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Revista M&T - Ed.267 - Setembro 2022
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A ERA DAS MÁQUINAS

O apogeu das motoniveladoras

As primeiras niveladoras autopropelidas incorporavam um trator (de rodas ou esteiras) na dianteira ou na traseira
Por Norwil Veloso

Facilmente identificado pela roda de reserva na dianteira, o modelo La Rhonelle NA120 passou a ser frequentemente utilizado pelo exército francês a partir dos anos 50

Na década de 20, era normal rebocar uma niveladora com um grupo de cavalos, mulas ou bois em serviços mais leves, com um operador sentado na traseira da máquina. Para os mais pesados, já eram usados tratores de esteiras ou rodas rígidas.

De fato, o projeto das niveladoras mudaria muito pouco até 1935. A Austin-Western produziu diversos modelos rebocados na década de 20, com peso variando entre 1.600 e 5.700 kg, com lâminas de até 3,62 m. O modelo maior era rebocado por trator, e a lâmina podia ser substituída por um escarificador.

A Adams e a Russel Grader (comprada em 1928 pela Caterpillar) produziram modelos semelhantes aos maiores, enquanto a Galion disponibilizou diversos modelos mais leves, com características similares às das máquinas de maior capacidade. Essas máquinas permaneceram em produção até a década de 50.

Na Europa, a produção começou em 1931. Na França, isso ocorreu quando a CIMT começou a produzir sob licença as niveladoras Galion, sob o nome SARM, permanecendo até o início da Segunda Guerra Mundial.

PROJETOS

As primeiras niveladoras autopropelidas incorporavam um trator (de rodas ou esteiras) na dianteira ou na traseira. Devido à baixa capacidade de tração oferecida pelas rodas rígidas, muitos fabricantes preferiram usar tratores de esteiras.

A Champion deve ter sido a primeira a produzir uma niveladora articulada, em 1920. Na verdade, era uma niveladora rebocada com um trator Fordson no lugar do eixo dianteiro. A maioria dos controles e a direção eram operados a partir da traseira da máquina.

Alguns outros projetos foram testados pela própria Fordson e pela Austin-Western, entre outras, enquanto a Russel optava pela tração por esteiras, usando inicialmente tratores Holt e, posteriormente, Caterpilla


Facilmente identificado pela roda de reserva na dianteira, o modelo La Rhonelle NA120 passou a ser frequentemente utilizado pelo exército francês a partir dos anos 50

Na década de 20, era normal rebocar uma niveladora com um grupo de cavalos, mulas ou bois em serviços mais leves, com um operador sentado na traseira da máquina. Para os mais pesados, já eram usados tratores de esteiras ou rodas rígidas.

De fato, o projeto das niveladoras mudaria muito pouco até 1935. A Austin-Western produziu diversos modelos rebocados na década de 20, com peso variando entre 1.600 e 5.700 kg, com lâminas de até 3,62 m. O modelo maior era rebocado por trator, e a lâmina podia ser substituída por um escarificador.

A Adams e a Russel Grader (comprada em 1928 pela Caterpillar) produziram modelos semelhantes aos maiores, enquanto a Galion disponibilizou diversos modelos mais leves, com características similares às das máquinas de maior capacidade. Essas máquinas permaneceram em produção até a década de 50.

Na Europa, a produção começou em 1931. Na França, isso ocorreu quando a CIMT começou a produzir sob licença as niveladoras Galion, sob o nome SARM, permanecendo até o início da Segunda Guerra Mundial.

PROJETOS

As primeiras niveladoras autopropelidas incorporavam um trator (de rodas ou esteiras) na dianteira ou na traseira. Devido à baixa capacidade de tração oferecida pelas rodas rígidas, muitos fabricantes preferiram usar tratores de esteiras.

A Champion deve ter sido a primeira a produzir uma niveladora articulada, em 1920. Na verdade, era uma niveladora rebocada com um trator Fordson no lugar do eixo dianteiro. A maioria dos controles e a direção eram operados a partir da traseira da máquina.

Alguns outros projetos foram testados pela própria Fordson e pela Austin-Western, entre outras, enquanto a Russel optava pela tração por esteiras, usando inicialmente tratores Holt e, posteriormente, Caterpillar.

Para resolver os problemas de tração, a Austin Western introduziu em 1928 a primeira niveladora com tandem na traseira, no que foi seguida pela Adams, que apresentou uma linha de motoniveladoras com eixo traseiro único ou em tandem.

Em 1930, a Good Roads Machinery Company produziu um modelo cujo design lembra bastante as máquinas atuais. Um ano depois, a Adams lançou um controle com reforçador em suas máquinas maiores, embora tenha evitado usar hidráulica até sua aquisição pela Wabco, em 1970.

