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Caterpillar compra fabricante de motores MWM

Valor Online

27/10/2010 10h57 | Atualizada em 27/10/2010 13h54

A Caterpillar anunciou a compra da líder mundial na fabricação de motores movidos por fontes renováveis MWM por US$ 807,7 milhões. Segundo a fabricante americana de máquinas agrícolas e de construção, o negócio deve ser concluído nos próximos meses. Com sede na Alemanha, a MWM era controlada pelo fundo de private equity inglês 3i e será incorporada à divisão de energia elétrica da Caterpillar.

“Esse é um complemento natural para os negócios da Caterpillar na área de geração de energia a óleo e a gás, demonstrando nosso comprometimento com os investimentos continuados em produtos e indústrias sustentáveis”, disse a empresa, em comunicado ao mercado.

América Latina como fonte de lucros
Nesse contexto, a fabricante americana conseguiu quase dobrar o lucro do terceiro trimestre, no mais recente sinal de como a América Latina se juntou à Ásia como um dos principais motores de lucro para as empresas industriais mundiais. A receita das exportações latino-americanas de commodities, como minério de ferro, cobre e soja, está alimentando investimentos em rodovias, aeroportos e o restante da infraestrutura, e algumas das economias da região estão crescendo num ritmo quase tão ace

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A Caterpillar anunciou a compra da líder mundial na fabricação de motores movidos por fontes renováveis MWM por US$ 807,7 milhões. Segundo a fabricante americana de máquinas agrícolas e de construção, o negócio deve ser concluído nos próximos meses. Com sede na Alemanha, a MWM era controlada pelo fundo de private equity inglês 3i e será incorporada à divisão de energia elétrica da Caterpillar.

“Esse é um complemento natural para os negócios da Caterpillar na área de geração de energia a óleo e a gás, demonstrando nosso comprometimento com os investimentos continuados em produtos e indústrias sustentáveis”, disse a empresa, em comunicado ao mercado.

América Latina como fonte de lucros
Nesse contexto, a fabricante americana conseguiu quase dobrar o lucro do terceiro trimestre, no mais recente sinal de como a América Latina se juntou à Ásia como um dos principais motores de lucro para as empresas industriais mundiais. A receita das exportações latino-americanas de commodities, como minério de ferro, cobre e soja, está alimentando investimentos em rodovias, aeroportos e o restante da infraestrutura, e algumas das economias da região estão crescendo num ritmo quase tão acelerado quanto o da China.

"O crescimento da China realmente move o consumo de commodities, e a América Latina se beneficia muito disso", diz Edward Rapp, diretor financeiro da Caterpillar, que anunciou ter quase dobrado seu lucro trimestral graças em grande medida à força das economias asiática e latino-americana. A Caterpillar também elevou sua projeção de lucro para o ano.

O Barclays Capital prevê que o crescimento deste ano chegará a 10,6% na Argentina, 5,7% no Chile e 8,9% no Peru. O Brasil, maior economia da região e oitava do mundo, deve crescer 7,7% este ano. Isso se compara com uma projeção de 10,1% para a China e 2,8% para os Estados Unidos.

"Veremos algum desaquecimento no crescimento de vendas de alguns tipos de máquinas em 2011, mas a tendência de longo prazo continua bem firme", diz Meredith Taylor, analista em Nova York do Barclays, que visitou o país recentemente. Ela diz que a necessidade de melhores estradas, ferrovias, portos e habitação de baixo custo no Brasil devem continuar a alimentar as vendas dos fabricantes de equipamentos de construção, mineração e agricultura nos próximos anos.

A América Latina foi a região mais aquecida para a Caterpillar no terceiro trimestre. As vendas na região deram um salto de 95%, para US$ 1,76 bilhão, superando os aumentos na Ásia (de 51%) e na América do Norte (55%). A participação da América Latina nas vendas totais da empresa subiu de 12% no terceiro trimestre de 2009 para 16% neste ano.

Outras grandes empresas industriais dos EUA também estão otimistas em relação à América Latina. A Cummins Inc., fabricante de motores para caminhões e outros equipamentos, afirma que pretende dobrar suas vendas anuais na região até 2014. No ano passado, ela faturou cerca de US$ 900 milhões na América Latina.

“Essas empresas com sólida presença manufatureira na América Latina são as que devem mais se beneficiar”, diz Taylor, analista do Barclays. Ela acrescentou que as fabricantes chinesas de equipamentos estão emergindo como rivais na região.

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