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Revista M&T - Ed.75 - Fev/Mar 2003
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LANÇAMENTO

Direto do Grid de largada em Interlagos

Caterpillar sai na frente da concorrência e lança, logo no início do ano, um pacote tecnológico, que inclui 14 modelos atualizados tecnologicamente, e dois novos equipamentos: um novo trator de esteiras e um novo compactador de solo.

Caterpillar Brasil lançou dia 22 de março, durante os preparativos para o 32° Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, São Paulo (SP), um pacote tecnológico que inclui 14 modelos tecnologicamente aperfeiçoados e dois equipamentos novos na sua linha de produção em Piracicaba — o trator de esteiras D6N e o rolo compactador de solo CS-423E. A fábrica brasileira aplicou US$ 8 milhões nesses lançamentos — de um investimento total de US$20 milhões previsto para 2.003.

A programação foi aberta por uma demonstração de Fórmula Ford, seguida da simulação de resgate de carros pelas carregadeiras 924G, 938G e 1T02G - que ficaram à disposição da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para eventual utilização posterior durante o Grande Prêmio. O evento reuniu mais de 300 participantes, entre usuários da marca no estado de São Paulo, consultores técnicos e executivos da Caterpillar e da revenda Sotreq.

Dentre os lançamentos - além do novo trator de esteiras D6N e do rolo compactador de solo CS- 423E - pode-se destacar o trator de esteiras D6R e as pás- carregadeiras 938G, 950G, 962G e IT62G - todos promovidos à Série II (a última palavra em atualização tecnológica na Caterpillar). Ganharam novos recursos técnicos também toda série H de motoniveladoras (120H, 12H, 135H, 140He 160FI), as pás carregadeiras 924G e 924Gz e as escavadeiras hidráulicas 320C e 320CL. O maior diferencial em relação às vers&ot


Caterpillar sai na frente da concorrência e lança, logo no início do ano, um pacote tecnológico, que inclui 14 modelos atualizados tecnologicamente, e dois novos equipamentos: um novo trator de esteiras e um novo compactador de solo.

Caterpillar Brasil lançou dia 22 de março, durante os preparativos para o 32° Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, São Paulo (SP), um pacote tecnológico que inclui 14 modelos tecnologicamente aperfeiçoados e dois equipamentos novos na sua linha de produção em Piracicaba — o trator de esteiras D6N e o rolo compactador de solo CS-423E. A fábrica brasileira aplicou US$ 8 milhões nesses lançamentos — de um investimento total de US$20 milhões previsto para 2.003.

A programação foi aberta por uma demonstração de Fórmula Ford, seguida da simulação de resgate de carros pelas carregadeiras 924G, 938G e 1T02G - que ficaram à disposição da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para eventual utilização posterior durante o Grande Prêmio. O evento reuniu mais de 300 participantes, entre usuários da marca no estado de São Paulo, consultores técnicos e executivos da Caterpillar e da revenda Sotreq.

Dentre os lançamentos - além do novo trator de esteiras D6N e do rolo compactador de solo CS- 423E - pode-se destacar o trator de esteiras D6R e as pás- carregadeiras 938G, 950G, 962G e IT62G - todos promovidos à Série II (a última palavra em atualização tecnológica na Caterpillar). Ganharam novos recursos técnicos também toda série H de motoniveladoras (120H, 12H, 135H, 140He 160FI), as pás carregadeiras 924G e 924Gz e as escavadeiras hidráulicas 320C e 320CL. O maior diferencial em relação às versões anteriores é a incorporação de motores CAT de última geração, que atendem às novas e rigorosas regulamentações de emissões EPA/Tier II.

William Rohner, presidente da Caterpillar Brasil (leia entrevista ao lado), diz que a empresa está se antecipando ao controle de emissões previsto para os próximos anos e incorporando novos recursos tecnológicos para manter a competitividade em nível mundial.” Nossos clientes reconhecerão o valor agregado dessa tecnologia, pois passarão a operar com maior eficiência e economia”. “São equipamentos globais, lançados simultaneamente em vários continentes. Não são só os motores com baixo nível de emissões, que, por enquanto, ainda não são exigidos no Brasil, mas toda uma tecnologia que resulta em maior produtividade e menores custos operacionais”, complementa João Carlos Maranha.

