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03/08/2011 12h07 | Atualizada em 03/08/2011 15h45
A indústria de guindastes Manitowoc fechou acordo com a construtora paulista Semco para a instalação de sua fábrica em Passo Fundo (RS) até o dia 25 de março de 2012. Esta foi a data estabelecida para a conclusão das obras, a instalação dos equipamentos e a conclusão dos projetos elétricos e hidráulicos, para que a unidade industrial inicie as operações em abril, com duas linhas de produção.
Orçada em R$ 70 milhões, financiados pelo Badesul, a obra terá sua etapa estrutural concluída até dezembro, segundo a previsão do engenheiro civil Júlio César Salvador, diretor da Semco. Ele explica que, apesar dos atrasos decorrentes das intempéries e da demora na liberação das licenças, 40 pessoas trabalharão em um único turno. "A menos, claro, que tenhamos mais chuva e seja necessário intensificar o ritmo de trabalho para cumprir o prazo", afirmou.
A data limite foi estipulada durante reunião que precedeu a primeira visita da imprensa brasileira ao canteiro de obras. Na ocasião, o diretor-presidente da Manitowoc no País, Mauro Nunes da Silva, detalhou o projeto, que prevê a produção inicial de duas unidades/dia, sendo um guindaste tipo RT (para terrenos irregulares) e um guindaste de torre. As projeções da emp
...A indústria de guindastes Manitowoc fechou acordo com a construtora paulista Semco para a instalação de sua fábrica em Passo Fundo (RS) até o dia 25 de março de 2012. Esta foi a data estabelecida para a conclusão das obras, a instalação dos equipamentos e a conclusão dos projetos elétricos e hidráulicos, para que a unidade industrial inicie as operações em abril, com duas linhas de produção.
Orçada em R$ 70 milhões, financiados pelo Badesul, a obra terá sua etapa estrutural concluída até dezembro, segundo a previsão do engenheiro civil Júlio César Salvador, diretor da Semco. Ele explica que, apesar dos atrasos decorrentes das intempéries e da demora na liberação das licenças, 40 pessoas trabalharão em um único turno. "A menos, claro, que tenhamos mais chuva e seja necessário intensificar o ritmo de trabalho para cumprir o prazo", afirmou.
A data limite foi estipulada durante reunião que precedeu a primeira visita da imprensa brasileira ao canteiro de obras. Na ocasião, o diretor-presidente da Manitowoc no País, Mauro Nunes da Silva, detalhou o projeto, que prevê a produção inicial de duas unidades/dia, sendo um guindaste tipo RT (para terrenos irregulares) e um guindaste de torre. As projeções da empresa são de um faturamento de R$ 400 milhões/ano.
A fábrica deverá gerar 80 empregos diretos, atingindo a marca de 340 funcionários no prazo de quatro anos. "Já estamos contratando os engenheiros e, no início do ano que vem, passaremos a contratar o pessoal de fábrica. Por incrível que pareça, a dificuldade que estamos encontrando não é a qualificação técnica, mas a fluência em inglês", observou o diretor.
Silva projeta que, com a busca de profissionais em outras regiões do estado e a qualificação (que está sendo formatada em parcerias com a Universidade de Passo Fundo, UPF e Senai) as vagas de todos os níveis serão preenchidas sem comprometer a produção, que, segundo o diretor, deverá representar mudança no mercado brasileiro. "A simples transferência da produção para o Brasil, com a redução do frete marítimo, do seguro e dos impostos de importação, já significa uma redução no preço final dos produtos de 25% a 30%. Mas a proposta é criar guindastes e gruas voltados especificamente para os mercados brasileiros e latino-americanos", afirmou Silva. Segundo ele, os preços atuais variam entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão e estão diretamente ligados à cotação do aço.
A produção local deve substituir a importação de guindastes e abastecer países da América Latina. A expectativa é que 25% das unidades montadas na cidade sejam destinadas para países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Colômbia e Peru, com destaque para o mercado chileno de mineração. No país, a produção de gruas e guindastes será destinada a empresas de grande porte, como Petrobras, Vale, Usiminas, Odebrecht, Queiroz Galvão e locadoras de equipamentos, além da construção civil.
Segundo Lawrence Weyers, vice-presidente executivo para as Américas, o continente americano consome 45% da produção mundial da empresa e, deste total, mais de um terço é vendido no Brasil. "A produção e a venda nos Estados Unidos e no Canadá são muito grandes. Na América Latina, o Brasil e o México rivalizam como maiores mercados, mas, pela proximidade, temos apenas um escritório comercial em Monterrey", disse.
Esta será a primeira indústria da Manitowoc na América Latina. Nos primeiros anos, a indústria, que funciona como uma montadora, deve operar com seis sistemistas e utilizará, basicamente, peças importadas. No segundo ano de atividades, uma terceira linha de montagem deve entrar em operação. Esta linha produzirá guindastes sobre chassi de caminhão.
28 de julho 2020
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