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Revista M&T - Ed.279 - Novembro 2023
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TECNOLOGIA

Como a telemática otimiza a eficiência das máquinas

Nos últimos anos, o avanço da tecnologia resultou em melhorias significativas na produtividade, eficiência operacional, segurança e impacto ambiental dos equipamentos

Na última década, os equipamentos de construção passaram por uma transformação tecnológica que resultou em melhorias significativas na produtividade, eficiência operacional, segurança e impacto ambiental.

Artigo publicado recentemente pela AEM repassa os benefícios dessas tecnologias e seu impacto na sociedade, abordando aspectos relacionados ao controle da máquina, motores e trens de força, sistemas de controle digital e telemática.

Nos últimos 30 anos, esses avanços – entre muitos outros – resultaram em uma redução de 79% das lesões ocorridas nos canteiros, além de queda de 83% das fatalidades associadas aos equipamentos, de 96% das emissões de NOx e particulados e de 13% nas emissões de CO2 por hora de trabalho.

Esse avanço é nítido, mas a transformação tecnológica também trouxe melhorias significativas no desempenho dos equipamentos, permitindo que as empresas de construção concluam os projetos com mais rapidez e precisão. Isso resulta em uma situação em que todos ganham, tanto as construtoras quanto o meio ambiente e a sociedade como um todo.

CONHECIMENTO

Tudo começa com a telemática, que basicamente é um conjunto de tecnologias usadas para rastrear, monitorar e otimizar os ativos remotamente. Como qualquer tecnologia, a telemática continuou a evoluir na última década.

Viabilizada por outras tecnologias, como rastreamento por GPS e geolocalização por satélite, mas também conectividade de banda larga, sensores inteligentes, computação avançada, redes e computação em nuvem, o potencial da telemática cresceu exponencialmente nos últimos anos.

“As coisas evoluíram muito, passando de se saber onde um equipamento está localizado para o que ele de fato está fazendo”, diz Mike Granruth, diretor de desenvolvimento de negócios da Trimble.

Segundo ele, esse tipo de in


Na última década, os equipamentos de construção passaram por uma transformação tecnológica que resultou em melhorias significativas na produtividade, eficiência operacional, segurança e impacto ambiental.

Artigo publicado recentemente pela AEM repassa os benefícios dessas tecnologias e seu impacto na sociedade, abordando aspectos relacionados ao controle da máquina, motores e trens de força, sistemas de controle digital e telemática.

Nos últimos 30 anos, esses avanços – entre muitos outros – resultaram em uma redução de 79% das lesões ocorridas nos canteiros, além de queda de 83% das fatalidades associadas aos equipamentos, de 96% das emissões de NOx e particulados e de 13% nas emissões de CO2 por hora de trabalho.

Esse avanço é nítido, mas a transformação tecnológica também trouxe melhorias significativas no desempenho dos equipamentos, permitindo que as empresas de construção concluam os projetos com mais rapidez e precisão. Isso resulta em uma situação em que todos ganham, tanto as construtoras quanto o meio ambiente e a sociedade como um todo.

CONHECIMENTO

Tudo começa com a telemática, que basicamente é um conjunto de tecnologias usadas para rastrear, monitorar e otimizar os ativos remotamente. Como qualquer tecnologia, a telemática continuou a evoluir na última década.

Viabilizada por outras tecnologias, como rastreamento por GPS e geolocalização por satélite, mas também conectividade de banda larga, sensores inteligentes, computação avançada, redes e computação em nuvem, o potencial da telemática cresceu exponencialmente nos últimos anos.

“As coisas evoluíram muito, passando de se saber onde um equipamento está localizado para o que ele de fato está fazendo”, diz Mike Granruth, diretor de desenvolvimento de negócios da Trimble.

Segundo ele, esse tipo de informação capacita não apenas os responsáveis pelo gerenciamento dos equipamentos, mas também os que gerenciam os locais de trabalho e a empresa como um todo. “Tudo isso está ligado ao conceito de execução de um projeto dentro do prazo e do orçamento, e que tudo seja feito com total segurança”, completa.