George Beckwith, gerente distrital da Caterpillar Brasil Serviços garante que essas inovações não implicarão automaticamente no aumento no preço de aquisição dos equipamentos no mercado interno. “O Brasil conta hoje, a um preço menor, com o mesmo equipamento disponível na Europa, Ásia e EUA. Temos conseguido esse equilíbrio com um intenso processo de nacionalização de componentes”. Ele lembra que todos os equipamentos incluídos nesse novo pacote tecnológico têm índice de nacionalização superior a 60% e, portanto, contam com acesso à linha Finame. “São produtos bastante atualizados e com rendimento superior ao dos concorrentes”, garante Paulo Lancerotti, diretor regional da revenda Sotreq, em São Paulo. “São mais avançados e abrem espaço para a participação de nossos clientes em diversas licitações de obras que já exigem o emprego de máquinas com baixo nível de emissão de gases, principalmente em áreas urbanas e confinadas”.
Tratores — Os Tratores de Esteiras D6N e D6R Série II mantêm os pontos fortes de seus modelos anteriores, D6M e D6R, e ganham motores eletrônicos e sistema de refrigeração com pós resfriador ar-ar que, atuando em conjunto, otimizam a eficiência na queima de combustível, aumentam a potência, e atendem às exigências de emissões EPA/Tier II.

Entre as diversas inovações, destacam-se a transmissão automática com compensação de carregamento, que se ajusta à marcha de acordo com a carga, o painel computadorizado que fornece diagnósticos instantâneos sobre as condições de operação, o compartimento do operador mais silencioso e mais confortável, o novo estilo e a facilidade de manutenção. Opcionalmente, os novos modelos também podem utilizar o sistema de lâmina angulada (PAT), que pode ser movimentada para qualquer direção, facilitando a operação nos mais variados tipos de terrenos. A operação também foi facilitada nos novos modelos. A começar pelos dois sistemas de direção disponíveis^ a direção FTC, com controle com as pontas dos dedos, e a direção DS (direção por diferencial). Formas arredondadas e modernas, e maior área envidraçada na cabina valorizam o equipamento além de proporcionar boa visibilidade. A cabina com ar-condicionado é padrão no D6N. Os níveis de ruído na cabina estão entre os mais baixos de suas categorias.

O novo gerenciador eletrônico (EMS III), por outro lado, possibilita uma maior capacidade de diagnóstico devido ao aumento de dados disponíveis. Nessa nova versão, também foram incorporadas informações sobre o motor e a transmissão (agora com controle eletrônico). Diversas características novas fazem com que os novos modelos tenham manutenção e serviço mais fáceis. Os intervalos de troca de óleo do motor foram estendidos de 250 para 500 horas. O moderno projeto do radiador resiste a entupimentos, e seus módulos individuais podem ser substituídos rapidamente. Foram acrescentadas tomadas de pressão — agrupadas em uma área facilmente acessível.

Carregadeiras de rodas — Toda linha nacional de carregadeiras da Caterpillar foi atualizada, considerando-se dois novos modelos — 924G e 924Gz — e a Série II dos modelos de maior porte: 938GII, 950GII, 962GIÍ e ITG2G. Os novos modelos 924 G e 924Gz, de cerca de 10,7 toneladas, são equipados com o motor eletrônico Caterpillar 3056E e um sistema de arrefecimento, que conta com pós-arrefecedor Ar-Ar para reduzir emissões de poluentes e tornar mais eficiente o consumo de combustível. Além de um sistema hidráulico sensível à carga que utiliza a potência do motor na medida exata das necessidades de arrefecimento.

