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Revista M&T - Ed.79 - Out/Nov 2003
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DEBATE

Novas tecnologias: resultado para o cliente ou marketing do fabricante?

Afonso Mamede, vice-presidente da Sobratema, questiona durante a M&T Expo'2003 as reais motivações por trás do lançamento de um novo equipamento.

Muitas das novidades f introduzidas no mercado local pelos diversos fornecedores de equipamentos trazem resultados efetivos para os usuários - outras, são puro marketing ou atendem somente à necessidade dos fabricantes de atuarem de forma global, em mercados mais amplos, muitas vezes com características e necessidades próprias. Essa foi, em síntese, a questão levantada por Afonso Mamede, da Diretoria de Equipamentos da Construtora Norberto Odebrecht e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), durante a M&T Expo’2003, na palestra “Novas Tecnologias: Resultado para o Cliente ou Marketing do Fabricante?”.

Mamede lembrou que, seja qual for o motivo pelo qual as novidades são introduzidas no mercado, quem paga a conta é o usuário final, independente de utilizar ou não todo o potencial “embarcado” nas máquinas. “O que manda é a economia de escala. Há claramente um nivelamento da tecnologia pelos mercados de maior demanda, que depois é repassada aos países do terceiro mundo. Ao exportar para o mundo todo, essas companhias reduzem seus custos, o que não é necessariamente repassado ao usuário’.

No próprio mercado interno brasileiro, diz Mamede, há atualmente uma expectativa por parte dos fabricantes de vendas de cerca de 6.000 máquinas a cada ano. “E uma quantidade relativamente grande no panorama atual e, nesse sentido, novos lançamentos e atualizações podem ser importantes alavancas de vendas e diferenciais em relação à concorrência”. A opinião dos usuários, segundo ele, mais uma vez é deixada em segundo plano.

Um bom exemplo, diz o vice


Afonso Mamede, vice-presidente da Sobratema, questiona durante a M&T Expo'2003 as reais motivações por trás do lançamento de um novo equipamento.

Muitas das novidades f introduzidas no mercado local pelos diversos fornecedores de equipamentos trazem resultados efetivos para os usuários - outras, são puro marketing ou atendem somente à necessidade dos fabricantes de atuarem de forma global, em mercados mais amplos, muitas vezes com características e necessidades próprias. Essa foi, em síntese, a questão levantada por Afonso Mamede, da Diretoria de Equipamentos da Construtora Norberto Odebrecht e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), durante a M&T Expo’2003, na palestra “Novas Tecnologias: Resultado para o Cliente ou Marketing do Fabricante?”.

Mamede lembrou que, seja qual for o motivo pelo qual as novidades são introduzidas no mercado, quem paga a conta é o usuário final, independente de utilizar ou não todo o potencial “embarcado” nas máquinas. “O que manda é a economia de escala. Há claramente um nivelamento da tecnologia pelos mercados de maior demanda, que depois é repassada aos países do terceiro mundo. Ao exportar para o mundo todo, essas companhias reduzem seus custos, o que não é necessariamente repassado ao usuário’.

No próprio mercado interno brasileiro, diz Mamede, há atualmente uma expectativa por parte dos fabricantes de vendas de cerca de 6.000 máquinas a cada ano. “E uma quantidade relativamente grande no panorama atual e, nesse sentido, novos lançamentos e atualizações podem ser importantes alavancas de vendas e diferenciais em relação à concorrência”. A opinião dos usuários, segundo ele, mais uma vez é deixada em segundo plano.

Um bom exemplo, diz o vice-presidente da Sobratema, é dado pela pretensa evolução das carregadeiras de rodas. “Enquanto os equipamentos anteriores eram menos sofisticados, mais robustos e menos sujeitos ao despreparo do usuário, os novos modelos além da tecnologia agregada trouxeram a reboque a eletrônica e sistemas tais como o braço Z de elevação com amortecedores, freios a banho de óleo, etc. Todos os modelos da nova geração, naturalmente mais caros, nem sempre podem ser traduzidas em vantagens para o usuário”.

Afonso Mamede questiona também, não somente em relação às carregadeiras, mas em todos os demais equipamentos, o número exagerado de modelos que tem sido lançado no mercado, com características bem próximas. A direção diferencial nos tratores, segundo ele, também só pode ter virado regra em função da concorrência. "E um recurso que só é útil em uma situação específica, quando é preciso empurrar terra fazendo curva. Mas como um fabricante adotou, os outros não quiseram ficar atrás. E nós pagamos por isso”.

