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Revista M&T - Ed.214 - Julho 2017
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Vibroacabadoras

Efeitos da alta tecnologia

Além de permitirem larguras maiores de pavimentação, avanços conceituais aperfeiçoam o grau de compactação e o nivelamento das camadas de material asfáltico
Por Joás Ferreira

Em um fato nem sempre lembrado, as vibroacabadoras de asfalto preservam esse nome em referência ao sistema utilizado pelas máquinas mais antigas, ou seja, a vibração na mesa compactadora, por meio da qual a mistura asfáltica era aplicada. Nas duas últimas décadas, entretanto, houve significativos avanços em relação a essas funções básicas. Dentre as inovações que facilitaram a operação figuram o sistema de nivelamento, extensões mais largas de pavimentação e dispositivos de compactação da mesa.

De acordo com especialistas, o primeiro avanço significativo se deu na compactação do material asfáltico pela mesa. Além da vibração, foi criado um dispositivo conhecido como tamper, posicionado na parte frontal da mesa e que executa um movimento de subida e descida em alta velocidade. Isso auxilia na pré-compactação do material antes mesmo de passar pelas placas vibratórias, posicionadas ao fundo da mesa.

No Brasil, existem diversos fabricantes e fornecedores desse tipo de equipamento, como a Ciber, que oferece um modelo nacional, o AF 5000 Plus, dotado de mesa compactadora com vibração e tamper. Já a Vögele – empresa que, como a Ciber, também faz parte do Grupo Wirtgen – desenvolveu mesas especiais equipadas com barras de pressão para aplicações com alta compactação das camadas, sejam espessas ou de bases granulares.

Essas barras, segundo a empresa, estão posicionadas na borda das placas vibratórias, sendo acionadas hidraulicamente e exercendo grande força sobre o material pré-compactado. O grau de compactação depende de diversos fatores, mas pode chegar a 95% com a utilização dessas mesas, que estão disponíveis para as vibroacabadoras de grande porte da marca, a partir do modelo Super 1800-3.

Segundo a Ciber, o desenvolvimento das vibroacabadoras também permitiu que se alcançassem maiores larguras de pavimentação. Nesses casos, a mesa compactadora possui aberturas controladas hidraulicamente. Além disso, é possível instalar extensões mecânicas aparafusadas nos dois lados, aumentando a largura máxima de pavimentação. Cada modelo apresenta medidas próprias, cuja capacidade depende da potência do motor e do dimensionamento do sistema hidráulico. O modelo Super 1800-3, por exemplo, apresenta 6 m de


Em um fato nem sempre lembrado, as vibroacabadoras de asfalto preservam esse nome em referência ao sistema utilizado pelas máquinas mais antigas, ou seja, a vibração na mesa compactadora, por meio da qual a mistura asfáltica era aplicada. Nas duas últimas décadas, entretanto, houve significativos avanços em relação a essas funções básicas. Dentre as inovações que facilitaram a operação figuram o sistema de nivelamento, extensões mais largas de pavimentação e dispositivos de compactação da mesa.

De acordo com especialistas, o primeiro avanço significativo se deu na compactação do material asfáltico pela mesa. Além da vibração, foi criado um dispositivo conhecido como tamper, posicionado na parte frontal da mesa e que executa um movimento de subida e descida em alta velocidade. Isso auxilia na pré-compactação do material antes mesmo de passar pelas placas vibratórias, posicionadas ao fundo da mesa.

No Brasil, existem diversos fabricantes e fornecedores desse tipo de equipamento, como a Ciber, que oferece um modelo nacional, o AF 5000 Plus, dotado de mesa compactadora com vibração e tamper. Já a Vögele – empresa que, como a Ciber, também faz parte do Grupo Wirtgen – desenvolveu mesas especiais equipadas com barras de pressão para aplicações com alta compactação das camadas, sejam espessas ou de bases granulares.

