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Consumo de máquinas segue cauteloso

No entanto, o primeiro semestre do ano deve garantir um bom desempenho em 2013

Valor Econômico

09/10/2013 09h01 | Atualizada em 09/10/2013 14h22

Segundo economistas, a deterioração da confiança dos empresários, a volatilidade cambial e o esgotamento do impacto de incentivos e das safras agrícolas levaram a uma retração do consumo aparente de bens de capital até agosto, o que aponta para queda, ou ao menos perda de força, da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) entre o segundo e o terceiro trimestres.

Para analistas, mesmo com os juros reais ainda negativos das linhas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), do BNDES, a produção nacional de máquinas e equipamentos (descontada a exportação) somada à importação desses bens caiu entre 2% e 4% na média de julho e agosto em relação à média do segundo trimestre, feito o ajuste sazonal.

Já as projeções preliminares para a evolução dos investimentos dentro do PIB nos três meses até setembro - para o qual dados do consumo interno de máquinas ainda não são conhecidos - vão de relativa estabilidade, com possível recuo, até uma queda de 5,2%.

Na média do trimestre terminado em agosto ante os três meses encerrados em maio, segundo Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, estima que o consumo aparente de bens de capital caiu 0,7%, mesma estimativa para a evolução da for

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Segundo economistas, a deterioração da confiança dos empresários, a volatilidade cambial e o esgotamento do impacto de incentivos e das safras agrícolas levaram a uma retração do consumo aparente de bens de capital até agosto, o que aponta para queda, ou ao menos perda de força, da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil) entre o segundo e o terceiro trimestres.

Para analistas, mesmo com os juros reais ainda negativos das linhas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), do BNDES, a produção nacional de máquinas e equipamentos (descontada a exportação) somada à importação desses bens caiu entre 2% e 4% na média de julho e agosto em relação à média do segundo trimestre, feito o ajuste sazonal.

Já as projeções preliminares para a evolução dos investimentos dentro do PIB nos três meses até setembro - para o qual dados do consumo interno de máquinas ainda não são conhecidos - vão de relativa estabilidade, com possível recuo, até uma queda de 5,2%.

Na média do trimestre terminado em agosto ante os três meses encerrados em maio, segundo Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco, estima que o consumo aparente de bens de capital caiu 0,7%, mesma estimativa para a evolução da formação de capital físico no período.

Segundo Bicalho, a absorção doméstica de máquinas tem mostrado forte volatilidade devido ao impacto de exportações contábeis de plataformas de petróleo. No entanto, após o pico observado em abril, estes dados perderam fôlego nos últimos dois meses e, em agosto, ficaram em nível 3% abaixo do que o registrado no quarto mês do ano.

Para o sócio e economista da JGP Gestão de Recursos, Fernando Rocha, é possível que o mês de setembro devolva uma parte da queda de 4% do consumo aparente de máquinas na média de julho e agosto sobre a média do segundo trimestre, de acordo com suas estimativas.

Mesmo assim, dificilmente os investimentos devem acumular variação positiva no terceiro trimestre. Ele observa que, na composição de seu cálculo, a produção nacional excluindo-se as vendas externas ficou praticamente estável, enquanto o volume de desembarques de bens de capital caiu 7%.

Já Rodrigo Baggi, analista de bens de capital da Tendências Consultoria, aponta que a produção doméstica de veículos pesados e máquinas agrícolas foi responsável por mais da metade da alta de 14% da fabricação de bens de capital entre janeiro e junho sobre o mesmo período de 2012, mas, em agosto, a contribuição desses segmentos já se reduziu a menos de 30%.

Mesmo com perspectivas mais desfavoráveis para a evolução dos investimentos no segundo semestre, economistas continuam contando com uma boa performance da FBCF na média de 2013.

Com a herança estatística deixada pelo desempenho expressivo da absorção de bens de capital já observado no primeiro semestre, a expectativa de analistas é que a formação de capital físico avance entre 4% e 7% ante 2012. Assim, a FBCF deve crescer bem acima do Produto Interno Bruto (PIB), que, de acordo com o consenso de mercado, terá expansão de 2,4% este ano.

De janeiro a junho, a produção de bens de capital saltou 14% sobre igual período do ano passado, enquanto o volume importado desses itens cresceu 4,8%. Já os investimentos dentro do PIB aumentaram 6% na mesma ordem.


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