras vendidas no Brasil pode ser superior à do ano passado”, acrescenta o executivo.


Segundo especialista, nem mesmo a flutuação do dólar é capaz de inibir a demanda por compactos

Em outros países, lembra Laura Stumpf, a Case também disponibiliza miniescavadeiras. atualmente, são 19 modelos, com pesos entre 1,2 t e 6,5 t. “É um mercado com potencial no Brasil, inclusive já temos algumas análises para trazer esses equipamentos no futuro”, ela ressalta.

Já para Kim, da Bobcat, nem mesmo a flutuação do dólar – ao menos em seus patamares atuais – é capaz de inibir a demanda por equipamentos compactos (em sua maioria, ainda importados). Também já não há dificuldades para a entrega de equipamentos, ele ressalta. “Nossos distribuidores têm atualmente um bom estoque, tanto de equipamentos quanto de peças”, finaliza.


LANÇAMENTO
Novas minivibroacabadoras completam portfólio da Vögele


Movidos por motor a diesel de 2 cilindros refrigerado a água, os modelos Mini 500 (esteiras) e Mini 502 (pneus) apresentam larguras de pavimentação de 0,25 m a 1,8 m, o que os tornam capazes de realizar projetos de construção em espaços apertados, em seções longas e estreitas que exigem raio de giro reduzido.


Disponíveis no mercado europeu, modelos Mini 500 e Mini 502 têm larguras de pavimentação de 0,25 m a 1,8 m

Com largura básica de apenas 0,9 m, potência de 10,2 kW e pesos de 1.200 kg (modelo com pneus) e 1.400 kg (modelo de esteiras), as máquinas são indicadas para pavimentação entre trilhos ferroviários, instalação de cabos de fibra óptica, preenchimento de valas, reparos de tubulações, construção de trilhas e ciclovias, dentre outros tipos de obras.

“O lançamento no mercado europeu tem sido muito bem-sucedido até o momento”, diz Marcio Cavalcanti Happle, diretor de vendas da Vögele, destacando que os modelos Mini 500e e Mini 502e, movidos a bateria, estarão disponíveis em 2024.

Saiba mais:
Bobcat:
www.bobcat.com/br/pt
Bomag Marini: https://bomagmarini.com.br
Case CE: www.casece.com/latam/pt-br
Dynapac: https://dynapac.com/br-pt
JCB: www.jcb.com/pt-br
Vögele: www.wirtgen-group.com
Zoomlion: www.zoomlion.com.br

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