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Revista M&T - Ed.22 - Mar/Abr 1994
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MONOGRAFIA

Manutenção e Produtividade: Uma abordagem contemporânea

"Manutenção e Produtividade: uma abordagem contemporânea" é o trabalho vencedor do II Concurso Sobratema de Monografias Técnicas, de autoria do engenheiro Eder Fonzar Granato, gerente da Divisão de Tráfego da Cia. Açucareira de Penápolis e professor da Faculdade de Tecnologia de Birigui, interior de São Paulo.

Atualmente, falar sobre Qualidade e Produtividade tornou-se rotina. Mas, realmente vivenciarmos o espírito de tal trabalho e sentirmos a colheita de tais frutos ainda é, na maioria das vezes, muito difícil. Apesar de todas as novas técnicas de manutenção, nada é tão viável e interessante do que discutiremos a valorização do homem de manutenção como real “Célula Produtiva do Sistema”, a fim de obtermos, através dele, reais resultados de alta produtividade e satisfação no trabalho.
Após executar um trabalho de conscientização individual e global de cada funcionário no contexto da empresa relacionada com a função exercida de cada um, conclui-se que a qualidade vem dele e exige um “hábito de aperfeiçoamento constante”, disseminado pela empresa toda. No Japão a qualidade está presente em sua cultura nacional. No comportamento social japonês aninharam-se sistemas de manutenção de elevada eficiência, que são muito simples e não necessitam de ambiente especial ou qualquer panorama cultural especial.
O lema é “fazer bem na primeira vez”. Realçando, assim, a prevenção de falhas de forma a tornar dispensável a fiscalização rotineira em grande amplitude e o retrabalho. O ônus de prova de qualidade não recai na fiscalização, sistemas e burocracias e sim sobre quem executa o trabalho: mecânico, encarregado, operador e montador. Conforme o caso, é certo que não devemos copiar exatamente o modelo nipônico em nossa realidade latina. Mas devemos filtrar as técnicas e adaptá-las.
Uma adaptação que devemos pass


"Manutenção e Produtividade: uma abordagem contemporânea" é o trabalho vencedor do II Concurso Sobratema de Monografias Técnicas, de autoria do engenheiro Eder Fonzar Granato, gerente da Divisão de Tráfego da Cia. Açucareira de Penápolis e professor da Faculdade de Tecnologia de Birigui, interior de São Paulo.

Atualmente, falar sobre Qualidade e Produtividade tornou-se rotina. Mas, realmente vivenciarmos o espírito de tal trabalho e sentirmos a colheita de tais frutos ainda é, na maioria das vezes, muito difícil. Apesar de todas as novas técnicas de manutenção, nada é tão viável e interessante do que discutiremos a valorização do homem de manutenção como real “Célula Produtiva do Sistema”, a fim de obtermos, através dele, reais resultados de alta produtividade e satisfação no trabalho.
Após executar um trabalho de conscientização individual e global de cada funcionário no contexto da empresa relacionada com a função exercida de cada um, conclui-se que a qualidade vem dele e exige um “hábito de aperfeiçoamento constante”, disseminado pela empresa toda. No Japão a qualidade está presente em sua cultura nacional. No comportamento social japonês aninharam-se sistemas de manutenção de elevada eficiência, que são muito simples e não necessitam de ambiente especial ou qualquer panorama cultural especial.
O lema é “fazer bem na primeira vez”. Realçando, assim, a prevenção de falhas de forma a tornar dispensável a fiscalização rotineira em grande amplitude e o retrabalho. O ônus de prova de qualidade não recai na fiscalização, sistemas e burocracias e sim sobre quem executa o trabalho: mecânico, encarregado, operador e montador. Conforme o caso, é certo que não devemos copiar exatamente o modelo nipônico em nossa realidade latina. Mas devemos filtrar as técnicas e adaptá-las.
Uma adaptação que devemos passar por necessidade é a do enxugamento dos almoxarifados. Seria a manutenção “Just in Time”, ou seja, devemos ser ágeis no fluxo de papéis, no departamento de compras e trabalharmos sempre com estoque dos fornecedores de peças, componentes ou ser- viços. Somente conseguiremos isto após a relação cliente- fornecedor tornar-se transparente em todos os sentidos, eliminando o fantasma da “Lei de Gérson”, tornando visíveis os obstáculos para atacá-los de frente.


