Construção
Valor Econômico
03/02/2016 00h10 | Atualizada em 10/02/2016 11h04
Os principais grupos que operam rodovias no país veem uma boa oportunidade na nova etapa do programa de concessões do Estado de São Paulo.
Mas, o elevado grau de endividamento das empresas em um ambiente de crise econômica impõe uma dose de cautela sobre a viabilidade de participar do negócio.
“A grande questão é o crédito. Os grupos de capital aberto estão muito alavancados, por isso tem de sair algo que realmente seja animador”, diz Marcelino Rafart de Seras, presidente da EcoRodovias, , grupo que controla duas concessionárias de estradas paulistas.
Esta é a 3ª etapa do programa paulista de concessões rodoviárias. Serão licitados quatro lotes com extensão total de 2,217 mil km dos 15,5 mil km que ainda restam ser concedidos no Estado.
O valor combinado a ser investido nos quatro trechos ao longo dos 30 anos de concessão será de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 8,8 bilhões em obras e o restante (R$ 1,7 bilhão) para pagamento de desapropriações de áreas, investimento em frota de veículos operacionais, equipamentos de tecnologia e segurança viária, como câmeras de monitoramento de tráfego.
O chamado PII – Plano Inicial de Investimento, que ainda não foi definido, determinará o volume
...Os principais grupos que operam rodovias no país veem uma boa oportunidade na nova etapa do programa de concessões do Estado de São Paulo.
Mas, o elevado grau de endividamento das empresas em um ambiente de crise econômica impõe uma dose de cautela sobre a viabilidade de participar do negócio.
“A grande questão é o crédito. Os grupos de capital aberto estão muito alavancados, por isso tem de sair algo que realmente seja animador”, diz Marcelino Rafart de Seras, presidente da EcoRodovias, , grupo que controla duas concessionárias de estradas paulistas.
Esta é a 3ª etapa do programa paulista de concessões rodoviárias. Serão licitados quatro lotes com extensão total de 2,217 mil km dos 15,5 mil km que ainda restam ser concedidos no Estado.
O valor combinado a ser investido nos quatro trechos ao longo dos 30 anos de concessão será de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 8,8 bilhões em obras e o restante (R$ 1,7 bilhão) para pagamento de desapropriações de áreas, investimento em frota de veículos operacionais, equipamentos de tecnologia e segurança viária, como câmeras de monitoramento de tráfego.
O chamado PII – Plano Inicial de Investimento, que ainda não foi definido, determinará o volume de recursos a ser aplicado pelo concessionário nos cinco primeiros anos do contrato, comenta Duarte Nogueira, secretário de Logística e Transportes. Os editais estão previstos para abril.
Nogueira informou que o critério será o de maior valor de outorga, com lance mínimo também a ser estipulado.
“O governo paulista determinou que as tarifas de pedágios serão cerca de 30% menores que o valor presente praticado nas primeiras concessões paulistas, realizadas em 1997.”
Há 20 anos, foram concessionados lotes maiores, os chamados “radiais”, a partir da capital paulista. Desta vez, são lotes menores, transversais, alguns com intersecção com rodovias já concessionadas. O secretário avalia que grande parte da cautela dos investidores se deve à falta de previsibilidade e insegurança jurídica no Brasil como um todo.
“São Paulo é um caso de sucesso sobretudo na questão das concessões, então o investidor já presente no programa ou atraído por entrar nele sabe que ele tem segurança jurídica, tem previsibilidade de como vai funcionar e tem garantias de receitas”.
Segundo Nogueira, o governo crê que haverá interesse não só de grupos brasileiros, mas também de investidores internacionais.
A expectativa é realizar os leilões até o fim deste semestre e assinar os contratos com os vencedores ainda em julho.
03 de junho 2019
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