Evidente que, em sua avaliação, há aspectos positivos na evolução tecnológica e que propiciam ganhos reais em produtividade aos usuários em qualquer parte do mundo, mas ele lembra que todos precisam ser relativizados e analisados em termos de custo/benefício. “Os motores eletrônicos poluem menos, mas também são fruto da economia de escala (marketing). A transmissão automática propicia manobras mais rápidas, mas o benefício em produção não é equivalente ao preço adicional que temos que pagar”.

Em seu entender, falta maior diálogo com as fábricas para que os usuários locais possam fazer prevalecer minimamente seus interesses. Um diálogo, diz ele, que é dificultado pela característica global dessa indústria e pelo perfil atual do próprio mercado de construção, cada vez mais pulverizado, com maior presença de rental e pequenos empreiteiros. “Há uma dificuldade natural do próprio fornecedor em falar com esse número maior de empresas. Tanto que um dos objetivos da Sobratema para o próximo ano é o de reunir grupos de usuários de determinados segmentos, para facilitar o intercâmbio com o fabricante”.

Mamede considera fundamental essa aproximação não só na oportunidade de lançamento de um novo produto, mas no dia-a-dia, para que não se crie um distanciamento muito grande entre a tecnologia e o usuário. “A tecnologia aposta muito na capacidade do operador e os nossos homens não estão preparados para mudanças constantes e repentinas. O próprio dealer em regra deixa muito a desejar em qualidade e conhecimento técnico”.

Lembrando que a mão-de-obra compromete a produtividade e coloca em risco a integridade do equipamento, Afonso Mamede entende que os fabricantes devem participar de todo um esforço de treinamento e reciclagem. Em termos evolutivos, diz ele, a tecnologia deveria estar realmente a serviço do homem. "Deveriam ser desenvolvidos e oferecidos simuladores operacionais e equipamentos auto educadores. Os fabricantes deveriam investir no homem que vai operar o equipamento. E obrigação deles contribuir para a mudança cultural de seus clientes.

SOFTWARE DE MANUTENÇÃO

O Sisma, sistema informatizado para gerenciamento de manutenção da frota, desenvolvido pela empresa Assiste — Assessoria em Sistemas Técnicos, já está sendo utilizado atualmente em mais de 45 usinas de açúcar e álcool em todo o Brasil, e também em cinco construtoras e uma mineradora em Angola, na África. Somente a usina Equipav S/A, na cidade de Promissão (SP), possui uma frota de 445 unidades, empregada na colheita e transporte da cana, controlada pelo Sisma. Esse sistema nos dá agilidade na avaliação de equipamentos em operações diferenciadas, como administração de consumo de combustível, de pneus (podendo realizar um comparativo de marcas. com desempenho e custo de cada marca) e de óleo lubrificante”, diz Altino Ribeiro Filho, gerente de manutenção de automotores da empresa.

CAMINHÃO MULTI-TAREFA

Um novo modelo de caminhão-pipa, o Multitarefa Andrade, é o resultado de uma parceria entre a tradicional fabricante de bombas centrífugas Indústria Mecânica Andrade e a Daimler Chrysler do Brasil. Apresentado na Fenatran - Feira Nacional do Transporte -, o equipamento que, além do combate a incêndios, realiza transporte e abastecimento de água, lavagem e irrigação, foi instalado sobre um chassi modelo MB 1318 eletrônico da montadora. O Multitarefa Andrade possui um exclusivo sistema modular de distribuição do fluxo de água, além de bomba veicular facilmente adaptável a qualquer modelo de veículo. Com uma experiência de 25 anos, a Andrade produz também bombas específicas para trabalhos de abastecimento, transporte, irrigação, compactação de terras, e lavagem, dentre outros.

MÓDULOS COMETTO PARA CARGAS PESADAS

A fabricante italiana Cometto está apresentando o módulo Série 2, um sistema modular para trailers que vem atender a uma necessidade específica do mercado de cargas pesadas^ o transporte de conjuntos de grande diâmetro, vagões e barcos. O diferencial dessa nova série em relação aos trailers convencionais é que seu projeto especial de sistema de eixos independentes permite reduzir o comprimento do trailer dandodhe maior dirigibilidade.

Em condições normais de transporte, a plataforma da Série 2 tem uma altura da plataforma em 150 mm. Os novos Módulos Série 2 da Cometto estão disponíveis em linhas de eixos de 3 a 8 fileiras, que podem ser usados em plataformas tipo “gooseneck” ou como prancha compacta. Com larguras de 3300 mm ou 3000 mm, podem ainda ser fornecidos em várias plataformas conforme a aplicação requerida.

TREM DE FORÇA DANA NA AIMEX’2003

O novo eixo 53R300, a transmissão T32, o eixo planetário 43R175 e o eixo 19D 2748, projetados para equipamentos de mineração subterrânea, foram os destaques da participação da Dana, do grupo Spicer de sistemas fora-de-estrada, na Aimex’2003, realizada de 9 a 12 de setembro em Sidney, na Austrália, e considerada como uma das maiores exposições internacionais da indústria de mineração.

