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Governo sinaliza retomada com estímulo ao crédito para investimento

Segundo o ministro da Fazenda, ao listar a infraestrutura e construção civil como áreas prioritárias mostra que desenvolvimento da oferta deve ser opção de alavancagem

DCI

20/01/2016 09h39 | Atualizada em 27/01/2016 12h33

As sinalizações do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, apontam para uma retomada, ainda que tímida, do estímulo ao crédito pelo lado dos investimentos, diferentemente do que ocorreu na última década, com o incentivo ao consumo.

A avaliação é do professor de economia da ESPM, Orlando Assunção Fernandes, que pondera, entretanto, que os estímulos precisarão ser feitos sem oneração ao Tesouro Nacional, para que se cumpra o ajuste nas contas públicas neste ano.

Semana passada, Barbosa se reuniu com bancos públicos e privados para discutir medidas de incentivo ao crédito.

O líder da Fazenda tem defendido que os setores da construção civil, infraestrutura e agronegócio sejam foco prioritário das linhas de financiamento.

"As áreas mencionadas pelo ministro me parecem ser as mais adequadas nesse momento para serem foco de incentivo. Pois, elas têm relação com o desenvolvimento da oferta, algo que não feito no País na última década. Pelo contrário. Foi dado incentivo em massa ao consumo", afirma o professor da ESPM.

Fernandes acrescenta que a falta de investimentos na oferta provocou uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil, que saiu de cerca de 4% em 2010 para 2% em 2015.

O PIB potencial é a capacidade que o País tem

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As sinalizações do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, apontam para uma retomada, ainda que tímida, do estímulo ao crédito pelo lado dos investimentos, diferentemente do que ocorreu na última década, com o incentivo ao consumo.

A avaliação é do professor de economia da ESPM, Orlando Assunção Fernandes, que pondera, entretanto, que os estímulos precisarão ser feitos sem oneração ao Tesouro Nacional, para que se cumpra o ajuste nas contas públicas neste ano.

Semana passada, Barbosa se reuniu com bancos públicos e privados para discutir medidas de incentivo ao crédito.

O líder da Fazenda tem defendido que os setores da construção civil, infraestrutura e agronegócio sejam foco prioritário das linhas de financiamento.

"As áreas mencionadas pelo ministro me parecem ser as mais adequadas nesse momento para serem foco de incentivo. Pois, elas têm relação com o desenvolvimento da oferta, algo que não feito no País na última década. Pelo contrário. Foi dado incentivo em massa ao consumo", afirma o professor da ESPM.

Fernandes acrescenta que a falta de investimentos na oferta provocou uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil, que saiu de cerca de 4% em 2010 para 2% em 2015.

O PIB potencial é a capacidade que o País tem de crescer sem provocar pressões inflacionárias.

"Investir em infraestrutura e construção civil é uma forma de desenvolver a capacidade produtiva para que, quando a demanda for retomada, não ocorra pressões inflacionárias. Você equilibra produção com consumo. Já o crédito ao setor agrícola é importante para alavancar o segmento exportador, que já está se beneficiando com o patamar do câmbio".

Já Francisco Olivieri, professor de administração do Instituto Mauá de tecnologia (ITM), é crítico ao caminho sinalizado por Barbosa.

Na avaliação dele, o ministro indica que dará continuidade à política de incentivos setoriais dos três governos anteriores.

"Direcionar crédito traz desequilíbrios para a economia, pois alguns setores, nesse modelo, se desenvolvem menos que outros. O ideal é criar linhas de crédito de inovação para segmentos com potencial de agregar valor à economia", analisa Olivieri.

 

 

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