P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.227 - Setembro 2018
Voltar
Empresa

Nova realidade na demanda

Amparada por vendas mais robustas para o segmento de caminhões e de energia, a Cummins recupera volume de negócios na América Latina; Eletrificação entra no foco da empresa
Por Melina Fogaça

Com a crescente diversificação de suas áreas de atuação, a Cummins têm obtido resultados significativos de crescimento em todo o mundo, inclusive no Brasil. Na contramão da crise, a Cummins Brasil registrou um aumento de 60% na produção de motores no primeiro semestre de 2018, com um total de 22 mil unidades produzidas.

Segundo Luís Pasquotto, presidente da empresa no país, mesmo no cenário adverso dos últimos anos a empresa manteve a estratégia de aportar investimentos no país e na América Latina, pois – segundo ele – ambos são mercados de suma importância para os negócios da fabricante, em todas as suas diversas áreas de atuação.

E os números mostram isso. “A produção de motores para caminhões em nossa unidade em Guarulhos, por exemplo, subiu 59% até julho, em um acréscimo de 13.68 unidades em comparação ao mesmo período de 2017”, diz o executivo. “Por segmento, o crescimento foi de 58% na construção (1.566 unidades), 39% em geradores (1.665 unidades) e 75% em ônibus (2.980 unidades).”

De fato, a participação no mercado de caminhões é representativa para a empresa. A Cummins afirma equipar 57% dos caminhões leves (Light Duty), 67% dos modelos de médio porte (Mid Ranger) e 11% dos pesados (Heavy Duty) no país. Isso, mesmo em meio a um verdadeiro vendaval na economia. “É verdade que o Brasil teve uma queda expressiva nos últimos anos. Caímos de 115 mil motores produzidos em 2011 para 25 mil em 2016”, ele pondera. “Ou seja, foi preciso adequar-se a esta nova realidade, mas, felizmente, agora começamos a mudar, com uma expectativa de crescimento de 31% até o final do ano, chegando a uma projeção estimada de fabricação de 42 mil unidades.”

Apesar das incertezas que ainda persistem, o executivo reitera que a Cummins continua otimista com o mercado brasileiro, mantendo um market share na casa dos 30% no segmento de caminhões. Inclusive, um dos aspectos que contribuíram para o aumento da participação local foi a aplicação de motores Cummins no caminhão Ford Cargo Power, que recebeu a motorização ISB 6.7


Com a crescente diversificação de suas áreas de atuação, a Cummins têm obtido resultados significativos de crescimento em todo o mundo, inclusive no Brasil. Na contramão da crise, a Cummins Brasil registrou um aumento de 60% na produção de motores no primeiro semestre de 2018, com um total de 22 mil unidades produzidas.

Segundo Luís Pasquotto, presidente da empresa no país, mesmo no cenário adverso dos últimos anos a empresa manteve a estratégia de aportar investimentos no país e na América Latina, pois – segundo ele – ambos são mercados de suma importância para os negócios da fabricante, em todas as suas diversas áreas de atuação.

Pasquotto: momento melhor para os negócios

E os números mostram isso. “A produção de motores para caminhões em nossa unidade em Guarulhos, por exemplo, subiu 59% até julho, em um acréscimo de 13.68 unidades em comparação ao mesmo período de 2017”, diz o executivo. “Por segmento, o crescimento foi de 58% na construção (1.566 unidades), 39% em geradores (1.665 unidades) e 75% em ônibus (2.980 unidades).”

De fato, a participação no mercado de caminhões é representativa para a empresa. A Cummins afirma equipar 57% dos caminhões leves (Light Duty), 67% dos modelos de médio porte (Mid Ranger) e 11% dos pesados (Heavy Duty) no país. Isso, mesmo em meio a um verdadeiro vendaval na economia. “É verdade que o Brasil teve uma queda expressiva nos últimos anos. Caímos de 115 mil motores produzidos em 2011 para 25 mil em 2016”, ele pondera. “Ou seja, foi preciso adequar-se a esta nova realidade, mas, felizmente, agora começamos a mudar, com uma expectativa de crescimento de 31% até o final do ano, chegando a uma projeção estimada de fabricação de 42 mil unidades.”

Apesar das incertezas que ainda persistem, o executivo reitera que a Cummins continua otimista com o mercado brasileiro, mantendo um market share na casa dos 30% no segmento de caminhões. Inclusive, um dos aspectos que contribuíram para o aumento da participação local foi a aplicação de motores Cummins no caminhão Ford Cargo Power, que recebeu a motorização ISB 6.7, com potência de 310 hp e torque de 1.100 Nm. Mais que isso, a linha VW de caminhões da MAN agora é equipada com motores turbos ISF 2.8 e 3.8, além de também receber filtros e sistemas de pós-tratamento da marca.

Ambos os modelos continuam se destacando no mercado brasileiro e mesmo internacional, uma vez que as exportações também apresentaram crescimento. “Além desses destaques, em países como Brasil e Argentina a Cummins já equipa 100% dos ônibus e caminhões fabricados pela Agrale”, comenta Pasquotto. “Dessa forma, podemos concluir que a cada três caminhões vendidos no Brasil, um traz motor da Cummins”, afirma.

