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Revista M&T - Ed.273 - Maio 2023
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A ERA DAS MÁQUINAS

Continental: 150 anos de tecnologia

A Continental Caoutchouc & Gutta-Percha Company foi fundada em 1871, uma década e meia antes da fabricação do primeiro automóvel
Por Norwil Veloso


Linha de produção de pneus da Continental em Hannover, em 1958

A Continental Caoutchouc & Gutta-Percha Company foi fundada em 1871, uma década e meia antes da fabricação do primeiro automóvel, por um grupo de investidores e fabricantes de Hannover, que apostaram em um novo material, a borracha.

As atividades fabris começaram com produtos de uso doméstico, pneus maciços para carruagens, itens cirúrgicos e mangueiras, cuja produção, iniciada em 1873, logo passou para a área industrial e se tornou um de seus principais produtos.

Em 1892, a empresa começou a fabricar pneus maciços para bicicletas.As primeiras correias transportadoras foram vendidas em 1898 e, logo depois, a empresa passou a fabricar amortecedores de vibração de borracha.

Em 1901, o 1º automóvel de Karl Benz, equipado com pneus Continental, foi vitorioso na corrida Nice-Salon-Nice, percorrendo um total de 414 km. Em 1904, a empresa apresentou o primeiro pneu do mundo com desenho na banda de rodagem e, em 1906, inventou o aro removível, para economizar esforços na troca do pneu.

Em 1909, a Continental forneceu o material para cobrir as asas e a fuselagem do avião usado por Louis Blériot na travessia do Canal da Mancha. Em 1921, foi a 1ª empresa alemã a lançar no mercado pneus com filamentos de tecido na estrutura e, em 1926, passou a usar o negro de fumo na composição da borracha.

Entre 1935 e 1940, os carros Mercedes e Auto-Union, equipados com pneus Continental, tiveram quatro vitórias consecutivas no GP da Alemanha, quatro na corrida de Trípoli e três na Itália, além de baterem diversos recordes de velocidade.

Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a produção foi totalmente desviada para fins militares (pneus de caminhões e aeronaves, roupas, calçados e outros suprimentos). Durante a guerra, o trabalho de desenvolvimento prosseguiu, levando à patente dos pneus sem câmara em 1943.

Com o fim da guerra,



Linha de produção de pneus da Continental em Hannover, em 1958

A Continental Caoutchouc & Gutta-Percha Company foi fundada em 1871, uma década e meia antes da fabricação do primeiro automóvel, por um grupo de investidores e fabricantes de Hannover, que apostaram em um novo material, a borracha.

As atividades fabris começaram com produtos de uso doméstico, pneus maciços para carruagens, itens cirúrgicos e mangueiras, cuja produção, iniciada em 1873, logo passou para a área industrial e se tornou um de seus principais produtos.

Em 1892, a empresa começou a fabricar pneus maciços para bicicletas.As primeiras correias transportadoras foram vendidas em 1898 e, logo depois, a empresa passou a fabricar amortecedores de vibração de borracha.

Em 1901, o 1º automóvel de Karl Benz, equipado com pneus Continental, foi vitorioso na corrida Nice-Salon-Nice, percorrendo um total de 414 km. Em 1904, a empresa apresentou o primeiro pneu do mundo com desenho na banda de rodagem e, em 1906, inventou o aro removível, para economizar esforços na troca do pneu.

Em 1909, a Continental forneceu o material para cobrir as asas e a fuselagem do avião usado por Louis Blériot na travessia do Canal da Mancha. Em 1921, foi a 1ª empresa alemã a lançar no mercado pneus com filamentos de tecido na estrutura e, em 1926, passou a usar o negro de fumo na composição da borracha.

Entre 1935 e 1940, os carros Mercedes e Auto-Union, equipados com pneus Continental, tiveram quatro vitórias consecutivas no GP da Alemanha, quatro na corrida de Trípoli e três na Itália, além de baterem diversos recordes de velocidade.

Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a produção foi totalmente desviada para fins militares (pneus de caminhões e aeronaves, roupas, calçados e outros suprimentos). Durante a guerra, o trabalho de desenvolvimento prosseguiu, levando à patente dos pneus sem câmara em 1943.

