Segundo dados da Anfir, a indústria de implementos rodoviários chegou ao sétimo mês de produção de 2013 com o ritmo de recuperação consolidado.

Na soma dos dois segmentos – Leve e Pesado – as empresas produziram e venderam 100.349 unidades, ante 95.196 produtos no mesmo período de 2012, registrando aumento de 5,41%.

Porém, as duas faixas de mercado seguem uma com resultado positivo (Pesado) e a outra (Leve) ainda abaixo do desempenho de 2012. A razão é o acesso ao crédito por parte dos clientes da indústria de implementos rodoviários.

No Segmento Pesado (Reboques e Semirreboques) o total vendido ao mercado de janeiro a julho desse ano foi de 38.766 unidades. Isso representa crescimento de quase um terço (29,97%) do total apurado no mesmo período de 2012.

Já o Segmento Leve (Carrocerias sobre Chassi) emplacou 61.583 produtos de janeiro a julho, ante 65.369 unidades no mesmo período de 2012. Isso significa um resultado 5,79% abaixo na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os fatores que impulsionam os negócios dos clientes dos dois segmentos são distintos e complementares, afirma a Anfir. O setor Pesado é fortemente impulsionado pela safra (que foi recorde em 2013), pelas obras de construção civil e pela produção industrial de todo tipo de bem que precisa ser entregue em sua maioria por rodovia.

Já o segmento Leve está voltado em sua maioria, para o atendimento ao setor de serviços, como distribuição de mercadorias, operando majoritariamente em ambientes urbanos e até metropolitanos.

Há um programa oficial de crédito para aquisição de produtos – o PSI Finame – que opera com taxas fixas por semestre permitindo previsibilidade e planejamento a todo o mercado.

Porém, de acordo com Alcides Braga, presidente da ANFIR, o PSI Finame tem efeitos distintos em cada segmento. Enquanto para os clientes de produtos como Reboques e Semirreboques o programa do BNDES é o sustentáculo para compra dos bens, no setor de Carrocerias sobre Chassis isso não acontece.

A diferença está no perfil do cliente de implemento rodoviário. Enquanto no segmento Pesado a totalidade é de empresas de médio e grande porte, no setor de Carrocerias sobre Chassis os clientes se caracterizam por serem, em sua maioria de pequeno porte, com não raros casos de empreendedores autônomos.

“Seria interessante que o banco desenvolvesse uma linha diferenciada para atender a uma massa de empresários que está cada vez mais expressiva na economia brasileira: os micros e pequenos empresários e os empreendedores individuais” diz