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Investimentos em infraestrutura resultam em oportunidades pontuais

Alguns setores, impulsionados por programas de incentivo à infraestrutura, recuperação de commodities e leilões de áreas de petróleo e gás, devem levar vantagem neste lento processo de recuperação da economia

DCI

18/01/2017 00h00 | Atualizada em 25/01/2017 14h44

O ano de 2017 pode enfrentar dificuldades para a retomada, ainda que tímida, da economia.

Para especialistas, alguns setores, impulsionados por programas de incentivo à infraestrutura, recuperação de commodities e leilões de áreas de petróleo e gás, devem levar vantagem neste lento processo de recuperação da economia.

Por mais antagônico que possa parecer, também podem surgir oportunidades por conta do alto endividamento na administração pública. Afinal, prefeituras, estados e União terão de abrir mão de parte de seus ativos para fazer caixa e pagar dívidas, acelerando concessões, privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPP).

Este cenário de oportunidades muito pontuais foi identificado em uma pesquisa da Deloitte junto a 746 empresas com faturamento esperado de R$ 1,739 trilhão neste ano.

Cerca de 84% dos entrevistados disseram que vão manter ou contratar. "A economia mergulhou nos últimos dois anos. Alguma recuperação se tornou necessária para a manutenção da própria atividade econômica", explica Othon Almeida, sócio da Delloite.

Mas o executivo lembra que sem as reformas econômicas e o ajuste fiscal o cenário apontado pela pesquisa pode ser mais conservador. "O ambiente

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O ano de 2017 pode enfrentar dificuldades para a retomada, ainda que tímida, da economia.

Para especialistas, alguns setores, impulsionados por programas de incentivo à infraestrutura, recuperação de commodities e leilões de áreas de petróleo e gás, devem levar vantagem neste lento processo de recuperação da economia.

Por mais antagônico que possa parecer, também podem surgir oportunidades por conta do alto endividamento na administração pública. Afinal, prefeituras, estados e União terão de abrir mão de parte de seus ativos para fazer caixa e pagar dívidas, acelerando concessões, privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPP).

Este cenário de oportunidades muito pontuais foi identificado em uma pesquisa da Deloitte junto a 746 empresas com faturamento esperado de R$ 1,739 trilhão neste ano.

Cerca de 84% dos entrevistados disseram que vão manter ou contratar. "A economia mergulhou nos últimos dois anos. Alguma recuperação se tornou necessária para a manutenção da própria atividade econômica", explica Othon Almeida, sócio da Delloite.

Mas o executivo lembra que sem as reformas econômicas e o ajuste fiscal o cenário apontado pela pesquisa pode ser mais conservador. "O ambiente ainda está frágil. Os investidores precisam ver as coisas acontecerem", diz.

Os investimentos em infraestrutura devem ter destaque na recuperação. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), pilotado por Moreira Franco, Secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, alterou por meio do Projeto Crescer as regras de concessão com o objetivo de atrair novos investimentos em projetos de infraestrutura e de desestatização.

Entre os negócios que devem passar para a iniciativa privada estão os aeroportos de Salvador e de Porto Alegre.

Com os investimentos, analisa Almeida, a tendência é que a geração de empregos seja destravada aos poucos, o que pode levar a uma melhora nos setores de bens de consumo e de alimentos.

Tudo isso, é claro, depende em especial da redução da taxa de juros e da oferta de crédito, tanto para o consumidor quanto para as empresas.

Para o setor da construção civil, a retomada deve ocorrer pelos projetos de infraestrutura ligados a concessões.

"Não vamos decolar no curto prazo, mas existe a perspectiva de o setor experimentar crescimento tímido em 2017. Ainda falta clareza sobre a melhora da economia real", analisa Cleber Valadão, vice-presidente administrativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Para um setor que viu cerca de 420 mil vagas serem fechadas em 2016, falar em crescimento é razão para comemorar. Mas Valadão acredita que esse otimismo só deva se confirmar no segundo semestre. Não por falta de recursos, mas pelas incertezas políticas.

"O que emperra o setor privado neste momento é a falta de segurança para investir. Todos estão esperando passar esta fase", diz Valadão.

Apesar do otimismo, ainda que conservador, Fernando Sampaio, diretor da LCA Consultores, alerta para os riscos. "Vivemos um refluxo de incertezas políticas que poderão ameaçar a retomada da economia”, comenta.

 

 

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