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Preço do minério de ferro deve cair no 2º semestre

Apesar de a commodity ter se valorizado em junho e julho, no 2º semestre os preços devem cair, com a normalização da produção de aço na China a partir de um ritmo recorde, justamente no momento em que as mineradoras globais aumentam o volume produzido

Notícias de Mineração

23/08/2017 08h43 | Atualizada em 30/08/2017 13h23

Os preços do minério de ferro devem cair no segundo semestre deste ano com a normalização da produção de aço na China a partir de um ritmo recorde, justamente no momento em que as mineradoras globais aumentam o volume produzido.

Apesar da alta nos preços em junho e julho, a tonelada de minério de ferro na casa de US$ 70 pode ser o melhor nível possível por um bom tempo.

A demanda robusta que sustentou essa alta deve ficar mais fraca à medida que as siderúrgicas começam a reduzir a produção, de acordo com a Capital Economics.

Citigroup, Sucden Financial, Axiom Capital Management e Academia Capital também preveem queda do preço.

"Havia suporte fundamental para a disparada do minério de ferro, especificamente o forte crescimento da produção siderúrgica na China", afirma Caroline Bain, economista-chefe para commodities da Capital Economics.

"Os estoques nos portos da China estão persistentemente elevados e, se a produção e a demanda de aço recuarem mais adiante, o que parece provável, então o preço do minério de ferro voltará a ficar sob pressão".

A cotação do minério de ferro foi puxada pela demanda da China. Usinas siderú

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Os preços do minério de ferro devem cair no segundo semestre deste ano com a normalização da produção de aço na China a partir de um ritmo recorde, justamente no momento em que as mineradoras globais aumentam o volume produzido.

Apesar da alta nos preços em junho e julho, a tonelada de minério de ferro na casa de US$ 70 pode ser o melhor nível possível por um bom tempo.

A demanda robusta que sustentou essa alta deve ficar mais fraca à medida que as siderúrgicas começam a reduzir a produção, de acordo com a Capital Economics.

Citigroup, Sucden Financial, Axiom Capital Management e Academia Capital também preveem queda do preço.

"Havia suporte fundamental para a disparada do minério de ferro, especificamente o forte crescimento da produção siderúrgica na China", afirma Caroline Bain, economista-chefe para commodities da Capital Economics.

"Os estoques nos portos da China estão persistentemente elevados e, se a produção e a demanda de aço recuarem mais adiante, o que parece provável, então o preço do minério de ferro voltará a ficar sob pressão".

A cotação do minério de ferro foi puxada pela demanda da China. Usinas siderúrgicas se beneficiaram do aumento de preços e de margens de lucro generosas após o governo ter fechado alguma capacidade.

Os empreendimentos restantes estão fabricando volumes recordes, ajudando a absorver oferta maior do Brasil e da Austrália e auxiliando mineradoras como a Rio Tinto e a brasileira Vale.

Mesmo instituições não tão pessimistas em relação ao preço do minério, como a Clarksons Platou Securities, projetam alguma reversão.

"Embora acreditemos que o mercado esteja exageradamente pessimista em relação ao minério de ferro, não esperamos que os preços continuem onde estão", afirma Jeremy Sussman, diretor-gerente para metais e minérios da Clarksons Platou, que prevê queda para aproximadamente US$ 60 no quarto trimestre, permanecendo nesse nível ao longo de 2018.

Ele cita, entre os fatores que sustentam a cotação, as reformas na estrutura da oferta vinda da China e a disciplina demonstrada pela Rio Tinto, Vale, BHP Billiton e Fortescue Metals Group.

A matéria-prima se recuperou em relação a um patamar mínimo próximo a US$ 50 em meados de junho e atingiu US$ 76,68 na semana retrasada, a maior cotação desde abril.

Dados da economia chinesa semana passada sinalizaram desaquecimento. Índices que acompanham produção industrial, investimentos e consumo apresentaram resultados menores. O setor imobiliário, importante vetor da demanda por aço, também está perdendo fôlego.

Yao Wei, economista-chefe para China do Société Générale em Paris, afirmou que o pico de crescimento deste ciclo "ficou para trás", citando a menor expansão das vendas de residências, que funcionam como indicador antecedente.

Por ora, a produção de aço se mantém em níveis sem precedentes. Em julho, foram 74 milhões de toneladas ou 10% a mais do que um ano antes.

 

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