A telemática também pode ajudar a automatizar algumas tarefas corriqueiras que os gestores de frotas precisam realizar. A prática conhecida como “geofencing” (cercas geográficas) é um bom exemplo.

“O geofencing permite que os gestores definam alarmes e gerem alertas quando uma máquina chega a uma determinada área”, explica Ted Polzer, diretor de produtos e suporte ao cliente da Case CE para a América do Norte. “Os gerentes também podem configurar cercas geográficas em torno de áreas que não querem que a máquina acesse.”

Com essa funcionalidade, a tecnologia pode não apenas ajudar a aumentar a segurança, mas também reduzir o impacto ambiental. “A configuração de alarmes e alertas com base no geofencing também ajuda os gerentes a tomar as medidas corretivas necessárias em torno de áreas sensíveis”, comenta Polzer.


Telemetria evoluiu da localização para o monitoramento operacional dos equipamentos

À medida que amadurece, a telemática continua a se aprimorar e a ganhar funcionalidades adicionais. Nesse processo, já começa a abranger mais sensores para a coleta de dados, como a quantidade de combustível ou de fluido de exaustão de diesel (DEF) presente em uma máquina.

“Com a telemática, essas necessidades podem ser detectadas antes do início do dia”, acrescenta Polzer. “Contar com esse tipo de visibilidade representa uma grande economia de tempo.”

Quando as empresas de construção ganham tempo, também economizam dinheiro – o que pode ter um impacto indireto na sociedade. “Gostamos de falar sobre o ‘mais barato, rápido, produtivo e ecológico’”, retoma Granruth. “Ou seja, a empresa de construção ganha, assim como o consumidor, pois a mão de obra e outros custos de projeto são reduzidos e as estradas não ficam fechadas por tanto tempo.”

Além disso, ele acentua, o dinheiro do contribuinte é economizado em projetos públicos. “E, é claro, a pegada de carbono é reduzida como resultado da maior eficiência”, acrescenta o diretor.

ECONOMIA

Para reduzir ainda mais a emissão de carbono, a telemática também está ajudando as empresas de construção a reduzir o consumo de combustível. Quando a telemática é utilizada em todos os equipamentos de uma frota, milhões de litros de diesel podem ser economizados a cada ano. “Sem a telemática, os gerentes não têm a visibilidade de que precisam para implementar procedimentos e mudar o comportamento do operador”, aponta Granruth.

O especialista se refere a maus hábitos como permitir que a máquina fique demasiadamente ociosa, o que prejudica o motor e o sistema de pós-tratamento. A marcha lenta também desperdiça combustível. De fato, estima-se que de 10% a 30% do combustível consumido por equipamentos de construção seja proveniente de marcha lenta improdutiva.

Com o uso da telemática, a ociosidade improdutiva pode ser reduzida em 10% a 15%, em média. De acordo com ele, isso mostra que utlizar a telemática para reduzir a ociosidade improdutiva é uma grande oportunidade para as empresas, tanto do ponto de vista financeiro quanto ambiental.

Porém, as empresas também estão reduzindo o consumo de combustível e as emissões de carbono de outras formas. Polzer destaca a utilização dos equipamentos e a eficiência do canteiro de obras. “Uma vez que se elimine o tempo que uma máquina passa em marcha lenta, um bom gerente de equipamentos começa a perceber se determinado equipamento é mesmo necessário ou não”, ressalta Polzer.

Talvez uma obra pudesse ter funcionado muito bem com uma carregadeira a menos, por exemplo. Por outro lado, talvez as escavadeiras não estivessem acompanhando o ritmo dos caminhões de transporte. Nesse caso, o gestor da frota pode querer adicionar mais máquinas ou, talvez, fazer um upgrade para máquinas maiores.

“O que se quer evitar é que os caminhões de transporte fiquem parados em marcha lenta e deixem de ser produtivos”, reforça Polzer. “E a telemática pode ajudar a chamar a atenção do gerente de equipamentos para esse tipo de coisa.”


