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Brasil quer atrair mais capital chinês

País recebeu aportes de US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões de 2010 a 2015, segundo o Insper; infraestrutura tem ativos relevantes à venda

O Estado de S. Paulo

27/07/2016 06h22 | Atualizada em 03/08/2016 12h53

Uma forte onda de investimentos de companhias chinesas no Brasil é esperada para os próximos meses, sobretudo em infraestrutura e commodities.

Para o leilão de transmissão de energia, previsto para setembro, grupos chineses e outras multinacionais – que já atuam no país e novas – foram convidados para participar.

O desmonte de ativos da Eletrobrás, como as subsidiárias Eletrosul e Celg, é considerado atraente. Os ativos estão sendo oferecidos a diversos investidores, chineses ou não.

Também estão à venda importantes negócios do setor, como a Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, que tem entre os sócios o grupo Odebrecht, a participação da Light na Renova, ativos da Abengoa e Duke Energy, dizem fontes. As empresas não comentam.

A State Grid e sua conterrânea China Three Gorges (CTG), ambas estatais, são apontadas como compradoras de vários ativos no Brasil.

A CTG foi a última a aportar por aqui. Chegou em 2013 e comprou participação em várias hidrelétricas e, nos últimos meses, arrematou as Usinas Jupiá e Ilha Solteira, da Cesp.

Nas últimas semanas, representantes da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China fizeram um road show em território chinês para atrair investidores. “Há grupos que ainda não têm investimentos no

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Uma forte onda de investimentos de companhias chinesas no Brasil é esperada para os próximos meses, sobretudo em infraestrutura e commodities.

Para o leilão de transmissão de energia, previsto para setembro, grupos chineses e outras multinacionais – que já atuam no país e novas – foram convidados para participar.

O desmonte de ativos da Eletrobrás, como as subsidiárias Eletrosul e Celg, é considerado atraente. Os ativos estão sendo oferecidos a diversos investidores, chineses ou não.

Também estão à venda importantes negócios do setor, como a Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, que tem entre os sócios o grupo Odebrecht, a participação da Light na Renova, ativos da Abengoa e Duke Energy, dizem fontes. As empresas não comentam.

A State Grid e sua conterrânea China Three Gorges (CTG), ambas estatais, são apontadas como compradoras de vários ativos no Brasil.

A CTG foi a última a aportar por aqui. Chegou em 2013 e comprou participação em várias hidrelétricas e, nos últimos meses, arrematou as Usinas Jupiá e Ilha Solteira, da Cesp.

Nas últimas semanas, representantes da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China fizeram um road show em território chinês para atrair investidores. “Há grupos que ainda não têm investimentos no Brasil e que estão sendo apresentadas aos diversos negócios à venda (de infraestrutura ao agronegócio)”, comenta Charles Tang, presidente da entidade, que está na China nessa comissão e deve voltar no início de agosto.

Tang estima que os potenciais aportes de chinesas no Brasil podem chegar a US$ 70 bilhões – considerando os já feitos desde 2010.

Para Rodrigo Zeidan, da Fundação Dom Cabral, os investidores chineses olham o Brasil no longo prazo. “Eles consideram o Brasil como um importante player para fazer frente à dominação dos EUA.”

Após a crise financeira global de 2008, países asiáticos que apostavam nos EUA e na Europa começaram a buscar oportunidades em países emergentes.

No Brasil, os chineses têm mirado especialmente o setor de infraestrutura. Além da aquisição de empresas de energia, já demonstraram interesses em projetos de ferrovias, a exemplo da Bioceânica – uma estrada de ferro que ligaria os litorais do Peru e do Brasil a um custo de R$ 40 bilhões.

Para os chineses, seria um empreendimento que facilitaria o transporte de grãos do Centro-Oeste para a China.

 

 

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