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Revista M&T - Ed.150 - Setembro 2011
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Comboios de lubrificação

Como otimizar o abastecimento da frota em campo

Fabricantes de comboios de abastecimento e lubrificação apontam as principais tendências na configuração desses equipamentos para maior produtividade na frente de operações

Na frente de operações, seja em canteiros de obras, lavras de minério ou usinas sucroalcooleiras, os comboios utilizados para o abastecimento e lubrificação dos equipamentos em campo devem ser dimensionados em função do perfil da frota mobilizada. Apesar dessa afirmação parecer óbvia, os fabricantes desse setor destacam que é possível estabelecer algumas premissas e tendências na utilização desse equipamento.

A primeira delas diz respeito à configuração do comboio, tomando como consenso que os modelos abertos estão em desuso. Guilherme Baraldi Neto, engenheiro da Bozza, explica que o mercado conta com as opções de modelos de comboios abertos, semi-abertos e fechados. “Mas nos mercados de construção, mineração e sucroalcooleiro, a tendência são os implementos blindados (fechados), que evitam a contaminação do combustível e dos lubrificantes”, diz ele.

Essa tendência, para a Impacto Implementos Rodoviários, já se transformou em regra, como afirma Marco Aurélio de Oliveira, diretor da companhia. “Por questões de segurança e meio ambiente, não fabricamos mais os comboios abertos”, diz ele. Desse modo, a empresa se concentra nos modelos fechados e aposta nos diferenciais dos seus equipamentos, como o tanque central de diesel totalmente independente do restante da estrutura, o que possibilita sua remoção e confere maior flexibilidade ao layout do comboio.

Segundo Artur Batista Junior, engenheiro de vedas da Gascom, há mais de 10 anos a empresa não fabrica os modelos abertos. Ele avalia que além de blindados, os equipamentos fornecidos pela empresa sejam pressurizados em cerca de 80% das vendas realizadas pela Gascom. “O restante corresponde aos modelos que são encomendados pelos clientes na versão pneumática”, completa o especialista.

Os mais usados

Eduardo Agonicio, da LDA Tanques, confirma que os modelos abertos estão em desuso: “Atualmente, a maioria dos comboios é fechada e modular, com sistema de movimentação de óleos lubrificantes por reservatório pressurizado. Já o abastecimento de diesel é feito com acionamento mecânico da


Na frente de operações, seja em canteiros de obras, lavras de minério ou usinas sucroalcooleiras, os comboios utilizados para o abastecimento e lubrificação dos equipamentos em campo devem ser dimensionados em função do perfil da frota mobilizada. Apesar dessa afirmação parecer óbvia, os fabricantes desse setor destacam que é possível estabelecer algumas premissas e tendências na utilização desse equipamento.

A primeira delas diz respeito à configuração do comboio, tomando como consenso que os modelos abertos estão em desuso. Guilherme Baraldi Neto, engenheiro da Bozza, explica que o mercado conta com as opções de modelos de comboios abertos, semi-abertos e fechados. “Mas nos mercados de construção, mineração e sucroalcooleiro, a tendência são os implementos blindados (fechados), que evitam a contaminação do combustível e dos lubrificantes”, diz ele.

Essa tendência, para a Impacto Implementos Rodoviários, já se transformou em regra, como afirma Marco Aurélio de Oliveira, diretor da companhia. “Por questões de segurança e meio ambiente, não fabricamos mais os comboios abertos”, diz ele. Desse modo, a empresa se concentra nos modelos fechados e aposta nos diferenciais dos seus equipamentos, como o tanque central de diesel totalmente independente do restante da estrutura, o que possibilita sua remoção e confere maior flexibilidade ao layout do comboio.

Segundo Artur Batista Junior, engenheiro de vedas da Gascom, há mais de 10 anos a empresa não fabrica os modelos abertos. Ele avalia que além de blindados, os equipamentos fornecidos pela empresa sejam pressurizados em cerca de 80% das vendas realizadas pela Gascom. “O restante corresponde aos modelos que são encomendados pelos clientes na versão pneumática”, completa o especialista.

