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Alta real de preços deve sustentar PIB do agronegócio no ano

Produto Interno Bruto calculado por representantes do setor indica avanço superior a 3%, até agosto, impulsionado pela valorização dos cultivos afetados pela estiagem e tendência é positiva

DCI

07/12/2016 00h00 | Atualizada em 14/12/2016 12h24

Embora a retração de 6% no desempenho anual da agropecuária no Produto Interno Bruto (PIB), divulgado semana passada pelo IBGE, tenha surpreendido o mercado, a seca, motivo da queda no indicador, já não reflete o atual momento econômico de toda a cadeia produtiva.

Em termos de volume, as projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), também divulgadas na semana passada, consideram queda de 5% na produção primária da agrícola e outros 3% para a pecuária.

"No entanto, mesmo com essa forte redução, a expressiva valorização real dos preços do setor impulsionou as estimativas do PIB do agronegócio para o ano", explicam Geraldo Barros, coordenador científico, e Nicole Rennó, pesquisadora do Cepea.

O PIB do agronegócio calculado pelos representantes do setor fala em um crescimento de 3,43% no acumulado de 2016 até agosto. A primeira (e grande) diferença em relação ao levantamento feito pelo IBGE está na metodologia.

A pesquisadora do instituto, Amanda Rodrigues, afirma que a avaliação é realizada trimestralmente e considera apenas a produção primária na cadeia.

Para as lavouras, utiliza-

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Embora a retração de 6% no desempenho anual da agropecuária no Produto Interno Bruto (PIB), divulgado semana passada pelo IBGE, tenha surpreendido o mercado, a seca, motivo da queda no indicador, já não reflete o atual momento econômico de toda a cadeia produtiva.

Em termos de volume, as projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), também divulgadas na semana passada, consideram queda de 5% na produção primária da agrícola e outros 3% para a pecuária.

"No entanto, mesmo com essa forte redução, a expressiva valorização real dos preços do setor impulsionou as estimativas do PIB do agronegócio para o ano", explicam Geraldo Barros, coordenador científico, e Nicole Rennó, pesquisadora do Cepea.

O PIB do agronegócio calculado pelos representantes do setor fala em um crescimento de 3,43% no acumulado de 2016 até agosto. A primeira (e grande) diferença em relação ao levantamento feito pelo IBGE está na metodologia.

A pesquisadora do instituto, Amanda Rodrigues, afirma que a avaliação é realizada trimestralmente e considera apenas a produção primária na cadeia.

Para as lavouras, utiliza-se o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), uma previsão anual onde é aplicada uma estimativa de perfil trimestral.

Na pecuária, são utilizados dados de conjuntura, aliados a uma verificação junto à indústria. Nos casos da produção florestal e pesca, variáveis que também compõem o segmento agropecuário na leitura do IBGE, é aplicado apenas o dado industrial.

"Os produtos que tiveram peso concentrado no terceiro trimestre foram milho, algodão, laranja e cana-de-açúcar", destaca a especialista.

Em resposta ao número negativo de 1,4% no trimestre, ante o período imediatamente anterior, o coordenador de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Gasques, disse, em nota, que a estiagem ocorrida no cerrado brasileiro, afetando especialmente a segunda safra de milho no Mato Grosso, contribuiu para a retração.

Já o PIB do CNA/Cepea avalia o comportamento de todos os elos da cadeia, antes e depois da porteira, incluindo, além dos pastos e lavouras, a indústria de insumos, agroindústria e serviços relacionados à agropecuária, como logística e distribuição.

"Nós conversamos com o mercado e conseguimos captar o movimento dos preços. Isto é, o fato da produção ter caído não significa que o produtor que conseguiu colher não ganhou dinheiro", pondera Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA.

 

 

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