O motor Cat 3056E turbocomprimido, de injeção direta DITAAC de 6 cilindros proporciona potência no volante de 121hp (90, lkW), baixo consumo de combustível, devido ao pós- resfriador Ar-Ar (ATAAC) e intervalos de manutenção mais longos para troca de óleo (500 horas) e filtro hidráulico (1000 horas). Este motor atende os níveis de emissões EPA/Tier II.

A 924G é equipada com conjunto frontal Versa link, com projeto de seção em caixa e braço de elevação estilo “lança de escavadeira”, que proporciona maior robustez e resistência a torções. Para este modelo, são oferecidas as configurações: 924G PO pinadas (pin-on) sem engate rápido e 924G HO com engate-rápido (hook-on).

As quatro máquinas que passaram para a Série II — 938GII 950GII, 962GII e IT62G - são equipadas com o motor diesel 3126B Cat, com sistema de pós-arrefecimento ar-ar. Este motor também atende requisitos mundiais de emissões até 2005, o EPA/Tier II. Entre suas características destaca-se o sistema de combustível ADEM0 III (Advanced Diesel Engine Management), exclusivo da Caterpillar. Esse módulo coleta todas as informações sobre a máquina e administra a quantidade exata de combustível a ser injetado, no momento preciso em que aplicação necessita.

A 938GII tem potência líquida de 1G0 hp (119 kW), a 950G II de 183 hp (136 kW), a 962G II de 204 hp (152 kW) e a IT62GII possui as mesmas características da 962G II em termos de potência, porém, é uma máquina porta ferramentas, equipada com engate rápido, que proporciona carregamentos com o braço de levantamento paralelo ao nível do solo. Um sistema opcional de comunicação sem fio, denominado Product Link, é disponível como um acessório instalado pela fábrica ou pelo revendedor nas novas carregadeiras de rodas. O Product Link usa tecnologia por satélite para fornecer informações sobre a localização da máquina, as horas trabalhadas e a saúde do produto.

Motoniveladoras - Em sua nova versão, as motoniveladoras séries H (120H, 135H, 12H, 140H e 160H), são equipadas com motores diesel Caterpillar de seis cilindros, turboalimentados, pós-arrefecidos e controlados eletronicamente. A Caterpillar contabiliza ganhos de até 11% no torque e de até 10% no consumo de combustível. O pós- arrefecimento ar-ar também melhora a eficiência do arrefecimento do motor. A tração em cada marcha também é maior que nos modelos anteriores e as curvas de potência foram otimizadas para cada modelo. Na nova série, o intervalo entre as trocas de óleo do motor foi prolongado para 500 horas, e o do sistema hidráulico é de 4.000 horas. As trocas do líquido arrefecedor foram estendidas para 12.000 horas.

O operador também ganha uma nova cabine, onde os controles manuais são iluminados para o trabalho noturno e o Sistema Eletrônico de Monitoramento III o mantém informado e o ajuda a proteger a máquina contra as avarias. Um sistema de alta pressão para o ar-condicionado pressuriza a cabina para impedir a entrada de poeira, e as 16 saídas de ar distribuem o ar de maneira uniforme. Os pedais também foram reposicionados para diminuir a fadiga. As grandes janelas laterais proporcionam uma boa visibilidade da lâmina e das rodas traseiras, e o reposicionamento do tubo de descarga e do pré-purificador de ar, melhoram as linhas de visibilidade para a parte traseira.

Escavadeiras — As novas escavadeiras hidráulicas 320C e 320CL, de 19,7 e 21 toneladas de peso, respectivamente, estão equipadas com o motor Cat. 3066T, turboalimentado com 138 HP (103 kW) de potência, que atende às novas regulamentações de emissões EPA /Tier II. Este novo motor recebeu a adição do pós-resfriador Ar-Ar ATAAC (Air-To-Air After Cooler) mais compacto e de alto desempenho. O ATAAC fica na parte traseira esquerda do compartimento do motor, próximo do resfriador do óleo hidráulico, do radiador do motor e do condicionador de ar.