Os mais usados

Eduardo Agonicio, da LDA Tanques, confirma que os modelos abertos estão em desuso: “Atualmente, a maioria dos comboios é fechada e modular, com sistema de movimentação de óleos lubrificantes por reservatório pressurizado. Já o abastecimento de diesel é feito com acionamento mecânico da bomba, através da própria tomada de força do caminhão.” Ele salienta que essa configuração atende à maior parte das aplicações nos mercados de construção, mineração e sucroalcooleiro com a melhor relação custo/benefício.

Se o assunto é padronização de produtos, de forma a atender a uma ampla gama de aplicações para os diversos perfis de usuários de equipamentos fora-de-estrada, a Gascom destaca o modelo Pressolub. Esse modelo de comboio adota como padrão um caminhão de 17 t, equipado com um reservatório pressurizado de 6 mil l, para o óleo diesel, além de cinco reservatórios também pressurizados de 250 l cada, para os lubrificantes, e um conjunto para graxa, cujo tambor de 170 kg é acionado por meio de bomba propulsora pneumática.

“No caso do reservatório de graxa, optamos pela propulsão pneumática em detrimento da pressurizada, que resultaria em alta pressão e aumentaria os riscos de acidentes”, diz Agonicio. Ele ressalta que o modelo Pressolub conta ainda com um reservatório de água com capacidade para 200 l e que a parte de acionamento é dotada de compressor de 20 pés cúbicos por minuto.

Acessórios disponíveis

Os especialistas do setor são unânimes em ressaltar a importância da adequação do layout do comboio de lubrificação, mas advertem que os acessórios desempenham papel igualmente importante. Nesse contexto, as mangueiras e carretéis de abastecimento merecem destaque. No caso do equipamento descrito pela Gascom, por exemplo, os carretéis retráteis são utilizados tanto para a vazão de lubrificante, quanto de graxa, combustível e água. “São nove carretéis, todos com mangueira de 15 m de comprimento, com exceção do carretel retrátil para o diesel, cuja mangueira tem 10 m e 1 polegada de diâmetro para viabilizar uma vazão efetiva de 100 l/min”, diz Batista.

Ainda na linha de acessórios, o especialista da Gascom destaca também as tecnologias de sucção de lubrificantes, seja no abastecimento do comboio ou na remoção do óleo usado dos equipamentos. “Uma delas é por meio de tubo Venturi.” Ele explica que o sistema consiste na passagem do lubrificante por um tubo de seção mais larga, que depois se estreita, para medir a velocidade de escoamento e a vazão do fluido.

Nesse caso, ele explica que o excedente de ar gerado pela frenagem do caminhão é utilizado para a sucção do óleo lubrificante, que é fornecido a granel ou em tambor. “É uma maneira de o comboio se autoabastecer de forma eficiente e com pouca chance de contaminação do lubrificante”, diz Batista.

Modelos autocarregáveis

No caso do óleo usado, o especialista adverte que a sucção e transferência do material devem ser realizadas por bombas pneumáticas, mesmo nos modelos de comboios pressurizados. “Isso é necessário porque, devido à contaminação por impurezas, o óleo usado tem uma viscosidade irregular que limita a ação de pressurização de seu escoamento”, diz. Ele salienta que o reservatório de óleo usado atende a exigências ambientais e deve estar presente em todos os comboios comercializados no mercado.

Eduardo Agonicio, da LDA, adverte que cada acessório deve ser instalado nos comboios para atender operações específicas, ou seja, que não há acessórios pré-dimensionados para todos os equipamentos. Mesmo assim, ele confirma que todos os reservatórios dos comboios da LDA são autocarregáveis. “Eles se autoabastecem na velocidade de 200 litros em um período máximo de 5 minutos e também podem ser abastecidos com óleo a granel.”

