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Revista M&T - Ed.222 - Abril 2018
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Intermodal 2018

Logística diversificada

Agora incluindo vertentes como Internet das Coisas e inteligência artificial, evento não deixa de lado as tradicionais soluções para transporte de cargas e armazenagem
Por Melina Fogaça

Com um clima mais otimista e uma nova proposta, a Intermodal South America 2018 – considerada a principal feira de logística da América Latina – foi realizada entre os dias 13 e 15 de março no São Paulo Expo, para onde se mudou a partir desta edição, que recebeu 32 mil visitantes.

Segundo os organizadores, a feira contou com a participação de 400 marcas nacionais e internacionais de 22 países, passando a englobar outros segmentos que compõem a cadeia de logística, com expositores de áreas como distribuição, armazenagem e intralogística, além de abrir espaço para conceitos atuais como IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial e novas tecnologias de transporte.

A nova proposta do evento apoia-se em fatos concretos. Com o desenvolvimento da indústria ao longo dos anos, torna-se imprescindível garantir a conexão entre as diferentes formas de transporte. “Acreditamos na importância em se estabelecer esse novo posicionamento”, afirmou Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, organizadora do evento. “Mas, evidentemente, demos destaque aos expositores tradicionais, o que inclui o segmento de transporte de cargas em todos os seus modais.”

CENÁRIO

Durante a cerimônia de abertura, o senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), afirmou não ter dúvidas que promover a intermodalidade do sistema logístico nacional é o maior desafio que o Brasil tem pela frente no segmento. “Os custos elevados do modal rodoviário faz com que os custos da logística no Brasil sejam muito mais elevados em relação a outros países”, disse.

De fato, de acordo com Sérgio de Assis Lobo, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), “o custo logístico brasileiro é cerca de 50% a 70% maior que outros mercados, se comparado à Europa e Ásia, por exemplo”.

Para suprir esse gargalo, o ministro dos Transportes, Portos e Avia


Com um clima mais otimista e uma nova proposta, a Intermodal South America 2018 – considerada a principal feira de logística da América Latina – foi realizada entre os dias 13 e 15 de março no São Paulo Expo, para onde se mudou a partir desta edição, que recebeu 32 mil visitantes.

Segundo os organizadores, a feira contou com a participação de 400 marcas nacionais e internacionais de 22 países, passando a englobar outros segmentos que compõem a cadeia de logística, com expositores de áreas como distribuição, armazenagem e intralogística, além de abrir espaço para conceitos atuais como IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial e novas tecnologias de transporte.

A nova proposta do evento apoia-se em fatos concretos. Com o desenvolvimento da indústria ao longo dos anos, torna-se imprescindível garantir a conexão entre as diferentes formas de transporte. “Acreditamos na importância em se estabelecer esse novo posicionamento”, afirmou Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, organizadora do evento. “Mas, evidentemente, demos destaque aos expositores tradicionais, o que inclui o segmento de transporte de cargas em todos os seus modais.”

Na abertura do evento, autoridades e especialistas foram unânimes em apontar a necessidade de conectar as diferentes formas de transporte no país

CENÁRIO

Durante a cerimônia de abertura, o senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), afirmou não ter dúvidas que promover a intermodalidade do sistema logístico nacional é o maior desafio que o Brasil tem pela frente no segmento. “Os custos elevados do modal rodoviário faz com que os custos da logística no Brasil sejam muito mais elevados em relação a outros países”, disse.

De fato, de acordo com Sérgio de Assis Lobo, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), “o custo logístico brasileiro é cerca de 50% a 70% maior que outros mercados, se comparado à Europa e Ásia, por exemplo”.

Para suprir esse gargalo, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, discorreu sobre o Plano Nacional de Logística (PNL), que tem como objetivo apresentar um diagnóstico e propor prioridades de investimentos para a melhoria da eficiência da infraestrutura de transportes do país. “O Brasil investe apenas 2% do PIB em infraestrutura, o que é muito pouco se comparado a outros países da América do Sul, por exemplo, que investem 5%”, comparou. “Mas na Ásia, a Índia já está investindo 7% e a China, 13%, o que nos coloca em uma extrema desvantagem.”

