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Revista M&T - Ed.217 - Outubro 2017
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Lançamento

Mais tecnologia na máquina

Iniciando um processo gradual de automação nas versões de fábrica, linha de tratores de esteiras da Caterpillar é remodelada para alavancar a produtividade das aplicações
Por Marcelo Januário (Editor)

Aos poucos, a Caterpillar quer dotar seus modelos de fábrica com os avançados recursos de automação hoje opcionais. E isso já começou pelo portfólio de tratores de esteiras da marca entre 13 t e 39 t, com o recente lançamento de uma repaginada linha multiuso que inclui os modelos D6K, D6N e D8T, todos produzidos em Piracicaba (SP). “Todos os modelos são atualizações, que já existem no mercado”, diz o especialista de produto João Zalla. “Mas estamos trazendo novidades para cada um deles, elevando a disponibilidade mecânica geral de 60% para 90%.”

Como primeira tecnologia integrada à versão padrão dos modelos D6K e D6N, a principal novidade é a inclusão do Slope Assist, um sistema automático de controle do ângulo de nivelamento da lâmina desenvolvido pela Trimble e que permite um movimento de 25º à esquerda e à direita desde a cabine. “O operador programa o ângulo e aperta um botão amarelo no novo display de LCD colorido, fazendo com que a máquina mantenha aquele ângulo”, comenta Leandro Amaral, especialista de produto da Caterpillar Brasil, acrescentando que a indicação da inclinação, tanto lateral como longitudinal, está sempre de frente para o operador, de modo que ele sempre sabe com quanto está operando em termos de angulação. “Não tem mais de fazer correções manuais para buscar a meta, de modo que o trabalho agora está mais rápido, pois não precisa mais da topografia.”

O ganho em precisão da solução é de 68%, como garante a Caterpillar, obtendo uma variação bem mais reduzida da superfície. “Como nível inicial, o Slop Assist é o primeiro passo em direção à automação do trator”, afirma Zalla. “O operador não precisa de tanta base de conhecimento para fazer um trabalho muito bom, diminuindo a quantidade de retrabalho e de auxiliares em volta do equipamento.”

O recurso não demanda qualquer estrutura externa, seja estação-base, antenas ou outra, mas apenas um acelerômetro instalado na lâmina e um software, que controla o sistema hidráulico. Contudo, como explica Amaral, mesmo com esse sistema exclusivo a máquina ainda não “sabe” onde está operando. “Se for uma solução por GPS, o projeto está todo embarcado na máquina, que tem todas as referências”, destaca. “Aqui não, ainda é preciso programar, de


Aos poucos, a Caterpillar quer dotar seus modelos de fábrica com os avançados recursos de automação hoje opcionais. E isso já começou pelo portfólio de tratores de esteiras da marca entre 13 t e 39 t, com o recente lançamento de uma repaginada linha multiuso que inclui os modelos D6K, D6N e D8T, todos produzidos em Piracicaba (SP). “Todos os modelos são atualizações, que já existem no mercado”, diz o especialista de produto João Zalla. “Mas estamos trazendo novidades para cada um deles, elevando a disponibilidade mecânica geral de 60% para 90%.”

Como primeira tecnologia integrada à versão padrão dos modelos D6K e D6N, a principal novidade é a inclusão do Slope Assist, um sistema automático de controle do ângulo de nivelamento da lâmina desenvolvido pela Trimble e que permite um movimento de 25º à esquerda e à direita desde a cabine. “O operador programa o ângulo e aperta um botão amarelo no novo display de LCD colorido, fazendo com que a máquina mantenha aquele ângulo”, comenta Leandro Amaral, especialista de produto da Caterpillar Brasil, acrescentando que a indicação da inclinação, tanto lateral como longitudinal, está sempre de frente para o operador, de modo que ele sempre sabe com quanto está operando em termos de angulação. “Não tem mais de fazer correções manuais para buscar a meta, de modo que o trabalho agora está mais rápido, pois não precisa mais da topografia.”

O ganho em precisão da solução é de 68%, como garante a Caterpillar, obtendo uma variação bem mais reduzida da superfície. “Como nível inicial, o Slop Assist é o primeiro passo em direção à automação do trator”, afirma Zalla. “O operador não precisa de tanta base de conhecimento para fazer um trabalho muito bom, diminuindo a quantidade de retrabalho e de auxiliares em volta do equipamento.”

O recurso não demanda qualquer estrutura externa, seja estação-base, antenas ou outra, mas apenas um acelerômetro instalado na lâmina e um software, que controla o sistema hidráulico. Contudo, como explica Amaral, mesmo com esse sistema exclusivo a máquina ainda não “sabe” onde está operando. “Se for uma solução por GPS, o projeto está todo embarcado na máquina, que tem todas as referências”, destaca. “Aqui não, ainda é preciso programar, de modo que não dispensa a participação do operador.”

Por enquanto. Afinal, esse processo de colocar mais tecnologia na máquina é gradual, mas também contínuo. “Nem todo mundo precisa de todos os sistemas. Desenvolvemos uma oferta em vários níveis, dentro do que o mercado demanda no momento”, pondera Zalla. “Mas já é uma mudança no jeito de trabalhar do cliente, que está acostumado na mão, no olho, com muita gente em volta. Daí parte para projetos baseados em computador.”

