Com a perspectiva de que a produção de soja, trigo, milho e girassol dobre na próxima década na Argentina, representantes do segmento de transporte de carga na Argentina alertam para a incapacidade de o atual sistema de transporte dar conta desse crescimento nos próximos anos.

Para Daniel Indart, presidente da Fadeeac, federação que representa o transporte de cargas na Argentina, não há projetos de obras de infraestrutura viária, apesar de os caminhões serem responsáveis por 93% da carga transportada no país.

“Estimativas indicam que a produção argentina de grãos poderá somar 130 milhões de toneladas em 2020”, afirma.

Apesar de as principais rodovias nacionais serem pavimentadas (40 mil km no total), explica Miguel Salvia, o presidente da Associação Argentina de Estradas, há nas regiões interioranas 190 mil km de vias, das quais apenas 22% são asfaltadas.

"As regiões rurais tem mais 400 mil km de caminhos que, na maioria, são de terra", diz Salvia.

Na área fluvial, os empresários da área alertam para a necessidade de ampliar os terminais portuários para que eles possam receber embarcações de calado grande.