A Abimaq, baseada no freio nas encomendas da mineração, resultado negativo relacionado às medidas recentes do governo federal para reanimar a produção industrial, realizou campanha no início do mês de abril, em Minas Gerais, pela desoneração do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na cadeia produtiva do setor.

O principal apelo do movimento, já lançado em São Paulo e no Rio Grande do Sul, ao governo e ao Legislativo mineiro está na queda da participação das fábricas do estado no bolo nacional da atividade.

Considerada a terceira maior economia do Brasil, Minas detém 5,8% do parque de máquinas e equipamentos, de acordo com o levantamento mais recente de 2010 do IBGE, ante 6,6% em 2008, ano em que estourou a crise financeira mundial.

A produção mineira pode estar sofrendo mais que a média da indústria pelo fato de atender encomendas muito concentradas em segmentos de clientes com grande peso na produção de bens no estado, como a siderurgia e a mineração, setores que têm enfrentado redução de investimentos, em consequência da crise financeira na Europa e Estados Unidos, destaca o diretor-secretário da Abimaq, Carlos Pastoriza.

Na contramão dos dados recentes do IBGE apontando a queda da produção da indústria em fevereiro – de 2,5% na média nacional e 11,1% em Minas , a demanda de aço da indústria automotiva e da construção civil mantém acima de 90% o ritmo de produção das usinas da ArcelorMittal Aços Longos, informa Augusto Espeschit de Almeida, presidente da companhia para a América do Sul,

O resultado ainda preliminar do primeiro trimestre, explica Almeida, indica recuperação dos pedidos dos fabricantes de ônibus, caminhões leves e pesados, de implementos agrícolas e aquecimento da construção civil.