A cabina também foi redesenhada. Um monitor compacto, com sistema de memória, transmite grande variedade de informações facilitadas sobre a operação e condições do equipamento. A função automática de prioridade da lança e do giro seleciona o modo ideal de trabalho, através do movimento do joystick. Uma ampla claraboia com pára-sol permite visibilidade também na parte superior da máquina, além de aumentar a iluminação interna da cabina. No assento do operador há ajuste lombar em duas posições e um novo descanso de braços, totalmente ajustável. O ar-condicionado climatizado e rádio AM/FM são padrões nessas máquinas.

Compactador de solo — O novo compactador vibratório de solo CS-423E, incluído na classe de máquinas de 5,7 a 8 toneladas métricas, tem novo desenho e está equipado com um exclusivo sistema de propulsão por duas bombas, que oferece maior esforço de tração em aplicações em solos de baixa sustentação, escorregadios ou em rampas acentuadas. O CS-423E está disponível na versão padrão de 6,6 toneladas, com rolo liso e versão com rolo de patas, de 6,8 toneladas. Integra o equipamento um diferencial de patinagem controlada, que potencializa a tração das rodas traseiras. A velocidade máxima à frente e à ré é de 11,5 km/h. O rolo mede 1676 mm de largura e oferece grande facilidade de manobras para o trabalho em áreas confinadas. O compactador está equipado com o motor diesel 3054B Caterpillar, de aspiração natural e 80hp (60 kw) de potência bruta a 2.200 rpm. Este motor foi projetado para oferecer excepcional desempenho, operação silenciosa e excelente economia de combustível além de atender às normas de emissões de poluentes EPA/ Tier II e CARB (EUA).
Dupla amplitude de vibração do rolo é padrão no novo modelo. A força centrífuga máxima em alta amplitude é 133,5 kN (30.000 lb) e 66,8 kN (15.000 1b) em baixa amplitude. A diferença entre as amplitudes alta e baixa visa facilitar a adaptação do operador as mudanças na espessura da camada, nas características e requisitos de densidade do solo, sempre mantendo o máximo desempenho.

Os instrumentos da máquina estão agrupados na coluna de direção, que é ajustável, simplificando a operação, além de oferecer mais espaço para as pernas e os joelhos, resultando em um ambiente de trabalho mais confortável. Um alarme sonoro alerta o operador na eventualidade de condições anormais no motor ou nos sistemas hidráulicos. Quatro grandes suportes de isolamento separam a plataforma do operador da estrutura da máquina para reduzir a transferência de vibração ao compartimento do operador. Os níveis de ruído internos e externos também foram reduzidos. Há opção de toldo e cabina ROPS/FOPS para equipar a nova máquina e ar-condicionado.


"Caterpillar Brasil é fonte mundial"

Engenheiro Industrial e mestre em Administração de Negócios, graduado por Iowa State University e Illinois University, William Rohner ingressou na Caterpillar em 1972, em Peoria, Illinois/EUA, onde ocupou posições de destaque nas áreas de manufatura e contabilidade. Em 1996, foi transferido ao Japão, para comandar a produção da Shin Caterpillar Mitsubishi Ltd. Antes de ser indicado para a presidência da Caterpillar Brasil, era responsável pela divisão de tratores de esteiras na fábrica de East. Peoria (EUA). A experiência de Rohner, adquirida nas diversas fábricas da Corporação, associada aos sólidos conhecimentos em negócios, foram de extrema importância para manter a posição de liderança que a Caterpillar mantém produtos de classe mundial e vamos continuar buscando caminhos para melhorar, cada vez mais, nossos nossa equipe”, afirma nesta entrevista exclusiva à revista M&T.

