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MPE montará trens para monotrilho

Valor Econômico

24/08/2011 14h54 | Atualizada em 24/08/2011 18h06

O grupo brasileiro MPE e a empresa Scomi, da Malásia, estão apostando no avanço do sistema de transporte por monotrilho para a produção de material ferroviário no Brasil. As duas companhias vão construir uma fábrica no Rio para produzir 24 trens destinados à linha 17 do Metrô se São Paulo, em um contrato de R$ 1,35 bilhão. Essa linha adotará o conceito de monotrilho, um sistema de transporte baseado em vias elevadas.

A MPE vai aproveitar uma área de 50 mil metros quadrados que tem no distrito industrial da zona oeste do Rio, às margens da Avenida Brasil, principal acesso rodoviário à cidade, para instalar a fábrica. A empresa pretende reformar e ampliar os galpões existentes no local. O investimento para instalar a primeira linha de montagem será de R$ 15 milhões, número que poderá aumentar em 66%, chegando a R$ 25 milhões, dependendo da demanda do mercado por sistema monotrilhos. A Scomi e MPE estão envolvidas em outro consórcio para implantar esse sistema de transporte em Manaus (AM).

A unidade vai produzir as "caixas" de alumínio dos carros dos monotrilhos e também poderá fazer a integração dos demais equipamentos que compõem o trem. Inicialmente, o veículo terá um índice de nacionalização de 30%,

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O grupo brasileiro MPE e a empresa Scomi, da Malásia, estão apostando no avanço do sistema de transporte por monotrilho para a produção de material ferroviário no Brasil. As duas companhias vão construir uma fábrica no Rio para produzir 24 trens destinados à linha 17 do Metrô se São Paulo, em um contrato de R$ 1,35 bilhão. Essa linha adotará o conceito de monotrilho, um sistema de transporte baseado em vias elevadas.

A MPE vai aproveitar uma área de 50 mil metros quadrados que tem no distrito industrial da zona oeste do Rio, às margens da Avenida Brasil, principal acesso rodoviário à cidade, para instalar a fábrica. A empresa pretende reformar e ampliar os galpões existentes no local. O investimento para instalar a primeira linha de montagem será de R$ 15 milhões, número que poderá aumentar em 66%, chegando a R$ 25 milhões, dependendo da demanda do mercado por sistema monotrilhos. A Scomi e MPE estão envolvidas em outro consórcio para implantar esse sistema de transporte em Manaus (AM).

A unidade vai produzir as "caixas" de alumínio dos carros dos monotrilhos e também poderá fazer a integração dos demais equipamentos que compõem o trem. Inicialmente, o veículo terá um índice de nacionalização de 30%, chegando posteriormente a 60%. A empresa não descarta a possibilidade de terminar a integração industrial dos trens nas cidades onde eles irão operar.

O contrato fornecimento à linha 17 do Metrô de São Paulo contempla a produção de 72 carros. Cada trem é formado por três carros e pode transportar 400 passageiros, conforme explica Adagir Abreu Filho, diretor da MPE Montagens e Projetos Especiais. A linha 17, cuja construção já foi licitada, está dimensionada para transportar 252 mil passageiros por dia a partir de 2015.

A MPE e a Scomi entraram no projeto do monotrilho da linha 17 por meio do Consórcio Integração, liderado pela construtora Andrade Gutierrez e do qual também participa a CR Almeida. O valor total do contrato é de R$ 1,35 bilhão, dos quais R$ 250 milhões se referem à fabricação dos trens para entrega em 30 meses. O volume restante, que equivale a R$ 1,1 bilhão, será aplicado nas obras civis. Segundo o Metrô, o valor total do investimento na linha 17 será de R$ 3,1 bilhões. Abreu Filho disse que o contrato com o Consórcio Integração exclui algumas obras e equipamentos, como a construção das estações de passageiros e o fornecimento de sistemas de energia e parte das telecomunicações necessárias à operação do monotrilho.

O primeiro trecho da linha, entre o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da linha 9 da CPTM, está previsto para entrar em operação em 2014. O restante da linha deverá ser entregue até meados de 2015. O Metrô também pretende adotar a tecnologia monotrilho nas obras de prolongamento da linha 2, com previsão de entrega em 2013 e investimento de R$ 263,3 milhões. Esse trecho está a cargo das empresas Queiroz Galvão, OAS e Bombardier.

Halan Moreira, representante da Scomi no Brasil, disse que a empresa tem um acordo comercial com a MPE que poderá evoluir para uma joint-venture. Segundo ele, a produção dos trens para monotrilhos poderá ser toda concentrada no Rio. Mas existe a possibilidade, dependendo da obtenção de incentivos fiscais, de se instalar outras duas unidades: em São Paulo, responsáveis pela montagem dos sistemas de transmissão do motor, caixa de marcha e freios. Em Manaus, a empresa planeja instalar a umidade para produção de circuitos e sistemas de comunicação.

Moreira disse que o investimento de R$ 15 milhões na fábrica do Rio se destina à instalação de uma linha de montagem para operar em um turno, com capacidade para a produção de 60 carros por ano. Se a demanda justificar, podem ser investidos mais R$ 10 milhões em outras duas linhas de produção na unidade. O executivo afirmou ainda que as duas fábricas de componentes, em São Paulo e em Manaus, exigiriam o aporte de outros R$ 10 milhões.

Segundo ele, o consórcio formado pela CR Almeida, Serveng, Mendes Junior e Scomi, tendo a MPE como parceira, apresentou melhor oferta para construção de um sistema monotrilho em Manaus. O investimento no projeto é estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão. A MPE também tem interesse em desenvolver essa tecnologia de transporte coletivo no Rio de Janeiro.

 

 

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