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Restrição de caminhões gera alta de 20% no preço do frete

Medida comum entre os prefeitos para diminuir trânsito virou problema para o transportador e prejudica entregas ao varejo e porta a porta

DCI

18/04/2018 10h16 | Atualizada em 18/04/2018 14h29

Melhorar o escoamento de veículos nas cidades é pauta prioritária dos prefeitos nas metrópoles brasileiras.

Para isso, a solução mais comum passa pela restrição do tráfego de caminhões em horário comercial, medida que encarece em 20% o valor do frete e prejudica abastecimento de varejistas e entrega porta a porta.

Repensar a locomoção em cidades com grande concentração de pessoas, de fato, é necessária, uma vez que hoje cerca de 84% da população vive nos grandes centros urbanos, somando 96,7 milhões de veículos, conforme dados do setor.

Para Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o problema é “continuar tratando o caminhão como o grande vilão”, afirma.

Para tentar reverter essa percepção, a entidade lançou nesta semana um estudo para mapear o impacto das restrições.

De acordo com a pesquisa, hoje, 200 municípios praticam algum tipo de restrição para o transporte de carga, mas poucos possuem alternativas para garantir o abastecimento.

“Temos uma profusão de restrições de porte e horário, mas, por outro lado, temos que continuar a abastecendo o varejo que funciona das 7h30 às 18h. A gente para o caminhão onde? Quem vai rec

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Melhorar o escoamento de veículos nas cidades é pauta prioritária dos prefeitos nas metrópoles brasileiras.

Para isso, a solução mais comum passa pela restrição do tráfego de caminhões em horário comercial, medida que encarece em 20% o valor do frete e prejudica abastecimento de varejistas e entrega porta a porta.

Repensar a locomoção em cidades com grande concentração de pessoas, de fato, é necessária, uma vez que hoje cerca de 84% da população vive nos grandes centros urbanos, somando 96,7 milhões de veículos, conforme dados do setor.

Para Bruno Batista, diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o problema é “continuar tratando o caminhão como o grande vilão”, afirma.

Para tentar reverter essa percepção, a entidade lançou nesta semana um estudo para mapear o impacto das restrições.

De acordo com a pesquisa, hoje, 200 municípios praticam algum tipo de restrição para o transporte de carga, mas poucos possuem alternativas para garantir o abastecimento.

“Temos uma profusão de restrições de porte e horário, mas, por outro lado, temos que continuar a abastecendo o varejo que funciona das 7h30 às 18h. A gente para o caminhão onde? Quem vai receber de noite? Quem garante a segurança da entrega noturna?”

Para Batista, essa solução encontrada por parte dos chefes dos executivos municipais tem se proliferado de modo pouco simétrico. “Nos preocupa essa profusão de restrições sem pensar de uma forma sistêmica, planejada e integrada”, questiona.

Com a maior dificuldade acessar os grandes centros, o custo para entrega nos centros dispara.

Segundo a CNT, exemplo desse custo se dá na forma de calcular o frete. “Dois exemplos são a Taxa de Dificuldade de Entrega (TDE) negociada a partir de um piso de 20% sobre o valor do frete e a Taxa de Restrição do Trânsito (TRT) calculada em 15% do frete”, diz.

Além disso, a dificuldade de acesso aos locais deixa baixa a previsibilidade de entrega e aumenta a emissão de poluentes e ruídos.

“Restrições mal planejadas podem acarretar congestionamentos, filas de descarga, aumento no número de viagens e ruídos em horários não convencionais”.

Solução

Para Batista, a solução para melhorar o quadro atual é aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades.

Em relação às barreiras, o estudo “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?” traz um panorama detalhado de como se comporta o trânsito em sete regiões metropolitanas: São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG; Curitiba, PR; Porto Alegre, RS; Goiânia, GO; Recife, PE; e Manaus, AM.

De acordo com o levantamento, a falta de sinergia entre o poder público e os setores que representam os transportadores é o causador de boa parte dos problemas relatados. Na mesma métrica, a falta de estudos sobre impactos dos caminhões no trânsito também são empecilho.

Outro destaque feito por ele é a necessidade de uma integração mais ampla, que envolva toda uma região.

“É preciso melhorar a sinalização, divulgar com mais clareza as restrições e apresentar aos motoristas as rotas alternativas para o transporte” conta Batista.

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