Soluções de energia registraram recorde de vendas no primeiro semestre do ano

NEGÓCIOS

Já a divisão de energia da Cummins Brasil – a Cummins Power System – registrou venda recorde no primeiro semestre de 2018. No mercado de geradores, o aumento do volume foi de 67% em relação ao ano passado, com cerca de 1.400 equipamentos comercializados para os mais variados mercados, elevando a participação deste segmento na receita para 70%.

Segundo Pasquotto, o volume agregado de vendas em 2018 deve subir para 70% para o mercado local e 30% na exportação, com destaque para as regiões que englobam Mercosul, América Central e Equador. “Após obter um market share de 20% em 2014, no ápice da crise, a Cummins já duplicou a participação no mercado brasileiro de geradores, chegando a atingir um market share de 42% (62% em valor), trabalhando com equipamentos de diversas potências”, afirma o executivo.

Outra área de negócios importante para a empresa, o segmento de componentes também registrou crescimento em relação a 2017, obtendo um acréscimo de 44% em turbos, 66,5% em sistema de emissões e 8,3% em filtros. “A Cummins mudou sua estratégia, passando de uma fabricante de motores para uma empresa de múltiplos negócios”, comenta Pasquotto. “Não nos consideramos mais unidades de motores, mas sim de powertrain, desenvolvendo e atuando em todos os modos, com enfoque no aperfeiçoamento de nossas soluções com motores a diesel, biocombustíveis, gás natural ou biogás, além de soluções híbridas e elétricas.”

ELETRIFICAÇÃO

Por falar no assunto, uma das principais estratégias da empresa está justamente no desenvolvimento de novas tecnologias para lidar com uma diversidade de fontes energéticas. Segundo Adriano Rishi, diretor de engenharia da Cummins Brasil, um exemplo disso foi a criação de uma quinta unidade de negócios da empresa para atender ao mercado de sistemas de powertrain eletrificados, a Electrified Power (EPBU). “Recentemente, a Cummins Inc. divulgou um investimento de 500 milhões de dólares em eletrificação para os próximos três anos, de um total de 700 milhões de dólares destinados à inovação em powertrain”, diz ele. “Ou seja, o foco é investir cerca de um terço das nossas forças em tecnologias voltadas para a eletrificação.”

Como parte estratégica desse novo caminho, a Cummins adquiriu três empresas do segmento, sendo duas fabricantes de baterias (a Brammo e a Johnson Matthey, para baixa e alta potência, respectivamente) e, recentemente, uma terceira empresa especializada na integração de trem de força (a Efficient Drivetrains Inc. – EDI), que produz soluções híbridas de energia e totalmente elétricas para o mercado de veículos comerciais. “Com essas aquisições, ganhamos a capacidade de desenvolver baterias próprias”, diz Rishi.

Com powertrain elétrico, o caminhão-conceito AEOUS simboliza a aposta da marca em novas tecnologias

Com a EDI, uma start-up sediada no Vale do Silício, a Cummins também passa a atender às mais diversas necessidades do mercado, com um sistema híbrido flexível de quatro modos. A EDI, inclusive, já conta com experiência em soluções híbridas elétricas, como – por exemplo – a aplicação dessa tecnologia em ônibus escolares norte-americanos. “Agora, a Cummins passa a ter capacidades em toda a gama de armazenamento elétrico”, comenta o especialista. “Assim, se a resposta for diesel, investimos para que ele seja mais limpo e eficiente, mas se for elétrico, também estamos desenvolvendo essa linha para atender ao mercado com uma tecnologia que gere potência, mas de forma sustentável, com foco na necessidade de cada cliente, independentmente de seu negócio, região e disponibilidade de energia.”

Mas a aposta atual é uma semente para o futuro. Segundo o diretor de engenharia, a eletrificação absoluta exige um processo gradativo, sendo necessárias diversas fases para sua implementação, com uma estimativa de transição entre 20 e 25 anos até essa tecnologia substituir complemente as tecnologias atuais por um trem de força totalmente eletrificado. “Talvez nos próximos cinco anos seja possível finalizar a primeira fase, que é a adoção da eletrificação em veículos em áreas e cidades de alta densidade populacional, como São Paulo, por exemplo”, conclui Rishi.

Quase centenária, a Cummins atravessa fase positiva em âmbito global

EMPRESA OBTÉM RECORDE TRIMESTRAL EM VENDAS

Prestes a completar 100 anos em 2019, a Cummins Inc. fechou o segundo trimestre de 2018 com um faturamento de 6,1 bilhões de dólares, em um aumento substancial de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado representa um novo recorde trimestral, com as vendas na América do Norte crescendo 22%, enquanto as receitas internacionais registraram aumento de 18%, lideradas pela demanda na China, Europa e América Latina. “No ano, a empresa ganhou 2,5 bilhões de dólares em relação às receitas de 20,4 bilhões de dólares obtidas em 2017”, informa Luís Pasquotto, presidente da Cummins Brasil e também vice-presidente da Cummins Inc.

Saiba mais:

Cummins: www.cummins.com.br

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E