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Folha de S.Paulo
08/12/2010 10h55 | Atualizada em 08/12/2010 13h08
Impulsionada, principalmente, pelas regiões Norte e Nordeste, a demanda por asfalto dispara no País. Sem ter como atender a essa necessidade, a Petrobras recorre cada vez mais às importações. No acumulado de janeiro a setembro, aumentaram mais de 11.000%. Mesmo assim, a produção deve fechar 2010 em patamar recorde, depois de passar um bom tempo estagnada. Para se ter uma ideia, o volume recorde ficará entre 2,5 e 3 milhões de toneladas.
Esse nível ainda é muito baixo, apontam especialistas. Dos 200 mil quilômetros da malha rodoviária paulista, por exemplo, apenas 30 mil estão pavimentados. “Estamos engatinhando. A demanda tende a crescer bastante. A Petrobras vai ter que investir para ampliar a produção", afirmou Manuel Rossito, diretor do Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada de São Paulo) e coordenador de vias da Fiesp.
Orçamento
A alta da demanda por asfalto pode ser exemplificada, também, pelo orçamento do Ministério dos Transportes, acrescenta Rossito. Em 2002, o desembolso foi de R$ 1,5 bilhão. Neste ano, chegará a R$ 15 bilhões. "Em São Paulo, por exemplo, há um programa forte de recuperação de estradas e também há grandes obras, como o Rodoanel", complementa Manuel Rossito.
Claudio Serr
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Impulsionada, principalmente, pelas regiões Norte e Nordeste, a demanda por asfalto dispara no País. Sem ter como atender a essa necessidade, a Petrobras recorre cada vez mais às importações. No acumulado de janeiro a setembro, aumentaram mais de 11.000%. Mesmo assim, a produção deve fechar 2010 em patamar recorde, depois de passar um bom tempo estagnada. Para se ter uma ideia, o volume recorde ficará entre 2,5 e 3 milhões de toneladas.
Esse nível ainda é muito baixo, apontam especialistas. Dos 200 mil quilômetros da malha rodoviária paulista, por exemplo, apenas 30 mil estão pavimentados. “Estamos engatinhando. A demanda tende a crescer bastante. A Petrobras vai ter que investir para ampliar a produção", afirmou Manuel Rossito, diretor do Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada de São Paulo) e coordenador de vias da Fiesp.
Orçamento
A alta da demanda por asfalto pode ser exemplificada, também, pelo orçamento do Ministério dos Transportes, acrescenta Rossito. Em 2002, o desembolso foi de R$ 1,5 bilhão. Neste ano, chegará a R$ 15 bilhões. "Em São Paulo, por exemplo, há um programa forte de recuperação de estradas e também há grandes obras, como o Rodoanel", complementa Manuel Rossito.
Claudio Serra, especialista em petróleo e logística da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), concorda que a demanda permanecerá forte. "Ela é alta no Nordeste, resultado de anos de atraso, da falta de investimentos. E nas regiões Sul e Sudeste há muitas obras em andamento", afirma.
O volume importado, apesar de crescente, não representa mais do que 20% do consumo total do País. O avanço das importações de asfalto tem impulsionado o movimento em portos do Nordeste. Em termos de gastos com a importação de asfalto, há uma expansão de cerca de 6.000%. Esse salto, no entanto, tem pouca influência na balança de petróleo e derivados brasileira.
O volume trazido é pouco relevante se comparado a outros derivados. "O preço do asfalto importado não é muito alto. O grande problema, no que se refere a preços, é o peso dos tributos", observa Rossito.
Segundo Rossito, a cadeia de distribuição de asfalto está preparada para atender à perspectiva de crescimento. Nos últimos anos, a expansão econômica vem exigindo cada vez mais das rodovias brasileiras, tanto pelo maior número de deslocamentos como pelo aumento da frota. Questionada sobre a política da empresa para ampliar a produção de asfalto, a Petrobras não respondeu à reportagem.
28 de julho 2020
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