Gestores buscam aproveitar melhor os recursos, que otimizam o cronograma de manutenção das máquinas

MANUTENÇÃO

Quando os gestores têm uma visão melhor de como as máquinas estão operando, também podem melhorar a manutenção dos ativos. E isso também pode gerar um resultado em que todos saem ganhando.

“Historicamente, a manutenção preventiva de equipamentos tem sido orientada pelas horas de funcionamento do motor”, diz Granruth. “E a capacidade de monitorar isso remotamente permite que os gerentes sejam muito mais pontuais na manutenção.”

De todo modo, nunca será possível eliminar totalmente o tempo de inatividade da máquina, pois a manutenção ainda precisa ser feita. “Mas a telemática também ajuda o gestor a escolher o melhor momento para programá-la, quando o tempo de inatividade é menos impactante”, afirma Polzer.

A telemática também oferece a funcionalidade de código de falha. Vários sensores monitoram se o motor e outros componentes da máquina estão funcionando corretamente.

A tecnologia permite que esse monitoramento seja feito de forma remota, ajudando a evitar paradas não planejadas, agendando o serviço quando surgirem códigos de falha mais preocupantes. Tudo isso ajuda a manter o equipamento funcionando em condições ideais, mantendo os projetos no caminho certo.

Agora, o conceito conhecido como “manutenção preditiva” representa a próxima fronteira da telemática de máquinas. “Preventiva é simplesmente programar a manutenção de rotina”, destaca Granruth. “Já a preditiva consiste em monitorar ativamente o desempenho da máquina para determinar qual manutenção precisa ser feita e quando.”

Uma escavadeira pode ter a tarefa de escavar em areia, argila ou rocha, por exemplo. Cada ambiente exerce um diferente nível de pressão sobre a máquina. A telemática captura vários insights, como o consumo de combustível e a pressão hidráulica. “Isso permite otimizar o cronograma de manutenção com base no que a máquina realmente tem feito”, conta Granruth.


Ao reduzir a ociosidade improdutiva, a tecnologia traz ganhos financeiros e ambientais

A telemática também pode ajudar a definir quando determinados componentes devem ser substituídos, antes de falharem. Por exemplo, os dados da telemática podem mostrar que as mangueiras de uma escavadeira tendem a se romper após um terceiro pico de pressão hidráulica.

Ao adotar uma abordagem preditiva para a manutenção e monitorar os dados telemáticos, o gestor pode decidir substituir essa mangueira após o segundo pico, antes que ocorra a falha.

No exemplo acima, a substituição da mangueira pode eventualmente ocorrer durante a manutenção programada da máquina, buscando reduzir ainda mais o tempo de inatividade.

ADOÇÃO

Como os benefícios da telemática se tornaram evidentes, mais proprietários de equipamentos estão buscando aproveitar melhor a tecnologia. Mas é preciso fazer mais para garantir a adoção generalizada. Conforme descrito no relatório da AEM, quatro ações principais podem desempenhar um papel fundamental nessa tarefa.

Granruth avalia que a disponibilidade e a consistência da solução de telemática também são fundamentais, área em que – segundo ele – já houve um grande avanço.

Atualmente, os principais fabricantes de equipamentos estão oferecendo algum nível de conectividade e telemática em novos equipamentos. “Também foram estabelecidos altos padrões de dados e de funcionalidade da telemática, ajudando a garantir uma experiência positiva para os proprietários de equipamentos”, ressalta.

Para Polzer, também é importante facilitar o acesso e o uso dos dados telemáticos pelos gestores e técnicos de equipamentos. A Case CE, por exemplo, integra os dados telemáticos aos seus manuais de serviço, aos quais os técnicos já dedicam muito tempo de suas atividades.

“Quando agrupamos todos os dados telemáticos aos desafios que tentam resolver, os técnicos das revendas começam a usá-los”, diz Polzer. “E quando começam a usá-los, passam a pedir mais.”

Nesse caminho, é crucial que os proprietários entendam a telemática de uma perspectiva mais ampla do ponto de vista estratégico. “Os proprietários de equipamentos devem perceber que não é preciso sacrificar a produtividade e a lucratividade em prol da sustentabilidade”, finaliza Granruth.

Saiba mais:
AEM:
www.aem.org

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