Com o aparecimento dos pneus de baixa pressão, a Austin-Western lançou em 1932 uma máquina com eixo traseiro em tandem e controle hidráulico da lâmina. No início dessa década, a Huber também lançou um modelo com características similares.

A Allis-Chalmers, contudo, entrou no mercado de motoniveladoras somente em 1932, com a aquisição de algumas empresas menores.

Por volta de 1956, a versão básica do modelo Huber Maintainer trazia controle hidráulico da lâmina e motor de 45 hp, além de uma ampla gama de implementos

MODERNIZAÇÃO

No final de 1935, nascia a motoniveladora moderna, ainda com alguns aspectos em teste. Um dos principais pioneiros foi a Austin-Western, que lançou em 1937 o modelo 99, de projeto integral, controles hidráulicos e tandem com pneus de baixa pressão.

Era exatamente o conceito que passou a ser seguido por todos os fabricantes a partir dessa época, até os dias atuais.

O primeiro modelo autopropelido da Champion, de 1939, possuía eixo traseiro em tandem, controles hidráulicos, rotação de 360o e elevação de 90o da lâmina. A Damas, mais conservadora, lançou seu primeiro modelo em 1952, ampliando sua linha quando passou a fazer parte da Wabco.

Já a Galion preferiu concentrar sua produção em modelos pequenos e médios, que correspondiam à maior fatia do mercado. Em 1950, passou a produzir essas máquinas também na Inglaterra, sob o nome Galion-Wakefield. E a Huber-Warco, por sua vez, lançou em 1956 a maior máquina da época.

Em 1938, a Caterpillar lançou o lendário modelo No 12, que permaneceu em produção por muitos anos. E, em 1959, foi a vez da introdução da No 14.

Mesmo com a evolução, as máquinas rebocadas permaneceram em produção até a década de 50. Na Europa, as rodas foram substituídas por pneus e as máquinas rebocadas continuaram a ser produzidas até o final da Segunda Guerra Mundial. E não mudaram muito na década de 50.

Após o fim da Guerra, a União Soviética passou a copiar as máquinas americanas, produzindo inicialmente modelos rebocados, mas passando com rapidez para os autopropelidos. O principal cliente eram as Forças Armadas, sendo que as máquinas demoraram bastante tempo para ficar disponíveis à população civil.

As máquinas eram oferecidas com uma série de acessórios para aumentar sua versatilidade, incluindo modelos com escarificador dianteiro ou traseiro, lâmina dianteira, um pequeno “scraper” para ser instalado no lugar da lâmina, implementos para remoção de neve e muitos outros.

Na Alemanha, Inglaterra e França, ainda não havia produção local. Durante os anos 50, após uma negociação com a Austin-Western, a Aveling-Barford passou a produzir uma linha de motoniveladoras Aveling-Austin, inicialmente com sete modelos.

Em 1949, a Blaw-Knox iniciou a produção de seu modelo BK-12 e, na Itália, a Ursus Peroni – que viria a se tornar uma das grandes do ramo – iniciou a produção de equipamentos rodoviários em 1950.

Fotografada durante a Convenção da HCEA de 1994, a motoniveladora Russel era montada sobre a estrutura de um trator Caterpillar

INCOMUNS

Na década de 40, surgiram algumas soluções não convencionais, que foram produzidas por algum tempo. A Huber lançou o Maintainer, um trator agrícola com grande distância entre eixos e projetado especificamente para serviços leves de manutenção, mas que também podia ser usado como trator, carregador e até mesmo compactador.

A Allis-Chalmers, por sua vez, produziu uma máquina similar até os anos 50, ao passo que a Vendeuvre e a Aveling-Barford também lançaram modelos desse tipo. Na mesma época, a Belingard, procurando dar versatilidade ao produto, adicionou uma série de implementos a um veículo base, inclusive um chassi adicional para convertê-lo em motoniveladora.

Nos Estados Unidos, os irmãos Wagner desenvolveram uma máquina que usava um trator articulado de pneus com uma quinta roda, instalada em uma estrutura disposta na dianteira da máquina, que podia ser elevada.

E, para variar, R. G. LeTourneau também teve algumas ideias bastante originais, imaginando uma máquina de acionamento elétrico com uma viga telescópica, que ligava duas rodas direcionais na traseira e um trator Tournapull de eixo único na dianteira. A rotação de 360º da lâmina permitia que a máquina trabalhasse em ambos os sentidos.

Leia na próxima edição:
As extintas carregadeiras de canecas

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