Essas barras, segundo a empresa, estão posicionadas na borda das placas vibratórias, sendo acionadas hidraulicamente e exercendo grande força sobre o material pré-compactado. O grau de compactação depende de diversos fatores, mas pode chegar a 95% com a utilização dessas mesas, que estão disponíveis para as vibroacabadoras de grande porte da marca, a partir do modelo Super 1800-3.

Segundo a Ciber, o desenvolvimento das vibroacabadoras também permitiu que se alcançassem maiores larguras de pavimentação. Nesses casos, a mesa compactadora possui aberturas controladas hidraulicamente. Além disso, é possível instalar extensões mecânicas aparafusadas nos dois lados, aumentando a largura máxima de pavimentação. Cada modelo apresenta medidas próprias, cuja capacidade depende da potência do motor e do dimensionamento do sistema hidráulico. O modelo Super 1800-3, por exemplo, apresenta 6 m de abertura máxima hidráulica da mesa, mas com o uso de extensões mecânicas pode atingir 9 m de largura de pavimentação.

PRINCÍPIOS

Segundo o engenheiro de aplicação e treinamento da Ciber, Juliano Gewehr, durante a pavimentação, a mesa compactadora deve estar preaquecida para que não haja a aderência do material asfáltico quente à estrutura metálica fria. “A forma convencional de aquecer a mesa é a utilização de um botijão de gás de cozinha, que alimenta quatro queimadores para transmitir o calor para as chapas alisadoras”, diz.

De acordo com ele, em vez de usar gás e fogo, atualmente é possível o emprego de mesas com aquecimento elétrico. “Essas mesas possuem resistências elétricas, posicionadas em toda a sua extensão, que são alimentadas por um gerador localizado no chassi da vibroacabadora”, explica. “E a Ciber é a única fabricante de equipamentos com aquecimento elétrico no Brasil, oferecendo os modelos Super 1300-3 (de pneus) e Super 1303-3 (de rodas).”

Embora a mesa compactadora opere no modo de flutuação, o que proporciona autonivelamento durante a execução da pavimentação, o uso de sistemas de nivelamento eletrônico é mais recomendável, como destaca Gewehr. “Durante o modo de flutuação, a mesa mantém-se estável enquanto o material asfáltico passa por baixo, de modo que as forças que atuam na mesa mantêm a espessura constante e corrigem pequenas irregularidades”, comenta. “As mesas são fixadas lateralmente no chassi, o que permite movimentações independentes de subidas e descidas.”

Entretanto, o engenheiro lembra que, quando a base está muito irregular, apenas o princípio de flutuação não é suficiente para corrigir as irregularidades. “Nesse caso, o uso de sistema de nivelamento eletrônico permite a eliminação de desvios maiores da camada, em locais por onde a vibroacabadora esteja se locomovendo”, diz.

O princípio do sistema eletrônico é simples. Trata-se de um sensor, conectado a um acessório, que faz a leitura de uma referência externa, que pode ser uma calçada, um meio-fio ou uma faixa de rodovia. Por mais que haja irregularidades na pista, a movimentação da mesa seguirá a leitura dessa referência. “Em uma obra que exija alta qualidade e precisão, como pistas de aeroportos, é utilizado um sensor de contato a um fio-guia instalado por uma equipe de topografia”, afirma Gewehr. “Dessa forma, a pavimentação é executada com precisão máxima em relação à regularidade longitudinal e ao ângulo de caimento para escoamento de água da chuva.”

Entre as opções mais utilizadas no nivelamento, segundo a Ciber, existem os esquis de contato, que fazem a leitura da camada de base. Quanto maior o esqui, melhor a compensação das irregularidades. Há opções a partir de 30 cm, chegando a 6 m de comprimento. No caso da Ciber, as vibroacabadoras também utilizam um sistema de controle da Moba para nivelamento.

A Vögele, por sua vez, é tida como a única empresa no mercado que desenvolveu seu próprio sistema de nivelamento – Niveltronic Plus –, já totalmente integrado à operação da máquina. “Independentemente do tipo de sistema, o princípio de utilização é o mesmo”, esclarece o engenheiro.

