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Maior parte do crescimento da atividade econômica virá da agropecuária

O setor deve ter uma fatia de 75% do crescimento da atividade econômica neste ano, maior peso em 18 anos

Folha de S. Paulo

16/05/2017 15h35 | Atualizada em 24/05/2017 12h43

Sem a agropecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teria alta de 0,12% em 2017, em vez do já modesto 0,47% projetado pelo mercado.

O setor deve ter uma fatia de 75% do crescimento da atividade econômica neste ano, maior peso em 18 anos.

O número foi calculado pela consultoria Tendências com base nas projeções feitas por analistas de mercado ouvidos pelo boletim Focus, do Banco Central, para o PIB dos diferentes setores da economia.

Essa alta participação, a maior desde 1999, quando o PIB agrícola representou 77% do total, ocorre tanto pelo bom momento para o campo quanto pela dificuldade de recuperação dos outros setores. Beneficiada pelo clima favorável, a safra de grãos será recorde e subirá mais de 26%, segundo o IBGE.

Os analistas apostam em altas de 6,4% e 0,88% para a agropecuária e a indústria, respectivamente, e uma queda de 0,06% em serviços.

"A criação de empregos no setor agropecuário auxilia no desenvolvimento do consumo interno, ajudando a impulsionar, de forma defasada, o varejo. É uma boa notícia em meio a um cenário de retomada gradual da atividade", diz Bruno Levy, economista da Tendências.

A consultoria tem uma estimativa mais conservadora para a fatia de agro no PIB do que a da MB Associados, que proje

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Sem a agropecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teria alta de 0,12% em 2017, em vez do já modesto 0,47% projetado pelo mercado.

O setor deve ter uma fatia de 75% do crescimento da atividade econômica neste ano, maior peso em 18 anos.

O número foi calculado pela consultoria Tendências com base nas projeções feitas por analistas de mercado ouvidos pelo boletim Focus, do Banco Central, para o PIB dos diferentes setores da economia.

Essa alta participação, a maior desde 1999, quando o PIB agrícola representou 77% do total, ocorre tanto pelo bom momento para o campo quanto pela dificuldade de recuperação dos outros setores. Beneficiada pelo clima favorável, a safra de grãos será recorde e subirá mais de 26%, segundo o IBGE.

Os analistas apostam em altas de 6,4% e 0,88% para a agropecuária e a indústria, respectivamente, e uma queda de 0,06% em serviços.

"A criação de empregos no setor agropecuário auxilia no desenvolvimento do consumo interno, ajudando a impulsionar, de forma defasada, o varejo. É uma boa notícia em meio a um cenário de retomada gradual da atividade", diz Bruno Levy, economista da Tendências.

A consultoria tem uma estimativa mais conservadora para a fatia de agro no PIB do que a da MB Associados, que projeta participação de cerca de 90%. Os cálculos diferem, pois, dependem do peso que se atribui à agropecuária dentro da atividade econômica.

O economista-chefe da MB, Sérgio Vale, destaca que o cálculo é só "até a porta da fazenda". Se a agroindústria e serviços repetirem esse desempenho, segundo ele, essa expansão pode se espalhar pelo restante da economia.

O economista lembra que o peso que o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), considera para toda a cadeia, incluindo a agroindústria e serviços, é de 22% do PIB.

Quando se leva em conta somente a agropecuária, o percentual é de cerca de 5%.

"Supondo que o crescimento do setor como um todo seja semelhante ao que se vê no início da cadeia, o impacto (sobre o PIB como um todo) pode ser muito maior", afirma Vale.

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