MUDANÇAS

Além do sistema da lâmina, os novos modelos trazem motorização mais potente. Segundo a empresa, o giro, o bloco, a rotação de trabalho e a capacidade volumétrica são os mesmos, mas há mudanças na parte de turbina, admissão de motor, exaustão e programação eletrônica, elevando a potência. “Todo motor é produzido para atender a uma faixa de potência, que depende de sua aplicação, sendo que os diferentes níveis são obtidos por meio da consideração de turbo, aftercooler e outros aspectos”, explica Paulo Trigo, especialista de motores da fabricante. “E quando se define uma faixa de potência para uma determinada aplicação, se ajusta o sistema para injetar a quantidade de combustível equivalente àquela potência.”

Os modelos também receberam mudanças na cabine ROPS/FOPS. Agora, não há mais a barra amarela de segurança, que até a série anterior envolvia a cabine. “A cabine continua certificada, pois a proteção está integrada no desenho, conferindo 22% a mais de visibilidade ao operador”, completa Amaral. Do mesmo modo, as configurações também apresentam diferenças entre si, de acordo com o porte da máquina, oferecendo diversos atributos das tecnologias Cat Connect.

Mais especificamente, o D6K, o menor deles, tem peso operacional de 13.500 kg (lâmina XL) e 14.350 kg (lâmina LGP), com capacidades da lâmina VPAT (Variable Power Angle Tilt) aumentadas em 13% e 15,5%, respectivamente, agora na faixa de 3,26 a 3,81 m3. Com consumo de 13,5 l/h, a máquina é equipada com motor C7.1 Acert de 97 kW de potência, prometendo uma economia de até 18% de combustível (em m3/l) em aplicações com cargas mais leves na lâmina, como nivelamento de acabamento. Isso porque o modo econômico potencializa as rotações do motor, mantendo a velocidade de deslocamento. “Quando a máquina está em ré ou sem carga na lâmina, mantém a velocidade na esteira, mas diminui automaticamente a rotação do motor”, detalha Amaral. “Em consequência, começa a economizar combustível. Na hora que a máquina sente que recebeu carga, ela libera potência novamente, sem perder produção.”

Modelo intermediário com peso operacional de 16,7 t, o trator D6N é uma máquina com configuração de produção, que promete um ganho de 8 hp de potência com o motor C7.1 de 158 hp de potência líquida. Com consumo de 16 l/h, o equipamento traz configuração atualizada de lâmina semi-universal VPAT – também disponível em arranjos extragrande ou de baixa pressão sobre o solo –, além de ganhar assento com giro de 15o à direita, para maior visibilidade do acessório traseiro. “Com esteira intermediária, o D6N é mais flexível, tanto para aplicações onde é necessário empurrar o material, movimentar terra, como para um trabalho de corte e espalhamento”, comenta Marcelo Cucatti, representante comercial da companhia.

Já o modelo D8T é uma máquina de produção maior, com 38,5 t, o único dessa categoria produzido no Brasil, segundo a fabricante. A máquina mantém o motor C15 atual, mas apresenta duas mudanças: a lâmina semi-universal maior, saltando de 8,7 para 10,3 m3 (18% a mais), e um ganho de potência de 12 hp (+7%, agora com 322 hp). No geral, o ganho em eficiência é de 6% (m3/l), sendo que o novo D8T move até 13% mais material por passada. “O modelo se destaca pela capacidade de giro carregado, além da direção com diferencial e independência de velocidade nas esteiras”, diz Amaral.

Além desses, o portfólio da marca inclui ainda o modelo D6T, de 185 hp (nas versões Standard e XL, com 19 e 20,5 t, respectivamente), que já está sendo desenvolvido e deve ser anunciado em breve, e o  D7R, de 25 t e 240 hp, o único que não é produzido no país e, por enquanto, vem da Tailândia.

MERCADO

Com a previsão de um volume de mercado em torno de 300 tratores para este ano, a Caterpillar naturalmente espera que a renovação da linha dê um empuxo aos negócios. “Com o mercado de construção no Brasil parado, o que está forte é a agricultura, florestal, exportação e mineração, que está começando a retomar”, avalia José Eduardo Fonseca, gerente comercial para construção. “Esses tratores estão focados nesses mercados que estão sobrevivendo, nos quais a versatilidade é muito importante.”

Inclusive, para alavancar as vendas a companhia lançou recentemente a campanha “Consumo Garantido”, que provê créditos por meio dos revendedores Sotreq e Pesa para serem utilizados na compra de filtros, peças, serviços e componentes.

A campanha vale para alguns modelos de escavadeiras, pás carregadeiras, motoniveladoras e tratores (incluindo os novos D6K e D6N), além de alguns produtos de pavimentação. “É primeira vez na história dessa linha de negócios que se oferece essa mensagem e oportunidade”, conclui Gecimar Morini, consultor de marketing de produto da Caterpillar Brasil. / MJ

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