NOVIDADE

Outro grupo que atua no segmento, tanto no Brasil como no mercado mundial, é a Bomag, que disponibiliza linhas de equipamentos nacionais e importados. Inclusive, com novidades recentes, que também representam a evolução desta família de máquinas.

Lançadas no início do ano, as vibroacabadoras nacionais da linha VDA MAX, por exemplo, já foram testadas por empresas de pavimentação e recuperação de estradas, tanto em obras urbanas como rodoviárias, como destaca o CEO da Bomag, Walter Rauen. “A linha garante excelente relação de custo x benefício, alcançando resultados excepcionais de qualidade de acabamento superficial, com custos operacionais e de manutenção consideravelmente reduzidos”, garante.

As inovações abrangem a identidade visual (com novas cores e alinhada aos padrões do Grupo Fayat), design (com renovação de capô, tampas laterais, toldo de fibra e saída articulável do escapamento), motor (Tier 3 de 130 hp a 2.200 rpm e quatro cilindros, com sistema eletrônico de combustível), e painel de controle com IHM de 4,3” (com controles de temperatura e pressão do motor, tacômetro, horímetro, diagnóstico de falhas, partida-chave e botão de aceleração do motor).

A empresa também investiu em um novo sistema de aquecimento de mesa – o MagmaLife –, que promete o arranque em três vezes menos tempo que os sistemas convencionais. “Com ele, criamos uma nova definição de aquecimento de mesa, com todas as barras de alumínio fundidas em um bloco de alumínio”, descreve o CEO. “Graças à capacidade de condutividade de calor do alumínio isso se traduz em, por exemplo, tempos mais curtos de aquecimento e, consequentemente, operacionalidade mais rápida da vibroacabadora.”

O equipamento também dispõe de um sistema de aplicação chamado Quick Coupling, em que o alargamento da mesa é efetuado sem que seja necessário realizar complexos trabalhos de aparafusamento. “Esse sistema prevê tempos de preparação mais curtos, que se traduzem em custos reduzidos”, resume o executivo. “Além disso, propicia engate dos componentes nas respectivas guias, utilização de acoplamentos corrediços, dispensa apoio lateral das mesas e assegura máxima flexibilidade para todas as larguras de aplicação.”

Complementando as características da nova linha, a mesa agora traz regulagem do ângulo de ataque, além de incorporar novos braços e guias. “As vibroacabadoras modernas – seja qual for a classe e independentemente de se tratar da versão de rodas ou de esteiras – foram concebidas para atender aos mais elevados níveis de eficiência na construção de estradas”, reitera Rauen. “Isso inclui consumo reduzido de combustível, pronta operacionalidade e excelente pré-compactação.”

ECONÔMICAS, VIBROACABADORAS

EXIGEM CUIDADOS BÁSICOS DE MANUTENÇÃO

Quando o assunto é manutenção, as vibroacabadoras não dão muito trabalho. Afinal, todas as funções são diretamente comandadas por intermédio de interruptores, que podem inclusive ser substituídos individualmente. Já o compartimento do motor com os sistemas hidráulicos pode ser facilmente acessado por todos os lados, ao passo que os filtros são confortavelmente acessados a partir de um dos lados. Totalmente automático, o sistema de lubrificação central contribui para que os intervalos de manutenção das vibroacabadoras sejam significativamente longos. Por outro lado, para que os eventuais tempos de parada sejam mais curtos, as fabricantes oferecem kits de manutenção e de emergência selecionados.

E, mesmo no ambiente difícil de um canteiro de obra, os sofisticados sistemas eletrônicos inteligentes também oferecem suas compensações. Devidamente regulada, a velocidade de rotação do motor poupa combustível e proporciona um ambiente de trabalho menos ruidoso, enquanto o sistema hidráulico fornece a potência necessária com exatidão e os ventiladores – regulados hidraulicamente – reduzem o consumo de combustível e a emissão de ruído. “A experiência comprova que 80% dos trabalhos diários podem ser realizados no modo econômico”, destaca Walter Rauen, CEO da Bomag. “E, nas situações que de fato requerem maior potência, os sensores adaptam imediatamente a velocidade de rotação do motor.”

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