Mesmo com o registro de alta do faturamento em maio na comparação com o mês anterior, o setor de bens de capital mecânico continua com suas margens pressionadas, de acordo com a Abimaq.

Para Luiz Aubert Neto, presidente da Associação, o setor não tem demitido, porém, no acumulado do ano, o faturamento continua abaixo do registrado no mesmo período de 2012.

Em maio deste ano, houve uma pequena queda do nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) em relação ao mês anterior, de 0,3%, atingindo o patamar de 74%. Na média do ano, o Nuci ainda é o menor registrado pela Abimaq, de 72,6%.

No segmento de máquinas sob encomenda - que abrange majoritariamente bens de capital mecânico destinados às obras de infraestrutura e óleo e gás - a situação é ainda mais difícil.

Segundo a Abimaq, o Nuci das empresas deste segmento chegou a atingir 65% nos últimos meses, mas agora gira em torno de 70%, índice ainda abaixo da média da indústria de máquinas.

Para Mario Bernardini, diretor de competitividade da Abimaq, o BNDES divulgou que os desembolsos para bens de capital aumentaram 87% de janeiro a maio em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 28 bilhões, mas, mesmo assim, em valores, o Brasil está comprando o mesmo que em 2008, ou seja, o país não está investindo o quanto deveria.