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Fabricantes de material de base terão faturamento 10% menor em 2015

Com a queda generalizada em todos os segmentos da construção civil, fabricantes de material de base terão mais um ano de retração

DCI

25/11/2015 13h53 | Atualizada em 03/12/2015 17h15

Fabricantes de material de construção de base amargam um ano de baixa demanda e elevado índice de demissões.

Com queda do faturamento estimada em 10,5% para 2015, o segmento só deve começar a esboçar uma retomada no segundo semestre de 2016.

"O baixo nível de confiança das famílias, obras de infraestrutura paradas e o desempenho ruim do Minha Casa Minha Vida impactaram de forma acentuada as vendas da indústria de base", afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

Segundo Cover, a retração das vendas dos fabricantes às construtoras chega a 13% no ano, e no varejo o recuo atingiu 7%. "A percepção de renda do brasileiro está muito ruim, afetada pela inflação alta, e o desemprego tem afetado a decisão de reformar ou comprar uma casa", destaca.

Dados preliminares do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) mostram que as vendas do insumo acumulam baixa de 8,4% até outubro.

O maior player do mercado doméstico, a Votorantim, informou na segunda-feira o recuo de 6% na venda de cimento no terceiro trimestre sobre um ano antes.

Já no negócio de aço a gigante brasileira registrou crescimento das vendas impul

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Fabricantes de material de construção de base amargam um ano de baixa demanda e elevado índice de demissões.

Com queda do faturamento estimada em 10,5% para 2015, o segmento só deve começar a esboçar uma retomada no segundo semestre de 2016.

"O baixo nível de confiança das famílias, obras de infraestrutura paradas e o desempenho ruim do Minha Casa Minha Vida impactaram de forma acentuada as vendas da indústria de base", afirma Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

Segundo Cover, a retração das vendas dos fabricantes às construtoras chega a 13% no ano, e no varejo o recuo atingiu 7%. "A percepção de renda do brasileiro está muito ruim, afetada pela inflação alta, e o desemprego tem afetado a decisão de reformar ou comprar uma casa", destaca.

Dados preliminares do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) mostram que as vendas do insumo acumulam baixa de 8,4% até outubro.

O maior player do mercado doméstico, a Votorantim, informou na segunda-feira o recuo de 6% na venda de cimento no terceiro trimestre sobre um ano antes.

Já no negócio de aço a gigante brasileira registrou crescimento das vendas impulsionado pelo mercado externo. "O segmento de vergalhões anda muito mal, agravado pelo aumento significativo das importações", complementa Cover.

O dirigente lembra que o boom do mercado imobiliário, ocorrido em meados de 2011 a 2012, resultou em aumento da demanda para os fabricantes de materiais de base nos 18 meses seguintes. Após esse período, o segmento passou a enfrentar queda significativa das vendas. "O ritmo de obras do mercado imobiliário caiu muito", pondera o presidente da Abramat.

De acordo com o Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Estado do Rio Grande do Sul (Sindibritas), a queda média do faturamento do setor na região deve ficar entre 30% a 40%, dependendo do tipo de material.

"Não há cenário possível de alento no curto e médio prazo", observa o presidente da entidade, Pedro Reginato.

Ele conta que diversas empresas do setor estão em dificuldades, principalmente pequenas e médias e, no segmento de construção pesada (que atende, em sua maioria, obras de estradas e infraestrutura) a situação é ainda pior. "Somente 10% das empresas estão conseguindo honrar com seus compromissos", revela.

Reginato conta que nos segmentos de construção civil (moradias) e de pavimentação, as mineradoras demitiram cerca de 20 mil funcionários só neste ano.

"O alto índice de desemprego, a falta de crédito e o baixo nível de confiança do consumidor derrubaram o nosso mercado." Reginato destaca que o endurecimento das regras do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também impactou bastante o setor da construção civil. "O crédito, em geral, está escasso e caro, paralisando ainda mais os negócios."

Reginato afirma que, para enfrentar a crise que se instalou no setor, as empresas estão cortando custos ao máximo, além da redução no quadro de funcionários.

Para 2016, Reginato está mais cético. "Não vamos recuperar o ano perdido de 2015. O que pode trazer algum alento em 2016 são as eleições municipais, mas longe de uma recuperação consistente", observa.

De acordo com a Abramat, o segmento de infraestrutura representa 18% das vendas de materiais da indústria. "O governo deve voltar a alavancar as concessões, o que vai ser positivo para os materiais de base", acredita Cover.

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