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Saída dos EUA do TPP pode beneficiar agronegócio brasileiro

Brasil poderá aproveitar para negociar com mercados que deixarão de receber produtos americanos em condições especiais

O Estado de São Paulo

01/02/2017 00h00 | Atualizada em 08/02/2017 12h07

A saída dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico pode resultar em benefícios para o agronegócio brasileiro caso o Brasil aproveite a oportunidade para negociar com os mercados que vão deixar de receber produtos norte-americano sem condições especiais, avalia José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

"Como os EUA são concorrentes do Brasil na exportação de carne bovina, suco de laranja, açúcar, soja, entre outras commodities, pode haver um impacto positivo para nós, mas o governo brasileiro tem de tomar ações para se aproximar dos países que fazem parte da parceria e não apenas ficar esperando", afirma Castro.

O acordo, conhecido pela sigla TPP em inglês, é voltado a eliminar a maioria das tarifas e outras barreiras comerciais entre EUA, Japão, Canadá, México, Austrália, Vietnã, Malásia, Peru, Chile, Brunei, Cingapura e Nova Zelândia. A China não faz parte da iniciativa. "O acordo foi criado justamente para isolar a China", explica.

Por outro lado, segundo o presidente da AEB, se a postura protecionista de Trump ganhar corpo ao longo do seu mandato, as relações entre EUA e China podem ser reduzidas, gerando uma menor demanda chinesa por commodit

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A saída dos Estados Unidos da Parceria Transpacífico pode resultar em benefícios para o agronegócio brasileiro caso o Brasil aproveite a oportunidade para negociar com os mercados que vão deixar de receber produtos norte-americano sem condições especiais, avalia José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

"Como os EUA são concorrentes do Brasil na exportação de carne bovina, suco de laranja, açúcar, soja, entre outras commodities, pode haver um impacto positivo para nós, mas o governo brasileiro tem de tomar ações para se aproximar dos países que fazem parte da parceria e não apenas ficar esperando", afirma Castro.

O acordo, conhecido pela sigla TPP em inglês, é voltado a eliminar a maioria das tarifas e outras barreiras comerciais entre EUA, Japão, Canadá, México, Austrália, Vietnã, Malásia, Peru, Chile, Brunei, Cingapura e Nova Zelândia. A China não faz parte da iniciativa. "O acordo foi criado justamente para isolar a China", explica.

Por outro lado, segundo o presidente da AEB, se a postura protecionista de Trump ganhar corpo ao longo do seu mandato, as relações entre EUA e China podem ser reduzidas, gerando uma menor demanda chinesa por commodities, o que teria efeito negativo no Brasil, um grande exportador de commodities.

"A China teve em 2015 um superávit comercial de US$ 350 bilhões em bens, então o Trump deve tentar olhar onde ele pode reduzir esse superávit para gerar emprego nos EUA", diz.. “E bem ou mal, a China é hoje o motor da economia mundial. Se a sua demanda cai, os preços das commodities caem", ressalta.

Revisão do Nafta

Em relação ao Nafta, acordo de livre comércio da América do Norte que Trump pretende renegociar, Castro afirma que o efeito pode ser negativo para o Brasil.

“De todas as exportações do México, 80% vão para os EUA. Se o Nafta for implodido, o México vai ter de olhar para outros mercados", comenta o presidente da AEB, ressaltando que o Brasil pode perder mercados para os mexicanos.

"O México tem cerca de 40 acordos bilaterais com o mundo, inclusive com a União Europeia, coisa que o Brasil não tem", acrescenta.

De acordo com Castro, o fim do Nafta pode prejudicar alguns setores brasileiros que exportam insumos para México, que, por sua vez, os utilizam para fabricar produtos que são enviados aos Estados Unidos.

“No entanto, os investidores estrangeiros que olhavam para o México como uma boa oportunidade, em razão da sua proximidade com os EUA, agora podem desviar sua atenção para o Brasil, que caminha para um período de retomada da economia”, finaliza.

 

 

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