M&T: Há mais de 2 anos o sr. assumiu a presidência da Caterpillar Brasil. Nesse período, o que mudou em sua percepção (opinião) anterior sobre os brasileiros e o Brasil de um ambiente de colaboração e propício para novos negócios?
Rohner: Embora eu somente tenha tido a oportunidade de morar no Brasil a partir de maio de 2000, tive a chance de trabalhar com a Caterpillar Brasil e com os brasileiros antes de minha chegada aqui. Por isso, quando cheguei, não me surpreendi ao encontrar um povo trabalhador e dedicado, porque já tinha experimentado isso no passado. O que me surpreendeu foi a profundidade dessa dedicação. Antes, eu nunca tinha experimentado a capacidade de comprometimento e engajamento que testemunhei nos empregados da Caterpillar Brasif um grupo de pessoas verdadeiramente voltado ao cliente e ao contínuo desenvolvimento. Com respeito ao Brasil em geral, não existe nenhuma dúvida de que caracteriza um desafio sendo, ao mesmo tempo, um ambiente recompensador para a realização de negócios. No próximo ano, a Caterpillar celebrará os nossos 50 anos de Brasil. Estamos comprometidos com este mercado e continuaremos a fazer investimentos significativos para crescer e expandir os nossos negócios.

M&T: Como engenheiro industrial, quais as perspectivas futuras que o senhor vê para a fábrica brasileira? Quais seus principais fatores de competitividade? O câmbio favorável é o principal fator para a Caterpillar Brasil exportar para 120 países?
Rohner: A nossa instalação de Piracicaba é uma fábrica de padrão mundial, eficiente e competitiva. Fabricamos mais de 25 diferentes modelos de produtos, juntamente com uma linha crescente de ferramentas, componentes e sistemas geradores. Os produtos feitos em Piracicaba são padrão mundial. Eles têm as mesmas especificações e qualidades dos produtos similares que são fabricados em outras fábricas da Caterpillar através do mundo - Estados Unidos, Europa e Japão. Esta estratégia tem permitido à Caterpillar Brasil exportar com sucesso a maioria de nossos produtos para muitos países ao redor do mundo, por muitos e muitos anos. A recente desvalorização do real nos encorajou a acelerar nossas estratégias de exportação, porém, não significa de modo algum que seja a maior razão.

M&T: O sr. que já comandou a produção da Shin Caterpillar Mitsubishi Ltd. (Japão) (referência mundial em escavadeiras) e já foi responsável pela divisão de tratores de esteiras na fábrica de East Peoria (EUA), acha que Brasil futuramente também pode se tomar referência mundial em uma determinada linha de produtos?
Rohner: A Caterpillar do Brasil já é fonte única mundial de alguns de nossos produtos. Nessa condição, ela é bem reconhecida dentro da organização da Caterpillar e a estratégia é continuar crescendo com os negócios por aqui.
M&T: A Caterpillar Brasil tem se empenhado no desenvolvimento de seus fornecedores locais. Quais os objetivos e os limites para a nacionalização de componentes no Brasil?
Rohner: Nós pensamos e operamos num ambiente de “cadeia completa de fornecimento”. Nossos fornecedores são uma parte crítica dessa cadeia e trabalhamos em total sincronia. Temos grupos de engenheiros e planejadores integrados com os nossos fornecedores, dando suporte a eles, num ambiente de desenvolvimento contínuo, focado nos processos, na fabricação, na qualidade, na logística e na saúde financeira. Temos uma forte base de fornecedores no Brasil: muitos são considerados como padrão mundial. Ao longo dos últimos anos, nos concentramos fortemente na nacionalização de componentes. Nos últimos 3 anos, nacionalizamos perto de US$ 30 milhões de nosso consumo anual e, esperamos nacionalizar no mínimo outros US$ 30 milhões nos próximos 3 anos. Estamos, também, nas exportações, facilitando negócios entre potenciais fornecedores de várias localidades e as outras fábricas da Caterpillar ao redor do mundo. Muito brevemente, esses fornecedores estarão expandindo seus negócios com a Caterpillar, através da exportação para fábricas de outros países.

M&T: Hoje, o usuário de equipamentos da América Latina é ouvido quando do desenvolvimento de um novo equipamento ou não? Todos os equipamentos são mundiais e, portanto, o que vale para um frotista de Peoria, por exemplo, vale para o mundo todo?