Além de empilhar contêineres, o movimentador universal da Combilift é capaz operar com cargas entre 35 e 70 t

De acordo com estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicado no final do ano passado, é necessário realizar investimentos em torno de 293 bilhões de reais para solucionar os entraves do sistema rodoviário do Brasil. Este valor, como destaca Fagundes, da Frenlog, é inacessível aos cofres públicos, “o que aumenta a necessidade de participação da iniciativa privada”.

Em São Paulo, o governo lançou recentemente o Plano Diretor de Logística e Transporte (PDLT 2030), uma diretriz que busca desenvolver um novo sistema de transportes para o estado, em uma extensão geográfica que inclui não só a região metropolitana, mas também áreas como Sorocaba e Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista, nas quais se concentram 3/4 da população paulista e 80% do PIB estadual. “Representando quase 30% do PIB brasileiro, essa região é o principal corredor logístico da América Latina”, comentou Laurence Casagrande Lourenço, secretário de Logística e Transportes do Estado. “Nela estão localizados, por exemplo, o Porto de Santos, o Aeroporto de Guarulhos e uma grande parcela de produção industrial e agropecuária do país.”

Segundo Casagrande, o plano investe na integração de modais, tentando diminuir a dependência do modal rodoviário e contribuir para a redução do custo logístico no país. “Mas para que esse projeto dê certo, precisamos de parcerias tanto com o governo federal quanto com o setor privado”, apontou o secretário.

CARGAS

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a movimentação de cargas nos portos brasileiros, incluindo terminais públicos e privados, cresceu 8,3% em relação a 2016, movimentando mais de 1 bilhão de toneladas no ano passado.

Manipulador de contêineres da série E214 da Hyster adota recursos avançados de telemetria

Com essa retomada na atividade dos portos, já há um trânsito significativamente maior de contêineres. Para auxiliar na atividade, a Combilift apresentou durante a Intermodal seu movimentador universal, um equipamento capaz de empilhar contêineres e operar com cargas entre 35 e 70 t. De acordo com Rafael Kessler, diretor comercial da empresa, o equipamento garante uma visibilidade de 360o ao operador, o que permite atuar dentro e fora de edificações. “O movimentador também oferece menor pressão das rodas no solo, sendo produzido com dimensões customizadas para movimentar cargas fora de padrão”, disse o executivo.

Com o portfólio reforçado, a Konecranes destacou sua atuação agora como marca unificada

A Hyster, por sua vez, investiu em uma nova versão do manipulador de contêineres vazios da série E214, com capacidade de atingir 20 m de elevação suportando até 11 t. O principal destaque desse equipamento, como ressalta Alexandre Barreto, gerente regional de vendas Big Truck da Hyster-Yale, é a adoção de recursos de telemetria, fazendo com que o cliente possa gerenciar as informações do equipamento e das operações por meio de um portal personalizável. “A solução de telemetria contribui para maior controle da frota, com acessos sobre colisões sofridas pelo equipamento, envio de mensagens via SMS e alertas com base nos dados gerenciados pelo portal, contribuindo para um melhor gerenciamento”, assegurou.

Presente no evento pelo segundo ano consecutivo, a Konecranes adotou uma estratégia de cunho institucional, reforçando sua presença na América Latina após a aquisição da divisão de manipulação de materiais e soluções portuárias (MHPS) da Terex. Como destacou Andrés Ramirez, gerente comercial e de marketing da distribuidora Equiport, a aquisição complementa o portfólio de produtos da fabricante para o segmento de portos, tanto em atividades mais corriqueiras quanto nas mais complexas. Isso inclui a oferta de pontes rolantes, pórticos e guindastes para estaleiros, além de equipamentos para manuseio de contêineres. “Com as integrações que tivemos com a Terex, a expectativa é de aumento do nosso mercado, apresentando a marca como unificada”, disse.

O descarregador de caminhões RazerTail ganhou destaque no portfólio da Superior Industries

Em seu primeiro ano na América do Sul, a Superior Industries no Brasil – considerada a maior fabricante de transportadores dos EUA – vem obtendo sucesso de vendas na América do Sul. “Conseguimos inserir equipamentos na região, ao colocarmos um shiploader no Amapá, para fazer o carregamento de cavaco de madeira, e um descarregador de caminhões RazerTail no Mato Grosso, que transfere o material diretamente do caminhão para estoque”, afirmou Danilo Bibancos, diretor da Superior Industries no Brasil. “Também temos aplicações desse equipamento com grãos no Uruguai e na Argentina, além de introduzirmos uma peneira para processamento de minério no Chile.”

