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Mesmo com o dólar caro, indústria brasileira é pouco competitiva

O chamado Custo Unitário do Trabalho da indústria caiu 27,5% de janeiro para novembro de 2015, segundo cálculo do BC com base nos dados do IBGE

Folha de S.Paulo

10/02/2016 00h05 | Atualizada em 17/02/2016 12h40

A forte desvalorização do real e a recessão têm sido insuficientes para reduzir de forma relevante o custo da mão de obra na indústria e elevar a competitividade do setor no exterior.

O chamado CUT – Custo Unitário do Trabalho da indústria caiu 27,5% de janeiro para novembro de 2015, segundo cálculo do BC com base nos dados do IBGE.

O CUT é um índice relevante para medir a competitividade da indústria, porque aponta o custo do trabalho para produzir uma unidade de bem industrial.

No seu cálculo, é utilizado o índice de folha de pagamentos da indústria do IBGE, ponderado pelo índice de produção física e pela taxa de câmbio.

Até agora, no entanto, a redução do custo do trabalho é muito pequena quando comparada ao significativo aumento dessa despesa.

Vários fatores incentivaram o aumento do custo do trabalho, principalmente entre 2003 e o fim de 2012, como os significativos reajustes do salário mínimo e o forte crescimento do PIB.

"A desvalorização do câmbio sempre traz alguma competitividade, mas não é sustentável. O efeito vai acabar quando a moeda brasileira estabilizar. A indústria não vai melhorar sem mais produtividade", diz Renato Fonseca, gerente-executivo da Conf

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A forte desvalorização do real e a recessão têm sido insuficientes para reduzir de forma relevante o custo da mão de obra na indústria e elevar a competitividade do setor no exterior.

O chamado CUT – Custo Unitário do Trabalho da indústria caiu 27,5% de janeiro para novembro de 2015, segundo cálculo do BC com base nos dados do IBGE.

O CUT é um índice relevante para medir a competitividade da indústria, porque aponta o custo do trabalho para produzir uma unidade de bem industrial.

No seu cálculo, é utilizado o índice de folha de pagamentos da indústria do IBGE, ponderado pelo índice de produção física e pela taxa de câmbio.

Até agora, no entanto, a redução do custo do trabalho é muito pequena quando comparada ao significativo aumento dessa despesa.

Vários fatores incentivaram o aumento do custo do trabalho, principalmente entre 2003 e o fim de 2012, como os significativos reajustes do salário mínimo e o forte crescimento do PIB.

"A desvalorização do câmbio sempre traz alguma competitividade, mas não é sustentável. O efeito vai acabar quando a moeda brasileira estabilizar. A indústria não vai melhorar sem mais produtividade", diz Renato Fonseca, gerente-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Nas últimas décadas, a indústria brasileira encontra muita dificuldade para elevar sua produtividade, por causa de má gestão, infraestrutura precária e baixa qualificação dos trabalhadores.

Para José Marcio Camargo, especialista em trabalho do PUC-RJ, o forte aumento do preço dos serviços acabou impactando todos os salários do país, inclusive da indústria, por causa da disputa por trabalhadores entre os dois setores e do peso de serviços como educação e saúde no orçamento das famílias.

Ele acredita que o custo do trabalho na indústria só vai cair significativamente quando os preços dos serviços subirem em ritmo compatível ou até menor que os produtos industriais e agrícolas.

 

 

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