De acordo com Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) há uma lista grande de negociações envolvendo o lançamento de debêntures de infraestrutura para o ano que vem e que o valor total pode chegar a R$ 10 bilhões.

A previsão é que o valor seja de R$ 4,5 bilhões ao final do ano. Para chegar a essa meta, o banco de fomento público pode atuar como comprador de fatias dessas emissões, desde que essas atendam a parâmetros de qualidade que o BNDES irá avaliar.

Além disso, a emissão contará com as mesmas garantias que o BNDES oferece em suas concessões de financiamentos. "Queremos mostrar ao mercado que, além de compartilhar as garantias, também acreditamos na emissão, e a apoiamos", diz.

O presidente do BNDES afirma ainda que entre as possibilidades na renda fixa privada ligada a projetos de infraestrutura de longo prazo é onde o banco aposta suas chances.

A instituição pretende, inclusive, criar facilidades para que as empresas que tomem crédito junto a ela, se concordarem, emitam debêntures de longo prazo.

“Para essas empresas, tornaremos o sistema de amortização mais confortável, de modo a abrir espaço para essas emissões de longo prazo", diz. "E compartilharemos garantias (do financiamento) em pé de igualdade para as debêntures".

Para Coutinho, essas condições permitirão ao investidor que comprar os papéis de dívida privada ter mais segurança, uma vez que a garantia do negócio é a mesma que o BNDES dá aos créditos que concede.