A partir de 30 de junho, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) dará início à instalação da "placa eletrônica" em 70 milhões de veículos. Pelas regras do órgão, que é vinculado ao Ministério das Cidades, além de carros de passeio, motos, ônibus, caminhões e tratores, o uso será obrigatório também para veículos especiais.

Sob responsabilidade do Detran de cada Estado, a colagem do chip – que fica preso a uma etiqueta – será feita no para-brisa dos veículos. Cada órgão estadual terá liberdade para estabelecer seu cronograma de instalação e definir o modo como esse trabalho será feito, mas o Denatran vai exigir que, até junho de 2014, todos os veículos do país estejam com a etiqueta.

Uma vez instalado o chip, o veículo terá seus dados captados por meio de um sinal de radiofrequência, mesma tecnologia usada no serviço de pedágio Sem-Parar. Dos veículos que estiverem em situação regular, o Denatran vai guardar o número da placa, o modelo, o ano e a cor do veículo. Esses dados ficarão disponíveis por até dez dias e, após esse prazo, serão automaticamente apagados. Veículos com algum tipo de restrição informarão também o problema identificado, após o que será dado um alerta nacional e as informações guardadas enquanto o problema não for solucionado.

"É o veículo que interessa, não a pessoa", diz Roberto Craveiro Rodrigues, coordenador-geral de informatização e estatística do Denatran. "O Estado não é dono da informação. Ele é apenas seu fiel depositário. A informação é sua, seu nome lhe pertence. Perseguimos isso o tempo todo para elaborar esse projeto."

Segundo o governo, com a "placa eletrônica" será possível melhorar a gestão do tráfego, a fiscalização dos veículos e a segurança da população.