Rohner: Quando desenvolvemos novos produtos ou modernizamos os existentes, participam grupos de toda parte do mundo, incluindo o Brasil. Uma determinada instalação da Caterpillar controla e coordena todo o projeto. Por exemplo, nosso Centro de Projetos de Escavadeiras Hidráulicas (HEDC), em Akashi, Japão, é responsável por todo o projeto de escavadeiras hidráulicas. Porém, o HEDC engaja grupos de engenheiros de todos os mercados ao redor do mundo, para entender as exigências específicas e as expectativas de nossa vasta rede de clientes. Esta rede mundial de engenheiros nos permite projetar produtos de padrão mundial, que gozam de uma excelente aceitação entre os clientes de todos os cantos do mundo.
M&T: No pacote tecnológico que a Caterpillar acaba de anunciar a maior novidade são os motores com menores níveis de emissões. Com isso, a Caterpillar antecipa-se à legislação ambiental, que tende a se tornar cada vez mais rígida nesse aspecto. Isso não irá encarecer os produtos? O usuário de equipamentos está disposto a pagar mais por equipamentos ecologicamente corretos?
Rohner: Sim, você está correto. Devido à nossa mais nova tecnologia ACERT, que resulta em um significativo avanço em tecnologia de emissão de motores, a Caterpillar está à frente de muitas legislações ambientais. Essa tecnologia nos permitirá atender legislações mundiais de emissões até 2006 ou além. A ACERT - “Advanced Combustion Emissions Reduction Technology” (Tecnologia Avançada para Redução de Emissões de Combustão) - combina abordagens avançadas de combustão com a próxima geração de sistemas de combustíveis, como também as novidades em eletrônica da Caterpillar e o pós-trata- mento. Tecnologias como esta ajudarão nossos clientes a operar mais eficientemente e a tratar mais efetivamente os assuntos ambientais. Acreditamos que nossos clientes estão satisfeitos e reconhecem esse valor agregado.

M&T: No mesmo pacote tecnológico, também há novos lançamentos, como o D6N e o compactador CS 423 E. Quais segmentos de mercado eles atenderão? Porque são importantes para complementar a linha nacional?
Rohner: As duas máquinas que você mencionou fazem parte de um grande portifólio de produtos que fabricamos na Caterpillar Brasil e, são especialmente importantes nos segmentos da construção de que participamos. Essas duas máquinas são versões modernizadas do D6M e do CS 433C, respectivamente. Estamos constantemente modernizando nossa linha de produtos para oferecer as últimas tecnologias disponíveis. Dessa forma, a modernização desses equipamentos faz parte de uma renovação completa de todas as famílias de produtos, que começou no último ano com o lançamento de nosso maior trator de esteiras construído no Brasil, o D8R, e com nossa maior escavadeira hidráulica, a 330C, também construída no Brasil.
M&T: No último congresso do SAE (tecnologia automotiva), o senhor disse que o desenvolvimento tecnológico futuro será marcado pela interdisciplinaridade. Ou seja, a engenharia terá que se associar a diversas ciências (a nanotecnologia e às técnicas de realidade virtual, entre outras). O senhor poderia exemplificar melhor esse ponto?
Rohner: O ponto final de minha apresentação, no último Congresso SAE, foi uma pergunta e não uma resposta. Foi um desafio e não uma solução — um desafio que levantei aos nossos próprios engenheiros e aos engenheiros de nossos concorrentes. Como podemos utilizar as tecnologias emergentes de novas maneiras? Como podemos utilizar tecnologias emergentes, que não são comumente associadas à indústria de equipamentos, para melhor servir aos nossos clientes? Como podemos utilizar essas novas tecnologias para melhor construir a infraestrutura do mundo, para preservar e manter o meio ambiente e para melhorar a qualidade de vida? Este é o nosso desafio conjunto para o futuro e será também a medida fundamental de nosso sucesso.

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