O mercado de plataformas está em amplo crescimento e cada vez mais os profissionais estão despreparados, tanto o operador, quanto o gerente e o encarregado para executar de forma correta e segura esses equipamentos.

Tendo como base este cenário, a Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração realizou o Sobratema Workshop 2013 Movimentação Vertical e Trabalhos em Altura no dia 3 de abril, em São Paulo.

O evento, que contou com a presença de 172 pessoas, segundo Wilson de Mello Jr. diretor Instituto OPUS, programa da Sobratema responsável pela formação e capacitação de profissionais do segmento de construção e mineração, teve como objetivo compartilhar com os profissionais as atividades que devem ser planejadas, executadas, organizadas por pessoas capacitadas neste segmento.

“É preciso alertar sobre as responsabilidades de todos os empregadores e como os trabalhadores devem se comportar para a redução de acidentes, enfatizando a necessidade do cumprimento da legislação que existe especificamente para essa finalidade”, afirma.

Cerca de 50% dos acidentes em trabalhos em altura estão relacionados, especialmente a queda, ou de pessoas, ou de objetos, principalmente em construção leve, explica Antônio Pereira, auditor fiscal do Trabalho da SRTE-SP e coordenador do Programa Estadual da Construção de São Paulo em palestra realizada no Sobratema Workshop 2013.

Outro fator agravante relacionado a acidentes é o excesso de horas extras realizadas pelos trabalhadores, afirma Pereira. Os profissionais praticam entre 60 a 80 horas de trabalhos contínuos, fator este que contribuí para acidentes e problemas nas obras.

“Essa jornada excessiva dos funcionários mostra que alguma coisa errada aconteceu, especialmente no planejamento”, comenta.

Antonio Barbosa, gerente nacional do IPAF – International Powered Access Federation, apresentou sobre as plataformas de trabalho aéreo (PTAs)) e a importância delas como um método seguro de acesso temporário para trabalhos em altura, desde que usadas da forma correta.

De acordo com o gerente nacional do IPAF, as plataformas aéreas têm controles simples e são fáceis de manusear, são seguras, mas, nas mãos de profissionais não capacitados podem oferecer perigo, por isso, para operar uma PTA é necessário um treinamento adequado e profissional.

Mercado

O mercado de plataformas aéreas está em ascensão no país, chegando a movimentar cerca de US$ 300 milhões por ano.

Segundo informações apresentadas por Raphael Cardoso, diretor do segmento de plataformas aéreas e Telehandlers para a América Latina na Terex durante o workshop, esse crescimento pode ser acompanhado ao longo dos anos, desde 2002, em que foi registrada a entrada no país de 80 unidades, passando para 2.950 em 2008 a 6.035 novos equipamentos em 2012.

Para o ano de 2013, a expectativa é que entre mais de 6.500 plataformas no mercado brasileiro. “E, estamos otimistas para alcançarmos estes números, pois, somente nos meses de janeiro e fevereiro, entraram no país 1.600 equipamentos”, diz. Atualmente o Brasil conta com 22 mil plataformas em atuação.

Outros produtoss apresentados para serem utilizados em transporte de cargas e pessoas em alturas elevadas são os elevadores de cremalheira.

Caio Melo, diretor técnico da Montarte, mostrou um estudo comparativo entre elevadores de cremalheira e elevadores cabo de aço, abordando sobre os benefícios do primeiro, sendo mais produtivo e eficiente.