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Venda de caminhões desaba

Fabricantes seguem adotando medidas de corte de produção

O Estado de S.Paulo

19/06/2012 12h49 | Atualizada em 20/06/2012 13h53

Em 2011, confiantes de que haveria uma corrida às concessionárias todas as montadoras reforçaram estoques a partir de junho. Com isso, a produção do setor bateu recorde, com 216,2 mil caminhões, 13,9% mais que no ano anterior. As vendas também foram as melhores da história, atingindo 172,9 mil unidades, alta de 9,6% ante 2010.

De fato, houve antecipação de compras, mas abaixo do esperado. “As empresas acreditavam que os estoques do Euro 3 durariam até março, mas já estamos em junho e ainda tem muito caminhão na rede”, afirma Arnaldo Brazil, da consultoria MSX International. As montadoras informam ter estoques para 60 dias de vendas nos seus pátios e nas concessionárias, o dobro do considerado normal.

O erro estratégico das montadoras veio junto com a incapacidade da Petrobras de garantir amplo abastecimento do novo combustível usado nos caminhões Euro 5, o S-50. E ainda cruzou pelo caminho com a desaceleração da economia, que retraiu encomendas da indústria, do comércio e do segmento agrícola.

O resultado é uma queda de 12,5% nas vendas deste ano (para 59,6 mil caminhões) e de 32,8% na produção (para 54,1 mil unidades) em comparação aos primeiros cinco meses de 2011.

O cenário para 2012 é de continuidade da retração, mesmo após o governo ter ado

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Em 2011, confiantes de que haveria uma corrida às concessionárias todas as montadoras reforçaram estoques a partir de junho. Com isso, a produção do setor bateu recorde, com 216,2 mil caminhões, 13,9% mais que no ano anterior. As vendas também foram as melhores da história, atingindo 172,9 mil unidades, alta de 9,6% ante 2010.

De fato, houve antecipação de compras, mas abaixo do esperado. “As empresas acreditavam que os estoques do Euro 3 durariam até março, mas já estamos em junho e ainda tem muito caminhão na rede”, afirma Arnaldo Brazil, da consultoria MSX International. As montadoras informam ter estoques para 60 dias de vendas nos seus pátios e nas concessionárias, o dobro do considerado normal.

O erro estratégico das montadoras veio junto com a incapacidade da Petrobras de garantir amplo abastecimento do novo combustível usado nos caminhões Euro 5, o S-50. E ainda cruzou pelo caminho com a desaceleração da economia, que retraiu encomendas da indústria, do comércio e do segmento agrícola.

O resultado é uma queda de 12,5% nas vendas deste ano (para 59,6 mil caminhões) e de 32,8% na produção (para 54,1 mil unidades) em comparação aos primeiros cinco meses de 2011.

O cenário para 2012 é de continuidade da retração, mesmo após o governo ter adotado medidas de incentivo, como a redução da taxa de juros para financiamentos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os mais otimistas, como o presidente da MAN/Volkswagen, Roberto Cortes, projetam queda de 8% a 10% nas vendas totais do mercado este ano. Oswaldo Jardim, da Ford, trabalha com redução de 15% a 20% nas vendas e de 30% a 40% na produção.

Diante desse quadro, fabricantes e seus fornecedores de peças seguem adotando medidas de corte de produção. A Ford, que desde janeiro opera quatro dias por semana na fábrica de São Bernardo do Campo, vai dar mais duas semanas de férias coletivas no fim deste mês. Em 2011, a montadora chegou a produzir 23 caminhões por hora. Hoje, fabrica 16,5. No início da semana, a Mercedes-Benz iniciou um período de cinco meses de licença temporária (lay-off) para um grupo de 1,5 mil funcionários. É a primeira vez que a montadora adota essa medida.

Na Europa e nos Estados Unidos, a mudança, promovida há alguns anos, também resultou em queda temporária de negócios, mas em proporções bem menores que no Brasil.

 

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