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Mercado externo será a saída para fabricantes de máquinas em 2017

Com o mercado interno estagnado, fabricantes de equipamentos apostam na exportação dos equipamentos

Valor Econômico

11/01/2017 00h00 | Atualizada em 18/01/2017 15h31

Mesmo as maiores fabricantes de máquinas para construção não tiveram um 2016 fácil no Brasil e o principal alento neste e no próximo ano deve ser o mercado externo.

“Foi um ano bastante difícil”, comenta Odair Renosto, presidente da Caterpillar no país, admitindo que a receita da companhia caiu. “Hoje não estamos vendo as ações acontecerem dentro do tempo que era esperado”, avalia.

A previsão do executivo para o próximo ano é de um novo período difícil, mas de estabilização, sobre um mercado já bastante prejudicado.

De fato, um estudo da Pezco Microanalysis aponta que 2016 foi o ano com menor nível de investimentos em infraestrutura na história. Mas o mercado de máquinas vem sentindo isso já desde pelo menos 2014, quando iniciou um ciclo de queda no faturamento dos fabricantes, conforme dados medidos pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Apenas o mercado da Linha Amarela — como são conhecidas as máquinas para construção que incluem escavadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras — sofreu uma redução importante.

No auge, em 2013, movimentava cerca de 30 mil unidades. A projeção da Sobratema – Associação Brasileira de Equipamentos para Construção e Mineração em 2016 foi de apenas 8,7 mil máquinas.

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Mesmo as maiores fabricantes de máquinas para construção não tiveram um 2016 fácil no Brasil e o principal alento neste e no próximo ano deve ser o mercado externo.

“Foi um ano bastante difícil”, comenta Odair Renosto, presidente da Caterpillar no país, admitindo que a receita da companhia caiu. “Hoje não estamos vendo as ações acontecerem dentro do tempo que era esperado”, avalia.

A previsão do executivo para o próximo ano é de um novo período difícil, mas de estabilização, sobre um mercado já bastante prejudicado.

De fato, um estudo da Pezco Microanalysis aponta que 2016 foi o ano com menor nível de investimentos em infraestrutura na história. Mas o mercado de máquinas vem sentindo isso já desde pelo menos 2014, quando iniciou um ciclo de queda no faturamento dos fabricantes, conforme dados medidos pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Apenas o mercado da Linha Amarela — como são conhecidas as máquinas para construção que incluem escavadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras — sofreu uma redução importante.

No auge, em 2013, movimentava cerca de 30 mil unidades. A projeção da Sobratema – Associação Brasileira de Equipamentos para Construção e Mineração em 2016 foi de apenas 8,7 mil máquinas.

Para 2017, em uma visão mais otimista, a perspectiva da entidade é de 9,2 mil máquinas. Nenhuma entidade ou fabricante prevê, no curto prazo, uma recuperação do mercado a níveis anteriores à crise do mercado brasileiro.

Ainda que o governo Michel Temer tenha anunciado um pacote de obras mais maduras, com previsão de começarem a sair do papel em 2017 — com o leilão de quatro aeroportos, por exemplo —, a expectativa de fabricantes como a Caterpillar é de que demore algum tempo para que a retomada de investimentos apareça como demanda de máquinas novas. “Existe uma quantidade enorme de equipamentos ociosos. Além disso, da assinatura desses projetos até a colocação de pedidos, pode levar de três a seis meses”, diz Renosto.

Enquanto isso, a fabricante americana tem amenizado os efeitos da queda do mercado brasileiro com redução de custos e exportações. “Expandimos modelos para mercados novos ou onde não estávamos mais”, diz.

A empresa passou a vender motoniveladoras para o Japão e retomou a venda da família de escavadeiras hidráulicas para outros países da América Latina, conta. Mas isso não chegou a reverter a queda do faturamento no Brasil.

Apesar da crise, o plano de investimentos no país está mantido. A Caterpillar acaba de finalizar um ciclo de R$ 500 milhões que começou em 2011. Para o próximo ano, segundo o presidente, a previsão é de US$ 20 milhões, patamar que deve se repetir nos exercícios seguintes. Os valores devem ser direcionados principalmente para modernização da linha a expansão dos mercados atendidos.

O aumento de exportações também foi o principal ponto de comemoração da JCB. Segundo José Luis Gonçalves, presidente da empresa, a fatia do mercado externo na receita brasileira saiu de 10% em 2014 para algo próximo de 50% neste ano.

Os principais destinos são Chile, Argentina, Colômbia e Peru, nesta ordem. E não deve ficar por aí. “Estamos considerando que exportação pode chegar a 60% do volume”, diz.

Segundo o executivo, foi possível crescer a receita em 14% ano passado, mas em um movimento explicado pelas exportações. Considerando apenas as vendas domésticas, houve uma queda de 25%. Ainda assim, o executivo prevê crescimento de 10% no faturamento apenas no Brasil — perfazendo um aumento total de 15%.

Gonçalves, da JCB, também admite que existe uma grande quantidade de máquinas ociosas para voltarem quando as obras, especialmente as de infraestrutura, começarem a acontecer, mas destaca que esse volume de máquinas hoje parada está também sem manutenção e que esse serviço pode ser mobilizado mais de imediato.

“A primeira onda é voltar o parque e as necessidades de manutenção já vão começar a ter um efeito para o nosso negócio”, explica.

 

 

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