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BNDES financia 18% das obras públicas

O banco pode financiar até 80% do valor total de uma obra feita por empreiteiras brasileiras em países do continente

Valor Econômico

09/12/2005 00h13 | Atualizada em 16/12/2015 11h52

O Brasil, por meio do BNDES, detém hoje 18% do mercado latino-americano de financiamento de grandes obras públicas, ficando atrás apenas da Espanha, com cerca de 30% do volume de empréstimos de infraestrutura aos países da região.

Mas, a posição brasileira de vice-liderança está sendo ameaçada pela China, hoje com 15%. O crescimento chinês vem sendo bancado por estratégias e condições agressivas.

O país pode perder a segunda colocação também como efeito secundário da diminuição de negócios das empreiteiras nacionais em decorrência da Operação Lava-Jato.

Os financiamentos do BNDES a obras realizadas no exterior por empresas brasileiras não representam mais do que 1,5% dos desembolsos totais do banco, de R$ 105,5 bilhões entre janeiro e outubro deste ano.

"É um equívoco imaginar que o banco deixa de investir na infraestrutura doméstica para destinar recursos a obras no exterior", afirma Luciene Machado, superintendente da área de comércio exterior do BNDES.

O aporte externo, feito em dólares ao contratante internacional para que compre serviços e equipamentos de empresas brasileiras, é considerado marginal em face do montante direcionado ao financiamento da infraestrutura interna, que, no acumulado de 2015, na casa de R$ 40,8 bilhões, equi

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O Brasil, por meio do BNDES, detém hoje 18% do mercado latino-americano de financiamento de grandes obras públicas, ficando atrás apenas da Espanha, com cerca de 30% do volume de empréstimos de infraestrutura aos países da região.

Mas, a posição brasileira de vice-liderança está sendo ameaçada pela China, hoje com 15%. O crescimento chinês vem sendo bancado por estratégias e condições agressivas.

O país pode perder a segunda colocação também como efeito secundário da diminuição de negócios das empreiteiras nacionais em decorrência da Operação Lava-Jato.

Os financiamentos do BNDES a obras realizadas no exterior por empresas brasileiras não representam mais do que 1,5% dos desembolsos totais do banco, de R$ 105,5 bilhões entre janeiro e outubro deste ano.

"É um equívoco imaginar que o banco deixa de investir na infraestrutura doméstica para destinar recursos a obras no exterior", afirma Luciene Machado, superintendente da área de comércio exterior do BNDES.

O aporte externo, feito em dólares ao contratante internacional para que compre serviços e equipamentos de empresas brasileiras, é considerado marginal em face do montante direcionado ao financiamento da infraestrutura interna, que, no acumulado de 2015, na casa de R$ 40,8 bilhões, equivaleu a 39% dos desembolsos totais.

A atividade externa da instituição gera receita e empregos internos. O BNDES só concede o crédito se o contratante adquirir bens produzidos no Brasil.

O conteúdo nacional, fornecido por cerca de 3.750 empresas, das quais 2.800 de pequeno e médio porte, representa em média 30% do valor da obra.

O banco pode financiar até 80% do valor total de uma obra feita por empreiteiras brasileiras em países do continente, mas, de 2007 para cá, a média dos contratos situa-se em 48%.

E, pela legislação, não pode bancar os custos de insumos adquiridos no país recebedor do projeto. Trata-se de uma desvantagem frente à concorrência internacional.

A líder Espanha, além de praticar juros menores que os do BNDES, pode financiar 100% do empreendimento além de arcar com 30% das despesas com a compra de equipamentos e produtos do país hospedeiro.

Enquanto os financiamentos brasileiros custam a variação da Libor mais um spread médio de 2,6%, o juro espanhol acima da taxa interbancário de Londres não vai além de 1,4%.

"As taxas do BNDES são similares ou estão em patamar mais alto que as praticadas pelos países da OCDE, de onde vem uma parcela importante das agências de crédito à exportação que competem conosco no mercado internacional", diz Luciene.

 

 

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