Com o fim da guerra, as fábricas de Hannover foram autorizadas a retomar a produção. Trabalhando em colaboração com a Daimler-Benz e a Porsche, novos sucessos ocorreram em provas esportivas na França, Inglaterra, Holanda e Itália.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, a Continental foi importante para a reconstrução da Europa. Suas mangueiras para projeção de argamassa e sucção e recalque de água, além de mangueiras para ferramentas pneumáticas e correias transportadoras para solo e rocha, passaram a ser usadas em obras em todo o mundo.

Em 1955, a marca lançou os primeiros pneus sem câmara para automóveis. Em 1960, começou a fabricar pneus radiais, indicando-os com a letra “R”, que acabou por se tornar padrão para todos os fabricantes.

CONSTRUÇÃO

A indústria da construção foi uma das muitas áreas em que a empresa teve uma evolução consistente, com produtos pioneiros. Durante décadas, os engenheiros da Continental conseguiram ter sucesso em diversos projetos, desenvolvendo processos que tornaram as máquinas e veículos de construção mais produtivos, sustentáveis e seguros.

Os produtos de borracha fabricados pela empresa foram essenciais para o desenvolvimento de diversas ferramentas e máquinas, assegurando inclusive sua viabilidade de produção. Mangueiras especiais para sistemas hidráulicos e pneumáticos foram uma importante contribuição da marca para a melhoria da segurança industrial e o aumento da eficiência das atividades de construção.

De acordo com as previsões atuais, o valor das obras de construção irá aumentar de 10 trilhões de euros em 2020 para cerca de 13,6 trilhões de euros em 2030. Os equipamentos de construção precisam assegurar desempenho de pico constante, em um cenário desafiador. “Estamos fornecendo componentes sob medida para máquinas e ferramentas de construção por décadas, aos quais acrescentamos soluções inteligentes” diz Mario Branco, responsável pelo Desenvolvimento de Negócios de Aplicações Fora-de-estrada da Continental.

“Em uma visão de futuro como fornecedor automotivo, a Continental está considerando o que será a construção em 2030 e desenvolvendo continuamente novas abordagens e ideias para o segmento. Estradas, pontes, túneis, ferrovias e edifícios precisam ser construídos, da maneira mais eficiente e sustentável que seja possível”, aponta.


Imagem de 1921 mostra a produção na fábrica de Hannover-Vahrenwald

A tecnologia de construção da Continental transformou os veículos de transporte em praticamente supertransportadores, usados para a movimentação de submarinos, uma igreja completa ou uma plataforma de petróleo e gás de 14.350 ton, por exemplo.

A participação na construção do novo túnel Elbe, em Hamburgo, entre 1968 e 1974, foi igualmente importante. Sem os selos de vedação da Continental, o volume de água no local da obra seria incontrolável. Cerca de 30 anos depois, durante a construção do Terminal 4 de Contêineres em Bremerhaven, linhas gigantescas de mangueiras flutuantes mantiveram a areia afastada dos navios num trecho de construção aquática de 2 km, o mais longo desse tipo na época.

EVOLUÇÃO

Em 1979, a Continental assumiu as operações europeias de pneus da Uniroyal e, seis anos depois, adquiriu as operações de pneus da austríaca Semperit. A aquisição da americana General Tyre, em 1987, levou ao estabelecimento de uma nova subsidiária.

Em 1991, a empresa lançou uma linha de pneus sustentáveis, com especial atenção na redução da resistência ao rolamento e ao desgaste, para propiciar maior durabilidade e deixar menos resíduos de borracha no asfalto. Em 2007, adquiriu a Siemens VDO e se tornou um dos cinco principais fornecedores da indústria automotiva do mundo.

A tendência atual é a substituição das vedações, correias transportadoras, mangueiras e molas pneumáticas por componentes inteligentes.

A manutenção continua sendo a chave do negócio de correias transportadoras. Com monitoração local e remota, os sensores da Continental acompanham cada movimento da correia e inspecionam em tempo real as superfícies e a integridade dos cordonéis de aço.

Muitas escavadeiras também estão equipadas com sensores que fornecem continuamente dados em tempo real, tornando a operação mais simples e eficiente, especialmente em termos de controle e monitoração.

Leia na próxima edição:O diesel substitui o vapor

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