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Revista M&T - Ed.223 - Maio 2018
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Entrevista

MATTHEW S. FEARON

“A indústria entende a natureza cíclica do mercado”

Formado em engenharia mecânica pela The Ohio State University, com mestrado em gestão empresarial pelo Rensselaer Polytechnic Institute, Matt Fearon é presidente da Terex Aerial Work Platforms (AWP) desde janeiro de 2013. Como executivo, vem ocupando cargos de liderança na indústria de equipamentos há mais de 25 anos, somando mais de duas décadas de atuação dentro da Genie Industries.

O executivo iniciou a carreira na empresa aeroespacial Pratt & Whitney, onde atuou na produção de motores para aviões comerciais e militares. Após completar o mestrado em negócios, ingressou na área de design industrial da Hercules Aerospace, mais especificamente na divisão de motores para foguetes.

Membro da Association for Manufacturing Excellence (AME, ou Associação para a Excelência Manufatureira, em português) desde 2005, Fearon também já atuou como vice-presidente de manufatura e engenharia da Genie em Washington, posição na qual trabalhou por 12 anos, tornando-se posteriormente vice-presidente da Terex Corporation e, em seguida, diretor da Terex AWP para os mercados da Europa, África, Oriente Médio e Rússia, até chegar ao posto atual.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, o executivo discorre sobre os resultados da empresa ao redor do mundo, além de comentar assuntos como mercado brasileiro, tecnologia, segurança, manutenção e outros. “Apesar de não esperamos um retorno aos picos anteriores, podemos vislumbrar tempos melhores para o Brasil”, diz ele. Acompanhe.

  • Após um período de dificuldades, qual é a situação atual do mercado global de plataformas?

Em 2017, o mercado global de plataformas de trabalho aéreo mostrou-se até maior do que era esperado. Evidentemente, estamos satisfeitos de ver esse aumento de mercado em todas as partes do mundo. No caso da Genie, especificamente, terminamos o ano com o melhor resultado anual de nossa história e, desse modo, esperamos algo como 10% de crescimento em no


Formado em engenharia mecânica pela The Ohio State University, com mestrado em gestão empresarial pelo Rensselaer Polytechnic Institute, Matt Fearon é presidente da Terex Aerial Work Platforms (AWP) desde janeiro de 2013. Como executivo, vem ocupando cargos de liderança na indústria de equipamentos há mais de 25 anos, somando mais de duas décadas de atuação dentro da Genie Industries.

O executivo iniciou a carreira na empresa aeroespacial Pratt & Whitney, onde atuou na produção de motores para aviões comerciais e militares. Após completar o mestrado em negócios, ingressou na área de design industrial da Hercules Aerospace, mais especificamente na divisão de motores para foguetes.

Membro da Association for Manufacturing Excellence (AME, ou Associação para a Excelência Manufatureira, em português) desde 2005, Fearon também já atuou como vice-presidente de manufatura e engenharia da Genie em Washington, posição na qual trabalhou por 12 anos, tornando-se posteriormente vice-presidente da Terex Corporation e, em seguida, diretor da Terex AWP para os mercados da Europa, África, Oriente Médio e Rússia, até chegar ao posto atual.

Nesta entrevista exclusiva à Revista M&T, o executivo discorre sobre os resultados da empresa ao redor do mundo, além de comentar assuntos como mercado brasileiro, tecnologia, segurança, manutenção e outros. “Apesar de não esperamos um retorno aos picos anteriores, podemos vislumbrar tempos melhores para o Brasil”, diz ele. Acompanhe.

Após obter o melhor ano de sua história, a Genie projeta 10% de crescimento em 2018, revela Fearon

  • Após um período de dificuldades, qual é a situação atual do mercado global de plataformas?

Em 2017, o mercado global de plataformas de trabalho aéreo mostrou-se até maior do que era esperado. Evidentemente, estamos satisfeitos de ver esse aumento de mercado em todas as partes do mundo. No caso da Genie, especificamente, terminamos o ano com o melhor resultado anual de nossa história e, desse modo, esperamos algo como 10% de crescimento em nossos principais produtos.

  • Qual é a participação da marca e a estratégia adotada para aumentar sua participação?

Não podemos fornecer números exatos de participação de mercado, mas posso dizer que ocupamos a primeira ou segunda posição em todos os principais mercados do segmento. Obter uma participação comercial crescente e consistente é algo que buscamos por meio das nossas equipes locais, mantendo um compromisso de longo prazo com o mercado e auxiliando os nossos clientes a ter sucesso em suas atividades.

    Máquinas elétricas com torque nas quatro rodas têm desempenho melhor que os sistemas convencionais, comenta o presidente da Terex AWP

  • Qual é a importância do setor de locação para esse tipo de equipamento?

Embora utilizemos distribuidores e dealers em alguns mercados, o setor de locação é nosso canal-chave para o mercado. Além disso, muitos dos maiores e mais maduros mercados têm migrado para o modelo da locação.

  • Quais são os principais mercados para seus produtos atualmente? Qual é a posição da América Latina?

Hoje, o mercado norte-americano representa aproximadamente de 60% a 65% das vendas da Genie, enquanto Europa, Oriente Médio, África e Rússia representam, juntos, de 20% a 25%, seguidos por Ásia-Pacífico, China e América Latina. Nos últimos quatro anos, as regiões da Ásia-Pacífico e China registraram crescimento consistente, enquanto as vendas na América Latina declinaram.

