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Empresas voltarão a captar em bônus no exterior e em ações no 2°semestre

A emissão de debêntures comuns recuou 46% para R$ 15,92 bilhões até junho, e o lançamento de notas promissórias caiu 52% para apenas R$ 3,256 bilhões, frente a igual período do ano passado

DCI

13/07/2016 00h00 | Atualizada em 20/07/2016 12h25

Após os números ruins registrados no primeiro semestre de 2016 no mercado de capitais – os piores desde a crise mundial em 2009 – as expectativas são positivas para captações via bônus no exterior e de algumas emissões de ações nos próximos meses.

"O mercado externo vem tendo um apetite maior por títulos de empresas brasileiras depois das emissões soberanas feitas pelo Tesouro Nacional e a Petrobras. Eu acredito que o momento de recuperação começou e que essas emissões devem continuar", aponta José Eduardo Laloni, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Em menor intensidade, o diretor da entidade também acredita que possam ocorrer algumas ofertas de ações no segundo semestre. "Precisa de um pouco mais de estabilidade. Devagar, as emissões de ações podem ser retomadas."

De acordo com números divulgados semana passada pela Anbima, o volume em emissões no mercado externo já cresceu 27% no primeiro semestre de 2016 para US$ 10,25 bilhões em relação a 2015, embora continue abaixo dos recursos obtidos via bônus em semestres iguais entre os anos de 2010 e 2014.

Entre junho último e o início de julho foram confirmadas ofertas de bônus da Vale (US$ 1,25 bilhão), Marfrig (US$ 950 milhões) e Cosan (US$

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Após os números ruins registrados no primeiro semestre de 2016 no mercado de capitais – os piores desde a crise mundial em 2009 – as expectativas são positivas para captações via bônus no exterior e de algumas emissões de ações nos próximos meses.

"O mercado externo vem tendo um apetite maior por títulos de empresas brasileiras depois das emissões soberanas feitas pelo Tesouro Nacional e a Petrobras. Eu acredito que o momento de recuperação começou e que essas emissões devem continuar", aponta José Eduardo Laloni, diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Em menor intensidade, o diretor da entidade também acredita que possam ocorrer algumas ofertas de ações no segundo semestre. "Precisa de um pouco mais de estabilidade. Devagar, as emissões de ações podem ser retomadas."

De acordo com números divulgados semana passada pela Anbima, o volume em emissões no mercado externo já cresceu 27% no primeiro semestre de 2016 para US$ 10,25 bilhões em relação a 2015, embora continue abaixo dos recursos obtidos via bônus em semestres iguais entre os anos de 2010 e 2014.

Entre junho último e o início de julho foram confirmadas ofertas de bônus da Vale (US$ 1,25 bilhão), Marfrig (US$ 950 milhões) e Cosan (US$ 500 milhões). "O Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia, é um fator externo de atenção e de preocupação, mas não tem mudado o apetite para os países emergentes", diz Laloni.

Sobre o cenário para captações em renda variável, o diretor lembrou que ocorreram quatro ofertas de ações por esforços restritos (para um número restrito de investidores) no primeiro semestre e que a utilização desse instrumento sem a necessidade de realizar uma oferta pública está atuante.

Mesmo com o otimismo cauteloso, a realidade foi bastante difícil para o mercado de capitais no primeiro semestre. "Todos os tipos de papéis foram afetados. Houve uma retração grande das empresas em tomar novos recursos."

As empresas nacionais captaram R$ 66,5 bilhões em dívida doméstica e internacional nos primeiro seis meses de 2016, montante 22,2% abaixo de igual período de 2015 e 58% inferior ao registrado em 2014.

A emissão de debêntures comuns recuou 46% para R$ 15,92 bilhões, e o lançamento de notas promissórias caiu 52% para apenas R$ 3,256 bilhões no primeiro semestre de 2016, na comparação com igual período do ano passado.

Outra observação notada no boletim semestral da Anbima foi a falta de debêntures incentivadas pela lei 12.431, cujos recursos são destinados para investimentos em infraestrutura como: energia hidrelétrica e eólica, portos, aeroportos, rodovias e projetos de mobilidade urbana.

"Esse mercado depende muito do volume de investimentos. A ocorrência de ofertas vai depender muito do programa de programa de concessões de infraestrutura e das privatizações", afirma.

Semana passada, a estatal de petróleo comunicou ao mercado que planeja reabrir os títulos de Global Notes 2021 e Global Notes 2026 para emissão. Os recursos obtidos serão utilizados para recomprar títulos antigos. A expectativa do mercado é de captação de US$ 3 bilhões.

 

 

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