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China cobra do Brasil fim de barreiras

Hoje, 80% das medidas antidumping do Brasil são direcionadas contra a China. Pequim é o maior importador de bens brasileiros

O Estado de S. Paulo

30/11/2016 00h00 | Atualizada em 07/12/2016 11h14

A China está pressionando o governo brasileiro para que passe a tratar suas importações como faz com o resto do mundo e a considerar o país como economia de mercado.

A adesão de Pequim à Organização Mundial do Comércio (OMC) e ao sistema multilateral do comércio – foi definida em 2001. O processo, previsto para durar 15 anos, termina no dia 11 de dezembro.

A partir dessa data, a China entende que todos os seus parceiros comerciais precisam tratá-la como qualquer outro, o que significa menos chances de adotarem barreiras comerciais.

Diplomatas chineses já deixaram claro que esperam do Brasil uma posição de "aliado", principalmente diante dos compromissos assumidos por ambos no Brics.

Reuniões têm ocorrido em Pequim e em Brasília. Com ou sem uma declaração explícita de economia de mercado, os chineses já avisaram o Brasil que não vão aceitar mais que seus produtos enfrentem determinadas barreiras.

Até agora, um país que se considerasse afetado por um dumping de produtos chineses poderia calcular uma taxa extra cobrada nos portos contra o bem importado.

Para fazer esse cálculo, estavam autorizados a usar preços praticados em outras partes do mundo para demonstrar que os chineses estavam agindo de forma desleal.

A partir do d

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A China está pressionando o governo brasileiro para que passe a tratar suas importações como faz com o resto do mundo e a considerar o país como economia de mercado.

A adesão de Pequim à Organização Mundial do Comércio (OMC) e ao sistema multilateral do comércio – foi definida em 2001. O processo, previsto para durar 15 anos, termina no dia 11 de dezembro.

A partir dessa data, a China entende que todos os seus parceiros comerciais precisam tratá-la como qualquer outro, o que significa menos chances de adotarem barreiras comerciais.

Diplomatas chineses já deixaram claro que esperam do Brasil uma posição de "aliado", principalmente diante dos compromissos assumidos por ambos no Brics.

Reuniões têm ocorrido em Pequim e em Brasília. Com ou sem uma declaração explícita de economia de mercado, os chineses já avisaram o Brasil que não vão aceitar mais que seus produtos enfrentem determinadas barreiras.

Até agora, um país que se considerasse afetado por um dumping de produtos chineses poderia calcular uma taxa extra cobrada nos portos contra o bem importado.

Para fazer esse cálculo, estavam autorizados a usar preços praticados em outras partes do mundo para demonstrar que os chineses estavam agindo de forma desleal.

A partir do dia 11, a China espera que essa regra mude e que os governos apenas comparem os preços chineses com outros do mesmo país. Na prática, impor uma barreira ficará mais difícil.

"Vamos cumprir nossos compromissos com os organismos internacionais. Não temos de dizer nem que sim nem que não", diz Marcos Pereira, ministro de Indústria e Comércio Exterior e Serviços.

No ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou o governo que o Brasil não poderia mudar seu tratamento em relação à economia chinesa, sob risco de não conseguir competir com as importações chinesas. Hoje, 80% das medidas antidumping do Brasil são direcionadas contra a China. Pequim é o maior importador de bens brasileiros.

Segundo Pereira, "o setor industrial brasileiro está se preparando e se adaptando". Ele afirma que existem conversas para avaliar se novos mecanismos de proteção terão de ser criados.

 

 

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