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Indústria de óleo e gás poderia ter o dobro do tamanho, diz Abimaq

Valor

08/12/2010 11h06 | Atualizada em 08/12/2010 15h10

Foto: Atlas Copco

Mesmo com toda a ofensiva do governo para elevar a participação nacional na área de óleo e gás, a indústria local do setor diz que tem, na verdade, perdido espaço. As medidas de incentivo só teriam real efeito a partir da segunda metade da década.

De acordo com estimativas feitas pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a indústria de petróleo vendeu em torno de US$ 2,5 bilhões em máquinas e equipamentos no ano passado. A estimativa de vendas para todo o ano de 2010 é de US$ 2,8 bilhões, 12% maior do que o registrado em 2009.

Segundo o diretor da área de Óleo & Gás da Abimaq, Alberto Machado, existe ainda um potencial enorme da indústria nacional que não está sendo utilizado. Ele considerou que o ideal seria ter participação nacional em torno de 75% a 80%. E de acordo com as regras atuais, seria de 60% dos equipamentos, que representam cerca de 50% do total de custos, sendo o restante representado por serviços.

“No ano passado, a Petrobras anunciou investimentos pelo Prominp de US$ 42 bilhões. Ou seja, desse total, cerca de US$ 12 bilhões poderiam ter sido comprados na indústria nacional, mas ficamos abaixo d

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Foto: Atlas Copco

Mesmo com toda a ofensiva do governo para elevar a participação nacional na área de óleo e gás, a indústria local do setor diz que tem, na verdade, perdido espaço. As medidas de incentivo só teriam real efeito a partir da segunda metade da década.

De acordo com estimativas feitas pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a indústria de petróleo vendeu em torno de US$ 2,5 bilhões em máquinas e equipamentos no ano passado. A estimativa de vendas para todo o ano de 2010 é de US$ 2,8 bilhões, 12% maior do que o registrado em 2009.

Segundo o diretor da área de Óleo & Gás da Abimaq, Alberto Machado, existe ainda um potencial enorme da indústria nacional que não está sendo utilizado. Ele considerou que o ideal seria ter participação nacional em torno de 75% a 80%. E de acordo com as regras atuais, seria de 60% dos equipamentos, que representam cerca de 50% do total de custos, sendo o restante representado por serviços.

“No ano passado, a Petrobras anunciou investimentos pelo Prominp de US$ 42 bilhões. Ou seja, desse total, cerca de US$ 12 bilhões poderiam ter sido comprados na indústria nacional, mas ficamos abaixo de 25% disso. É claro que não dá para ter 100% de conteúdo nacional, mas se fosse US$ 3 bilhões maior, já seria o dobro do que é”, disse, após confraternização de final de ano da instituição.

O primeiro vice-presidente da Abimaq, José Velloso, disse que um grande problema para a indústria de máquinas e equipamentos no País, principalmente no setor de petróleo, são os critérios de contabilização da participação nacional, também conhecida por conteúdo nacional. Ele explicou que, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o percentual do quanto é produzido no País é calculado a partir do custo total de produção de um bem.

“A minha crítica ao Prominp é que o programa inclui como sendo de conteúdo nacional (participação) itens comprados no Brasil, mas que muitas vezes são importados. Mas, como são pagos em reais, acabam entrando no percentual de conteúdo nacional”, disse. Segundo ele, a plataforma P-57, por exemplo, passaria de um conteúdo nacional de 65% para cerca de 25% se fosse recalculado.

O diretor da Abimaq acredita que o Brasil “não é competitivo”. “Uma empresa que é competitiva, quando entra no Brasil, perde competitividade”, disse. Por isso, o País estaria registrando queda no consumo aparente de máquinas e equipamentos desde a década de 1990.

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