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Revista M&T - Ed.173 - Outubro 2013
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Especial Concreto

Diversificação a caminho

Estimativas indicam que cerca de oito mil caminhões-betoneira circulam em regiões urbanas do país; Restrição ao tráfego vem impulsionando mudanças, como maior volume e monitoramento via satélite

Indispensáveis nas obras de construção civil, atualmente os serviços de concretagem formam uma rede de distribuição que cobre todo o Brasil. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), Arcindo Vaquero y Mayor, o país tem nada menos que oito mil caminhões tipo betoneira em operação, cuja distribuição geográfica seria diretamente proporcional ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada estado. A maior concentração, portanto, aconteceria nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, principais polos da construção civil no país. Dados da entidade apontam ainda que são fabricadas aproximadamente 1,5 mil unidades anuais em média, todas de produção nacional.

Reforçando os dados da Abesc, o gerente de vendas da área de concreto da Liebherr, Guilherme Zurita, afirma que a venda de betoneiras da marca em 2012 concentrou-se na região Sudeste, que respondeu por 59% dos negócios realizados pela multinacional. As regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte respondem, nessa ordem, pelas demais aquisições, sendo que a última corresponde a 5% do faturamento da fabricante alemã. No entanto, Zurita ressalta que as grandes empresas geralmente fazem a compra a partir da região onde estão sediadas, distribuindo posteriormente os veículos para outras áreas urbanas do país.

ADAPTAÇÃO

Aliás, a caótica movimentação nas cidades representa um desafio significativo para a logística de transporte do concreto. Por conta dos constantes congestionamentos, a média de distância percorrida por betoneiras nas cidades limita-se a apenas 25 km por viagem. Tal cenário explica a necessidade de as usinas de concreto estarem cada vez mais próximas dos centros urbanos, evitando longos trechos com restrições de tráfego.

Outro tipo de limitação ocorre em relação ao limite de peso por eixo, o que inclusive já acarreta transformações estruturais nos equipamentos. Segundo os especialistas ouvidos por M&T, há uma tendência clara de adaptação das betoneiras sobre chassis com configuração 8x4, substituindo o padrão 6x4. Com essa intenção, aliás, fabricantes como Mercedes-Benz e Scania já estão aplicando um quarto eixo nos modelos específicos para betoneiras sobre caminhões.


Indispensáveis nas obras de construção civil, atualmente os serviços de concretagem formam uma rede de distribuição que cobre todo o Brasil. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), Arcindo Vaquero y Mayor, o país tem nada menos que oito mil caminhões tipo betoneira em operação, cuja distribuição geográfica seria diretamente proporcional ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada estado. A maior concentração, portanto, aconteceria nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, principais polos da construção civil no país. Dados da entidade apontam ainda que são fabricadas aproximadamente 1,5 mil unidades anuais em média, todas de produção nacional.

Reforçando os dados da Abesc, o gerente de vendas da área de concreto da Liebherr, Guilherme Zurita, afirma que a venda de betoneiras da marca em 2012 concentrou-se na região Sudeste, que respondeu por 59% dos negócios realizados pela multinacional. As regiões Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte respondem, nessa ordem, pelas demais aquisições, sendo que a última corresponde a 5% do faturamento da fabricante alemã. No entanto, Zurita ressalta que as grandes empresas geralmente fazem a compra a partir da região onde estão sediadas, distribuindo posteriormente os veículos para outras áreas urbanas do país.

ADAPTAÇÃO

Aliás, a caótica movimentação nas cidades representa um desafio significativo para a logística de transporte do concreto. Por conta dos constantes congestionamentos, a média de distância percorrida por betoneiras nas cidades limita-se a apenas 25 km por viagem. Tal cenário explica a necessidade de as usinas de concreto estarem cada vez mais próximas dos centros urbanos, evitando longos trechos com restrições de tráfego.

Outro tipo de limitação ocorre em relação ao limite de peso por eixo, o que inclusive já acarreta transformações estruturais nos equipamentos. Segundo os especialistas ouvidos por M&T, há uma tendência clara de adaptação das betoneiras sobre chassis com configuração 8x4, substituindo o padrão 6x4. Com essa intenção, aliás, fabricantes como Mercedes-Benz e Scania já estão aplicando um quarto eixo nos modelos específicos para betoneiras sobre caminhões.

No caso da Volvo, 70% dos chassis de caminhões para betoneiras já estão migrando para as novas configurações. Segundo a empresa, a razão disso é simples: dentro dos limites impostos, os modelos 8x4 oferecem uma capacidade maior de transporte (volume de concreto) e auxiliam na fiscalização das regiões urbanas.

As restrições afetam igualmente a capacidade volumétrica dos tambores dos caminhões-betoneira. “Atualmente, 90% dos equipamentos comercializados apresentam uma capacidade de 8 m³ de capacidade nominal”, afirma Zurita. De acordo com ele, é possível perceber um movimento pela utilização de capacidades entre 9 e 10 m³ em algumas aplicações mais específicas, como argamassas. Para Mayor, da Abesc, o número de betoneiras com a configuração de volume padrão ainda seria a maioria – 98% de toda a frota brasileira desses equipamentos –, mas uma maior diversificação pode estar a caminho.

TECNOLOGIAS

Para garantir que o concreto chegue à obra com a qualidade esperada do material, os caminhões-betoneira empregam diversas tecnologias. Dentre os recursos mais usuais, é possível pontuar a utilização de pás intensificadoras de mistura, que preservam a qualidade do concreto e mantêm sua homogeneidade durante o transporte. No caso de soluções químicas, as betoneiras podem utilizar aditivos polifuncionais e estabilizadores de hidratação, por exemplo. Também é possível medir a qualidade do material com o emprego de instrumentos que calculam a força utilizada pela bomba hidráulica para girar a betoneira.

Além dessas ferramentas, a qualidade do serviço está diretamente ligada à qualificação do operador, que deve ser capacitado tanto para a condução de veículos com grande carga e alto centro de gravidade, como possuir conhecimentos básicos de concreto e descarga. Adicionalmente, o profissional deve prestar um bom atendimento ao cliente e ser treinado para executar manutenção básica e técnicas de condução econômica. De acordo com Mayor, as empresas do segmento, principalmente as associadas à entidade, já estão exigindo motoristas na classificação D, com treinamento especializado em todos esses quesitos.

GERENCIAMENTO

Outro ponto importante é o gerenciamento da frota de veículos, um aspecto primordial para manter os gastos dentro do planejado. Enquanto algumas empresas optam por manter frota terceirizada, outras preferem investir na aquisição. Outra solução ainda pode ser encontrada na relação colaborativa, compartilhando a gestão com os operadores dos caminhões-betoneira, por meio da qual recebem premiações pela limpeza, manutenção do equipamento e produtividade.

Os especialistas indicam ainda a utilização de monitoração via satélite ou por redes móveis das operadoras celulares. Os sistemas são acoplados ao equipamento e transmitem, em tempo real, informações de rota, manutenção, tempo de permanência em cada cliente e índices de descarga do concreto, entre outras variáveis.

 

 

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