  • O Brasil já foi visto como um mercado promissor. Como analisa esse mercado atualmente?
  • Segundo o executivo, o setor de locação mantém-se como o principal canal para o mercado de plataformas

Na Genie, nós entendemos a natureza cíclica do mercado de plataformas de trabalho aéreo. De fato, o Brasil tem apresentado um mercado em declínio nos últimos três ou quatro anos. Mas acreditamos que o ano de 2016 foi o ponto mais baixo desse mercado, uma vez que em 2017 já assistimos a uma tênue melhoria e, agora, começamos a ver sinais de avanço para 2018 e mais além.

  • Nesse período de crise, quanto o país regrediu na participação de seus negócios?

Para a Genie, o mercado brasileiro atualmente representa vendas baixas, de um dígito na percentagem total. Mas jamais avaliamos um mercado com base exclusivamente nas vendas obtidas em poucos anos de atuação. Olhamos para o potencial de mercado na longa duração e, sob esta ótica, continuamos a enxergar o Brasil como um mercado promissor. Essa avaliação é confirmada pela decisão de abrir um novo escritório para nossa equipe em 2017, assim como no nosso compromisso de manter um estoque local, com uma forte infraestrutura de peças e serviços.

  • Quais foram os resultados no último ano? Está confiante em uma retomada rápida?

Em 2017, os resultados da Genie mantiveram-se em linha com nossas expectativas para o ano e acreditamos que um novo ciclo positivo se iniciará ainda neste ano, seguido por um crescimento mais constante no biênio 2019-2020. Apesar de não esperamos um retorno aos picos anteriores, podemos vislumbrar tempos melhores para o Brasil.

  • A estrutura atual da empresa está preparada para acompanhar um eventual reaquecimento do mercado?

É preciso destacar que as fábricas da Genie nos Estados Unidos, na Europa e na China provêm assistência aos nossos clientes ao redor do mundo. No Brasil, temos um escritório bem próximo a São Paulo, com uma equipe de aproximadamente 20 profissionais, enquanto nosso estoque de peças possui mais de 6 mil unidades de armazenamento (no original, SKU – Stock Keeping Unit) somente para equipamentos da Genie. Além disso, nossa estrutura local para inspeção pré-entrega (PDI – Pre Delivery Inspection, em inglês) também é capaz de manusear centenas de máquinas. Sentimos que isso representa uma presença adequada para o mercado brasileiro e que reavaliamos anualmente.

EPresença da marca no mercado brasileiro é plenamente adequada, avalia o executivo

  • A Genie está trazendo uma plataforma híbrida para o Brasil. Quais são as vantagens dessa tecnologia para o usuário?

Acredito que a Genie Z60-FE seja a mais avançada plataforma de trabalho aéreo do mundo. Costumo descrevê-la como uma máquina que pode ser “a primeira a entrar e a última a sair da operação”. Mas todas as máquinas elétricas com torque nas quatro rodas têm desempenho melhor que os sistemas hidráulicos convencionais, sendo ideais para trabalhos externos. Em uma construção, por exemplo, assim que um trabalho externo é finalizado e se inicia uma operação interna, a plataforma Z60-FE pode ser alternada para o modo totalmente elétrico e operar mais que um turno completo com emissões zero.

  • Como os dispositivos eletrônicos podem aumentar a segurança para o operador de plataformas?

Penso que, como indústria, precisamos acreditar que os acidentes ocupacionais são evitáveis. Da perspectiva de segurança, as máquinas têm sido continuamente aperfeiçoadas e creio que esta tendência irá continuar. Também precisamos nos certificar que as avaliações de risco sejam uma parte integral em qualquer planejamento para o trabalho nos canteiros.

  • Como as mudanças nas normas regulatórias podem impactar a indústria, especialmente em relação à tecnologia?

Temos visto os requisitos regulatórios incorporarem novas exigências que direcionam a evolução da tecnologia utilizada nos controles das máquinas. Os padrões do AINSI (American National Standards Institute, ou Instituto Nacional Americano de Padronização, em português) e da CSA (Canadian Standards Association, ou Associação Canadense de Padronização) vêm sendo revisados para, por exemplo, exigir a presença de sensores de carregamento, impor limitações de inclinação e criar novas classificações relacionadas à exposição das máquinas ao vento. Do mesmo modo, também existem requerimentos muito específicos sobre treinamento. No Brasil, acreditamos que as novas normas ABNT NBR (aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas) também irão se tornar um grande aliado no amadurecimento dos padrões de segurança do país.

  • Qual é o papel da manutenção para as empresas que utilizam plataformas?

A manutenção adequada de uma máquina é um ponto crítico para a segurança da operação e para o seu desempenho. Uma frota de locação, por exemplo, requer manutenção constante durante todo o ciclo de vida dos equipamentos, pois qualquer contratempo provavelmente vai causar alguma forma de inconveniência ou problemas potencialmente mais sérios ao proprietário. Nesse sentido, temos observado que as companhias de locação ao redor do mundo estão começando a utilizar a telemática para antecipar a manutenção das máquinas. Acredito que esta tendência irá se acelerar cada vez mais, ajudando a impulsionar a produtividade e a rentabilidade para essas companhias.

Saiba mais:

Terex AWP: www.terex.com/en

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