Segundo Carlos Hernández, diretor da JCB para América Latina, fabricante inglesa de máquinas para construção, os clientes agrícolas da empresa já respondem por 15% das vendas globais.

“Há cinco anos, representavam 10%. No Brasil, contudo, o setor representa menos de 3% das vendas da multinacional inglesa”, diz.

Para reverter esse quadro, explica Hernández, a empresa traçou um plano de ação para o mercado brasileiro que começou a ser executado este ano, trazendo para o Brasil, pela primeira vez, um produto específico para o uso no campo o manipulador telescópico.

O manipulador telescópico, de dimensões menores que o equipamento tradicionalmente na construção civil, foi desenhado especificamente para movimentação de cargas em fazendas, relata Hernández.

De acordo com o diretor da JCB para a América Latina, por enquanto, essa máquina será importada, mas, dependendo da aceitação, a empresa estudará fabricá-la localmente, na unidade de Sorocaba (SP).

Além do produto direcionado, a companhia está reforçando a estratégia de vendas dos próprios equipamentos de construção para a clientela agrícola, investindo até o momento entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão em ações como participação de feiras do setor.

A empresa decidiu também abrir um departamento na divisão América Latina para cuidar das vendas do setor. Outra ajuda virá dos distribuidores, sendo que dos 17 representantes da JCB no país, quatro já vendem linhas agrícolas de outras marcas e usarão essa expertise para vender os equipamentos da inglesa para os produtores brasileiros.

Segundo dados da empresa, ano passado, a JCB faturou globalmente 2,7 bilhões de libras (R$ 8,2 bilhões). No Brasil o faturamento foi de cerca de R$ 700 milhões, impulsionado por uma grande venda de R$ 200 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Neste ano, estima Hernández, o resultado deve vir em linha com 2012, já que a empresa vendeu outro grande de lote de máquinas para o MDA, que superará R$ 130 milhões.