ARMAZENAGEM

Um dos diferenciais da Intermodal 2018 foi a presença de fabricantes de equipamentos e soluções para armazenagem. Detentor de diversas marcas, o Grupo Kion participou da feira com soluções complementares. De acordo com a gerente de desenvolvimento de negócios, Kareen Ratton, foi a primeira vez que o grupo reuniu na Intermodal as três empresas que compõem suas operações. “Participamos do evento com a Linde e a Still na área de equipamentos, com a desenvolvedora de tecnologia de automação Dematic e ainda com a Águia Sistemas, que atua na construção e estruturação de armazéns”, afirmou.

O Grupo Kion trabalhou sua estratégia multimarcas, que inclui soluções como esta empilhadeira Linde

Segundo ela, o objetivo é oferecer ao cliente uma solução completa e integrada, que atenda às necessidades de movimentação e armazenagem. “O cliente não precisa especificar o armazém primeiro e depois buscar o equipamento ideal para o tipo de estrutura que possui, mas já pode fazer tudo junto, uma única vez”, disse.

Já a GLP optou por apresentar os resultados de 2017. Segundo Mauro Dias, presidente da marca no Brasil, a empresa loca espaços para diferentes tipos de negócios, com áreas diversificadas de atuação, tais como varejo, farmacêutico e autopeças, tanto fabricantes quanto distribuidores. De forma geral, disse ele, 15% dos galpões são locados para a área de indústria e 20% para logística.

Com 342 mil m² de área, o galpão da GLP em Duque de Caxias será um dos maiores do país

Em 2017, a empresa bateu o recorde de novas locações no país, alugando 270 mil m², além de entregar novas áreas, o que agregou mais de 95 mil m² ao portfólio da GLP. “Já no início de 2018, a empresa lançou dois galpões em Duque de Caxias (RJ)”, destacou.

Para apresentar esse novo empreendimento, a GLP disponibilizou durante o evento uma maquete de realidade virtual aumentada, por meio da qual o visitante – utilizando óculos de realidade mista – pôde fazer um passeio completo pelo empreendimento. “Quando estiver totalmente concluído, o GLP Duque de Caxias será um dos maiores do país, com 342 mil m² de área total”, completou Dias.

WILSON SONS REBOCADORES ADQUIRE NOVO SIMULADOR DE MANOBRAS

Empresa de apoio portuário, a Wilson Sons Rebocadores modernizou seu simulador de manobras e iniciou testes para a realização de manobras indiretas nos portos brasileiros. Localizado no Guarujá (SP), o Centro de Aperfeiçoamento Marítimo William Salomon (CAMWS), onde está instalado o novo simulador, é usado para o treinamento de sua tripulação, que conta com mais de 550 marítimos. “Nosso software anterior não atendia em todos os aspectos que precisávamos, então buscamos no mercado uma alternativa”, conta o gerente da Central de Operação de Rebocadores (COR), Pedro Lima. “Analisando as opções apresentadas, escolhemos a tecnologia da Transas, que já é nossa parceira.”

Com uma biblioteca de mais de 400 modelos de embarcações, o novo simulador conta com uma variedade de cenários, que simulam portos no Brasil e no exterior. Há interação total com o ambiente, já que o equipamento reproduz condições ambientais diversas, como corrente marítima, maré, vento, chuva, neblina, período diurno e noturno e possíveis avarias operacionais à embarcação. Também incorpora um radar de alta definição, além de cartas eletrônicas e painel de alarmes, reproduzindo todas as situações possíveis. “Temos diversos tipos de rebocadores simulados pelo software, incluindo os de apoio marítimo conhecidos como PSV (Platform Supply Vessel), empurradores, lanchas, plataformas de petróleo, navios mercantes, navios militares e barcos de pesca. Com essa variedade, poderemos atender também a outras empresas, como as que prestam serviços em hidrovias e apoio offshore”, conclui Lima.

Usado para o treinamento da tripulação, simulador de manobras da Wilson Sons Rebocadores possui biblioteca com mais de 400 modelos de embarcações

Saiba mais:

Intermodal: www.intermodal.com.br

Wilson Sons: www.wilsonsons.com.br

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