Lançamento, o eixo Spicer 53R300 apresenta um sistema avançado de planetário de quatro pinhões, que distribui a carga sobre quatro engrenagens, ao invés das tradicionais três, ocupando menor espaço. As selagens foram eliminadas, suprimindo os vazamentos e reduzindo os custos de parada e manutenção. Um rolamento mais largo acomoda trilhos e pneus mais largos, com menor sensibilidade a cargas laterais, aumentando a vida do rolamento. O modelo também surge com novas lâminas curvadas de anel e pinhões e rolamentos de categoria especial. Já o 43R175, componente da família de eixos Hércules da Dana. de aplicação em construção, manuseio de materiais e mineração subterrânea, teve anunciadas três novas versões-' para construção, que começou a ser fabricada em outubro, para reflorestamento, a partir de 2004 e para mineração em 2005. Os novos projetos apresentarão freios nos finais de roda, facilitando a manutenção no subsolo e eixos mais curtos para emprego em veículos longos e estreitos usados em aplicações de subterrâneas. Outro modelo mostrado foi o 19D 2748, usado em pás- carregadeiras de 9 a 10 toneladas e caminhões de 20 a 35 toneladas, em minas subterrâneas, com opção de freios POSI-STOPa e convencional. No caso da transmissão TE32, a Dana também antecipou que está sendo desenvolvido um projeto para mineração subterrânea, que deve ser lançado em 2005 e incluirá o módulo controlador Spicer APC200, nova geração de controles eletrônicos para maior flexibilidade, confiabilidade e integração do sistema. Na versão atual, a TE32 conta com um sistema para controle automático de troca de marcha conforme as condições de operação.

SISTEMA “HAND E FORM”

“HAND E FORM” é o novo sistema de formas metálicas para concreto oferecido pela ROHR, que se tornou a distribuidora exclusiva do além da grande durabilidade e baixo custo de manutenção do equipamento. Esse sistema inclui uma completa linha de acessórios que garantem perfeita montagem, alinhamento e travamento dos painéis HAND E FORM. A montagem e desmontagem é outro importante fator, pois o painel manual pode ser manipulado por uma única pessoa, os painéis modulares são aplicáveis em qualquer tipo de obra, como paredes retas e curvas, fundações, reservatórios, estações de tratamento de água, muros de arrimo, peças pré-moldadas etc. Outra grande aplicação são as construções habitacionais, tanto casas como prédios, pois a alta produtividade obtida na utilização dos painéis HAND E FORM permite maior rapidez na entrega dos empreendimentos a um baixo custo. A ROHR oferece também todo o suporte técnico, desde o projeto a mão-de-obra para montagem e desmontagem do Sistema HAND E FORM em todas as suas filiais, estando o equipamento disponível para locação e venda.

SCHWING STETTER BRASIL: NEGÓCIOS NA M&TEXPO

O grupo SCHWING como líder mundial em soluções completas para fabricação, transporte bombeamento e reciclagem de concreto também foi bem sucedido na M&T Expo 2003. A SCHWING Stetter Brasil efetivou negócios para o mercado interno e externo, somando mais de US$ "2.500.000,00 no período do evento. Segundo a empresa, isto indica dois tópicos importantes: alta qualidade dos equipamentos fabricados no Brasil e efetivamente, classificação exata dos visitantes do evento.

A SCHWING Stetter Brasil teve a oportunidade de mostrar ao mercado da construção civil a alta tecnologia que está sendo utilizada na fabricação de seus equipamentos, bem como, facilidade, praticidade, economia, retorno, etc. O grupo SCHWING estará também em dois grandes eventos da construção em 2004: World of Concrete - EUA e Bauma — Alemanha.

TECNOLOGIA CMI-CIFALI EM OBRAS NO PARÁ

A WBL, representante da marca CMI-CIFALI no Pará, tendo à frente Washington Barbosa Leitão e equipe, obteve do Governo do Estado do Pará credenciamento pleno para atender as exigências do edital de licitação para fornecimento de máquinas e equipamentos para construção e manutenção da malha rodoviária do estado. Em consequência, a CMI-CIFALI já embarcou para o estado, diretamente de sua fábrica em Cachoeirinha (RS) no último dia 12 de novembro, duas usinas RD80 com sistema computadorizado completo (MX 3000). filtros de mangas e dois sistemas de tancagem de 50.000 litros. Também estão incluídas nesse primeiro lote de fornecimento duas vibroacabadoras 421 BM. A WBL. será a responsável pela entrega técnica das maquinas, treinamento de mão-de- obra e assistência técnica aos equipamentos.

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