Devemos ter como prioridade máxima a flexibilidade de mão-de-obra; o mecânico multifuncional, conhecedor dos objetivos de cada setor, fluindo para os problemas ou para os pontos de maior carga de trabalho, supondo-se que os maus hábitos no trabalho, os quais resultam em prejuízo às pessoas, aos serviços e aos equipamentos, sejam eliminados. Por outro lado, a ordem e o asseio proporcionam a criação de um ambiente capaz de gerar melhores hábitos de trabalho, qualidade superior e cuidado com as instalações.
O correto é transportar para nossos funcionários o senso de que nós somos responsáveis pela limpeza do nosso setor de trabalho. Saber que ali é o espelho do nosso desempenho e organização. Tornar comum a imagem de um mecânico var- rendo o box de trabalho ou limpando o banheiro.
Assumir entre os colegas de trabalho que o erro é um fator importante a ser divulgado e analisado com transparência e objetividade, erradicando as causas através de grupos de estudos que podem ser organizados em horas ociosas dos trabalhadores. O gráfico apresentado neste trabalho propõe um mecânico para funcionamento de um grupo de estudo:
Podemos utilizar como símbolo o “Q.V.T.”, que significa Qualidade, Vida e Trabalho. A empresa pode melhorar alguns parâmetros da vida das pessoas, assim Q.V.T. é uma técnica que visa aperfeiçoar a vida de cada funcionário, para que ele possa crescer pessoalmente e transportar esse aperfeiçoamento ao seu trabalho. Dessa forma, ele proporcionar um treinamento específico para ser aplicado às suas atividades diárias, melhorando o empenho de cada um nas tarefas, executando-as conscientemente, passo a passo, realizando um controle de qualidade total na busca do retrabalho.
Alguns itens terão influência somente na qualidade de vida, outros somente na qualidade do trabalho e outros, ainda, em ambos. São os seguintes os fatores:
- Recursos Humanos
- Conscientização
- Motivação
- Educação/Treinamento em qualidade e confiabilidade
- Treinamento de mão-de- obra direta
- Participação
A consciência da produtividade parte da direção e gerência, que assumem a responsabilidade sem necessitar que lhe digam como dela desincumbir-se. Se estiverem presentes os devidos incentivos como medidas de desempenho, os caminhos para a boa execução não tardarão a ser encontrados, estamos ressaltando que o simples fato de redistribuir a reponsabilidade da qualidade, fazendo- a recair sobre quem executa o serviço, será suficiente para grandes resultados na lata da produtividade.
Existem várias alternativas para se organizar o assunto de como pensar sobre a qualidade. O principal critério para escolher entre essas alternativas é a facilidade para explicar a função qualidade às pessoas não especializadas e, em particular, aos administradores de hierarquia superior.
Normalmente, a direção compreende com maior facilidade o assunto quando ele lhe é apresentado na forma de uma trilogia de processos administrativos, graficamente e com resultados análogos. Seria conveniente termos uma frase curta, de aceitação geral, para definir de modo abrangente a qualidade, ou seja, que inclua as características que levam a satisfação com o serviço executado e, além disso, a ausência de falhas. Várias definições têm sido propostas pelos profissionais, porém, nenhuma delas atingiu aceitação universal.
Em uma monografia voltada à manutenção é melhor definir qualidade simplesmente como “Adequação ao Uso”, conseguindo, assim, uma ampla aceitação, principalmente nesta área específica.

Eder Fonzar Granato

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