Nesse caso, ele diz que não é necessário encher totalmente os reservatórios a cada abastecimento. “O operador do equipamento tem autonomia para abastecer somente as quantidades necessárias para cada operação”, diz ele. Entre os acessórios citados por Agonicio estão também os tanques de água independentes, com 1.000 ou 2.000 l. Acoplados ao equipamento, eles são dotados de bombas de alta pressão para possibilitar a limpeza das máquinas em campo.

Serviços adicionais

Guilherme Baraldi, da Bozza, enfatiza que o comboio de abastecimento e lubrificação deve ser considerado uma unidade móvel para atuação em campo e, portanto, precisa contemplar diversas possibilidades de movimentação dos fluidos, o que caracteriza os acessórios a serem escolhidos. “Dessa forma, a movimentação pode ser realizada por bombas centrífugas, com acionamento pela tomada de força do caminhão, hidráulicos, com polia e correia dos motores estacionários”, diz ele.

O especialista acrescenta que a movimentação dos fluidos também é feita por propulsoras pneumáticas. Ele ressalta que, além da função básica de abastecer os reservatórios pressurizados, o sistema executa serviços adicionais, como a lavagem do equipamento e de peças no campo, a calibragem de pneus e o armazenamento de óleo usado.

No que diz respeito à movimentação dos materiais, Baraldi aponta como tendência a utilização de bomba centrífuga com vazão de 100 l/min. para o abastecimento de combustíveis. Já os lubrificantes costumam ser bombeados por propulsoras pneumáticas, com capacidade pare 12 l/min., ou por sistemas pressurizados, que atingem vazão de 20 l/min.

De acordo com Lázaro Cassaro, responsável pela área de desenvolvimento de produtos da Gascom, essa faixa de velocidade de abastecimento é a requerida pela indústria sucroalcooleira e nos canteiros de obras. “Apesar de oferecermos também as tecnologias hidráulicas e pneumáticas, os comboios com reservatórios pressurizados ganham mercado pelo menor custo de aquisição e sua manutenção simplificada.” Ele explica que os modelos pressurizados realizam o abastecimento de lubrificantes por pressão, dispensando a necessidade de bombas e outros componentes necessários nos modelos hidráulicos e pneumáticos, o que resulta numa manutenção mais simples.

Tecnologias de controle

A escolha da melhor tecnologia de transferência dos fluidos resvala também no controle do abastecimento, no qual os fabricantes de comboios lançam mão de sistemas de aferição cada vez mais precisos. A Gascom, por exemplo, equipa os seus granéis de diesel com medidores que atingem precisão de até 99,85%, garantindo o controle de abastecimento nas frentes de operação. “Eles medidores são posicionados de forma fixa, melhor do que sua instalação na ponta da mangueira, onde ficam expostos a contaminação, podem quebrar durante uma batida brusca ou até mesmo serem furtados”, diz Cassaro.

Na Bozza, 100% dos comboios de lubrificação e abastecimento já saem de fábrica com medidores instalados. Segundo Baraldi, a empresa indica dispositivos digitais, que realizam o controle instantâneo do abastecimento e memorizam as quantidades movimentadas diariamente. Eduardo Agonicio, da LDA, avaliza que os comboios atuais podem ser equipados com sistemas de controle denominados pela empresa como computadorizados ou inteligentes.

Esses sistemas, segundo ele, emitem relatórios exatos de quantos equipamentos foram abastecidos por dia, registram a quantidade de óleos e graxas transferidos para cada um deles e até impedem que o operador abasteça ou lubrifique um equipamento por engano, sem a autorização do gestor da frota. “Essa tecnologia aumenta em até 60% o custo de aquisição do equipamento, mas com a redução do desperdício de óleo diesel e de lubrificantes, esse investimento inicial pode ser rapidamente recuperado”, finaliza Agonicio.

 

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