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Concessões exigirão importação de asfalto

Demanda por asfalto, em 2013, fica em torno de 3 milhões de toneladas

Valor Econômico

18/09/2013 08h47 | Atualizada em 18/09/2013 12h01

De acordo com a avaliação da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), instituição que reúne 17 das 24 distribuidoras de asfalto do país e responde por 95% do mercado nacional de distribuição do insumo, o Brasil caminhará para se transformar em um importador contínuo e crescente de asfalto.

Segundo a Abeda, isso acontecerá se tudo sair como está desenhado no plano de concessões do governo, com os leilões de nove estradas federais realizados ainda neste ano e o consequente início de todas as obras em 2014, sendo colocada à prova a capacidade do país de atender a oferta de asfalto.

"Nós estamos margeando o desabastecimento. Se nada for feito, chegaremos inevitavelmente a essa situação. O país não tem condições estruturais de atender a demanda futura", diz Carlos Guilherme do Rego, presidente da Abeda.

Uma combinação de fatores explica o risco que ameaça a oferta de asfalto, afirma o presidente da Abeda. De um lado, está a forte demanda pelo insumo projetada para os próximos anos, pois pelas regras dos editais de concessão, todas as rodovias terão de ser obrigatoriamente duplicadas nos primeiros cinco anos de contrato, exigência que mais preocupa a iniciativa privada

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De acordo com a avaliação da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), instituição que reúne 17 das 24 distribuidoras de asfalto do país e responde por 95% do mercado nacional de distribuição do insumo, o Brasil caminhará para se transformar em um importador contínuo e crescente de asfalto.

Segundo a Abeda, isso acontecerá se tudo sair como está desenhado no plano de concessões do governo, com os leilões de nove estradas federais realizados ainda neste ano e o consequente início de todas as obras em 2014, sendo colocada à prova a capacidade do país de atender a oferta de asfalto.

"Nós estamos margeando o desabastecimento. Se nada for feito, chegaremos inevitavelmente a essa situação. O país não tem condições estruturais de atender a demanda futura", diz Carlos Guilherme do Rego, presidente da Abeda.

Uma combinação de fatores explica o risco que ameaça a oferta de asfalto, afirma o presidente da Abeda. De um lado, está a forte demanda pelo insumo projetada para os próximos anos, pois pelas regras dos editais de concessão, todas as rodovias terão de ser obrigatoriamente duplicadas nos primeiros cinco anos de contrato, exigência que mais preocupa a iniciativa privada.

A estimativa dos distribuidores de asfalto é de que a taxa anual de crescimento fique em torno de 20% entre 2014 e 2015, depois de crescimento marginal nos últimos anos.

Do lado do abastecimento, as limitações são industriais. O asfalto é, basicamente, subproduto do refino de petróleo, um resíduo aplicado no solo, após passar por um processo de beneficiamento.

Segundo presidente da Abeda, como o país passou 30 anos sem investir em refinarias, sua produção ficou restrita às plantas que já existem - um total de oito refinarias -, sendo que a maior parte delas está localizada nas regiões sul e sudeste.

De acordo com Rego, a oferta do insumo é praticamente um monopólio da Petrobras, que é dona das refinarias.

No ano passado, quando a demanda por asfalto movimentou 2,8 mil ton, a importação da Petrobras chegou a 4,6% do total, com a entrada de 103,7 mil m cúbicos do produto no país.

Em 2010, a estatal chegou a importar mais que o dobro disso - 249,9 mil m² - por conta da aceleração de projetos de pavimentação no país.

A preocupação com o abastecimento de asfalto no país levou instituições do setor a criar um fórum permanente para discutir medidas que evitem o desabastecimento nacional.

Reuniões estão previstas para ocorrer em Brasília, com a presença de representantes do governo e associações ligadas a construção e concessões de rodovias.

 

 

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