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Venda de máquinas lidera no Sudeste e do agronegócio no Centro-Oeste

Para especialistas, futuro das exportações parece melhor para regiões vendedoras de produtos básicos do que para as que negociam manufaturados; infraestrutura e câmbio seriam entraves

DCI

31/08/2016 00h00 | Atualizada em 06/09/2016 16h49

O setor de máquinas e equipamentos conta com mais empresas exportadoras no Sul e no Sudeste do país, enquanto a agropecuária domina as regiões Nordeste e Centro-Oeste e as vendedoras de madeira lideram no Norte.

Os dados fazem parte do levantamento Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que entrevistou 847 companhias entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

"As características geográficas e históricas das regiões são determinantes para esses resultados", afirma Tharcisio Souza Santos, professor da faculdade de economia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). "A ocupação do solo e o clima do Centro-Oeste, por exemplo, favorecem a agropecuária", diz.

O setor mencionado pelo especialista tem 21,5% das empresas exportadoras de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na segunda posição, aparecem as vendedoras de alimentos (17,8%), também relacionadas à produção de produtos básicos na região.

Um cenário parecido foi visto no Nordeste, onde a agropecuária lidera (27,7%) e o setor de alimentos (13,1%) figura na terceira colocação.

"São as vocações naturais da região", avalia Santos. Para Antônio Correa de Lacerda, professor de economia da Pontifícia Universidade C

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O setor de máquinas e equipamentos conta com mais empresas exportadoras no Sul e no Sudeste do país, enquanto a agropecuária domina as regiões Nordeste e Centro-Oeste e as vendedoras de madeira lideram no Norte.

Os dados fazem parte do levantamento Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que entrevistou 847 companhias entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

"As características geográficas e históricas das regiões são determinantes para esses resultados", afirma Tharcisio Souza Santos, professor da faculdade de economia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). "A ocupação do solo e o clima do Centro-Oeste, por exemplo, favorecem a agropecuária", diz.

O setor mencionado pelo especialista tem 21,5% das empresas exportadoras de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na segunda posição, aparecem as vendedoras de alimentos (17,8%), também relacionadas à produção de produtos básicos na região.

Um cenário parecido foi visto no Nordeste, onde a agropecuária lidera (27,7%) e o setor de alimentos (13,1%) figura na terceira colocação.

"São as vocações naturais da região", avalia Santos. Para Antônio Correa de Lacerda, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o agronegócio deve manter sua força nas duas regiões nos próximos anos, ainda que problemas climáticos possam interferir no futuro do setor. Ele também pondera que será importante ampliar o valor agregado dos produtos exportados.

"Nós somos grandes vendedores do café em grão, mas não vendemos café solúvel. Se fizéssemos isso, geraríamos mais emprego, mais receita e maior arrecadação pública", exemplifica.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as commodities, bastante produzidas nessas regiões, têm presença importante na pauta de exportação brasileira. A soja, mercadoria mais vendida em 2016, rendeu US$ 16,3 bilhões para o país até julho.

Manufaturados

Já a formação histórica no Sudeste e no Sul do país, onde a industrialização foi mais intensa, seria a causa da predominância dos embarques de produtos manufaturados.

As empresas que vendem máquinas e equipamentos aparecem no topo da lista nas duas regiões, com 19,8% das companhias no Sudeste e 17,1% das firmas no Sul.

A situação dos industriais, entretanto, é mais complicada que a do agronegócio. De acordo com Lacerda, será necessária uma retomada do setor nos próximos anos.

"Essas exportações podem voltar a crescer, mas precisamos de melhoras estruturais e da manutenção do câmbio entre R$ 3,35 e R$ 3,50", aponta Santos.

 

 

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